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sábado, 24 de outubro de 2009

MINHA ALMA ANSEIA POR ISSO Ó SENHOR!!!!


Sangue e Fogo: A História do Avivamento Morávio-I
John Walker

PREFÁCIO


Este artigo sobre o avivamento morávio foi preparado e traduzido a partir de vários artigos de uma revista americana denominada "Herald of His Coming" (O Arauto da Sua Vinda). Deus tem prometido na Sua Palavra um derramamento do Seu Espírito nos últimos dias, e a preparação de uma igreja gloriosa para a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo. Ultimamente, Deus tem prometido através dos Seus profetas um avivamento para a terra do Brasil, e está convocando o Seu povo à oração intensiva para esse fim. Que esses relatos de avivamentos passados em outros países possam transmitir aos intercessores nas igrejas brasileiras uma visão mais clara e um peso mais profundo daquilo que Deus tem prometido realizar na nossa terra hoje, em resposta à oração perseverante.

John Walker

ORAÇÃO TRAZ AVIVAMENTO


Se você ler a história de qualquer grande, obra do Espírito Santo encontrará ai uma história de oração. Oração, no Espírito, foi o segredo de todos os grandes avivamentos no passado -- e será o segredo de todo o poder de avivamento que vier sobre nós nestes dias.

Aproximadamente há 250 anos um grupo de discípulos rixentos, contenciosos, discutidores e opiniosos, seguidores de Huss, Lutero, Calvino e outros reformadores, fugindo das perseguições mortíferas daquela época, achou asilo em Herrnhut, no patrimônio de um fidalgo abastado, o Conde Zinzendorf, situado na Alemanha Oriental. Este grupo tornar-se-ia conhecido como os "morávios" em consequência do fato de uma parte deles ter saído da província de Morávia, na Checoslováquia.

Embora fossem protegidos ali do mundo exterior, quem haveria de protegê-los das suas próprias paixões religiosas que ameaçavam destruí-los? Como poderiam se unir em fé e amor esses cristãos contenciosos que acabavam de achar um esconderijo no patrimônio do Conde Zinzendorf? Aparentemente era uma tarefa completamente impossível.

Contudo, oraram: No dia 5 de agosto de 1727, alguns desses irmãos passaram a noite toda em oração. A oração os levou a elaborar uma Aliança Fraternal a fim de "procurar e enfatizar os pontos em que concordassem" e não salientar as suas diferenças.

O amor fraternal e a unidade em Cristo seriam as correntes douradas que os ligariam uns aos outros. Todos os membros da comunidade apertaram as mãos uns dos outros e se comprometeram a obedecer os estatutos da Aliança. Aquele dia foi o princípio de uma nova vida para eles.

No diário deles está escrito:

Neste dia o Conde fez uma aliança com o Senhor. Os irmãos prometeram, um por um, que seriam verdadeiros seguidores do Salvador. Vontade própria, amor próprio, desobediência -- eles se despediram de tudo isso. Procurariam ser pobres de espírito; ninguém deveria buscar seu próprio interesse; cada um se entregaria para ser ensinado pelo Espírito Santo. Pela operação poderosa da graça de Deus, todos foram não somente convencidos, mas arrastados e dominados.

Depois de adotarem os estatutos e todos terem se comprometido à uma vida de obediência e amor, o Espírito de comunhão e oração foi grandemente fortalecido. Desentendimentos, preconceitos, alienações secretas, eram confessados e postos de lado. A oração muitas vezes tinha tanto poder que aqueles que haviam apenas confessado sua disposição ou aderido da boca para fora eram convencidos do pecado e compelidos interiormente a mudar de vida ou a irem embora.

No domingo, 13 de agosto de 1727, mais ou menos ao meio-dia, numa reunião onde se celebrava a ceia do Senhor, o poder e a bênção de Deus vieram de forma tão poderosa sobre o grupo inteiro que tanto o pastor como o povo caíram juntos no pó diante de Deus e "nesse estado de mente continuaram até a meia-noite, tomados em oração e cântico, choro e súplicas".

O Senhor Jesus lhes apareceu como Cordeiro... levado ao matadouro; traspassado pelas suas transgressões e moído pelas suas iniqüidades (Is 53:7,5). Na presença divina do seu ensangüentado e expirante Senhor, eles se sentiam inundados na consciência do seu pecado e da graça do Senhor ainda mais abundante. Suas controvérsias e rixas foram silenciadas; suas paixões e orgulho foram crucificados -- enquanto fitavam atentamente as agonias do seu "Deus expirante".

