A PASTORAL DO MEDO

Há um bom motivo pelo qual o alarmismo é contagioso e irresistível, e se espalha como a peste pelas veias da internet; há um motivo pelo qual os pregadores invariavelmente demonizam seus adversários, e afirmam haver gigantes insaciáveis onde ficará demonstrado haver moinhos de vento: semear o medo torna as pessoas vulneráveis, e gente vulnerável pode ser manipulada...

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VOCÊ SABIA?!

Você sabia que foi apenas no ano 190 d.C. que a palavra grega ekklesia, que traduzimos como igreja, foi pela primeira vez utilizada para se referir a um lugar de reuniões dos cristãos? Sabia também que esse lugar de reuniões era uma casa, e não um templo, já que os templos cristãos surgiram apenas no século IV, após a conversão de Constantino?...

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PROJETO VALEU PRA VIDA

O Projeto Valeu Pra Vida é um sonho se materializando fundamentado no AMOR 'a Deus e ao ser humano, que buscar atender o cidadão em sua totalidade, corpo-alma-espírito, trabalhando para a sua plena integração com ser e na inter-relação com o outro, seu ambiente social e familiar. É a busca do encontro com Deus, consigo mesmo e com o próximo, viabilizando assim oportunidades Sociais, psicológicas e espirituais...

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Midias sociais

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domingo, 20 de dezembro de 2009

Eu Creio

Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Ricardo...

Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Paulo dizia: "Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie", enquanto Tiago dizia: "A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé". Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.

Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineira

Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles.

Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente. Normalmente era um churrasco feito no sítio do Horácio e da Paula, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.

Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.

Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.

Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: "Ninguém vai nos derrubar!". Expliquei: "Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada... aquela é apenas a igreja dos meus sonhos".

Gis Silva

Muito legal!!!

pelos vínculos do calvário

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

TRISTE REALIDADE DO COTIDIANO NACIONAL

CARTA DE UM POLICIAL PARA UM BANDIDO

Senhor Bandido.

Esse termo de senhor que estou usando é para evitar que macule sua imagem ao lhe chamar de bandido, marginal, delinquente ou outro atributo que possa ferir sua dignidade, conforme orientações de entidades de defesa dos Direitos Humanos.
Durante vinte e quatro anos de atividade policial, tenho acompanhado suas "conquistas" quanto à preservação de seus direitos, pois os cidadãos, e especialmente nós policiais, estamos atrelados às suas vitórias, ou seja, quanto mais direito você adquire, maior é nossa obrigação de lhe dar segurança e