A oração os uniu. A oração trouxe-lhes um novo derramamento do Espírito Santo; agora veremos como estas bênçãos, por sua vez, levavam-nos a uma vida mais profunda de oração:

Depois daquele dia destacado de bênção, o dia 13 de agosto de 1727, em que o Espírito de graça e súplicas havia sido derramado sobre a congregaçao em Herrnhut, surgiu o pensamento em alguns irmãos e irmãs de que seria bom separar horas determinadas para o propósito de oração, tempos em que todos pudessem ser relembrados do seu grande valor e incitados pelas promessas que acompanham a oração fervorosa a derramar os seus corações diante do Senhor.

Além disso, consideraram importante que, assim como nos dias da Velha Aliança nunca se permitiu que o fogo sagrado se apagasse no altar (Lv 6:12, 13), da mesma forma numa congregação que é o templo do Deus vivo, na qual Ele tem Seu altar e Seu fogo, a intercessão dos Seus santos deverá subir incessantemente a Ele como um incenso santo (1 Co 3:16; 1 Ts 5:17; Sl 141:2; Lc 18:7; Ap 8:3,4).

No dia 26 de agosto, vinte e quatro irmãos e o mesmo número de irmãs se reuniram e fizeram entre si uma aliança de continuar em oração a partir da meia-noite até na outra meia-noite, para isto repartindo as vinte e quatro horas do dia por sorte entre eles.

No dia 27 de agosto, este novo regulamento entrou em vigor. Outros foram acrescentados a esse número de intercessores, passando a contar com 77 pessoas, e até mesmo as crianças iniciaram um plano semelhante a esse entre elas. Os intercessores tinham uma reunião semanal na qual se lhes fazia uma lista daquelas coisas que deveriam considerar como assuntos especiais para a oração e para levar constantemente diante do Senhor.

As crianças todas sentiam um impulso sobremodo forte para a oração, e era impossível ouvir suas súplicas infantis sem ser profundamente comovido e tocado: Uma testemunha ocular diz:

Não posso explicar a causa do grande despertamento das crianças em Herrnhut de outra maneira que não seja um maravilhoso derramamento do Espírito de Deus sobre a congregação reunida naquela ocasião. O sopro do Espírito atingia naquele tempo jovens e velhos igualmente.

INCENTIVO PARA EVANGELIZAÇÃO


Os quatro anos seguintes foram tempos de avivamento constante: A vigilância cuidadosa mantida pelos presbíteros e superintendentes, o tratamento fiel de almas individuais de acordo com suas necessidades pessoais, a manutenção zelosa do Espírito de amor fraternal, a contínua vigilância em oração, fizeram das reuniões dos irmãos tempos de grande alegria e benção. Eram tempos de preparação para a obra de evangelização mundial que estava para iniciar.

O bispo Hasse escreveu o seguinte:

Houve já em toda a história da igreja alguma reunião de oração tão extraordinária como esta que, começando em 1727, continuou vinte e quatro horas por dia, durante cem anos?

Oração deste calibre leva à ação. Neste caso, acendeu um desejo ardente de tornar a salvação de Cristo conhecida aos pagãos. Produziu o início do movimento missionário atual. Daquela pequena comunidade rural mais de cem missionários foram enviados num período de vinte e cinco anos.

Este era o fruto de oração e união de coração sem precedentes. Não era de se admirar os resultados espirituais sem precedentes também que sucederam. Daquela pequena aldeia de cristãos morávios saíram missionários a todo canto do mundo, levando consigo o fogo do Espírito.

Qual era seu incentivo para o trabalho missionário no exterior? Embora sempre reconhecessem a autoridade suprema da Grande Comissão (Mt 28:19), os irmãos morávios sempre enfatizaram como seu maior incentivo a verdade inspiradora encontrada em Isaías 53:3-12; fazendo assim do sofrimento do Senhor o impulso e fonte de toda a sua atividade. Desta profecia tiraram seu "brado da guerra'' missionário: “Conquistar para o Cordeiro que foi morto a recompensa dos Seus sofrimentos."

Eles sentiam que deviam compensar o Senhor de alguma maneira pelos terríveis sofrimentos que suportou quando efetuou a salvação deles. A única maneira de retribuí-Lo é trazer-lhe almas. Qurando trazemos-Lhe as almas perdidas, é a recompensa ou fruto do penoso trabalho da sua alma (Is 3:11). (...)



pelos vínculos do calvário

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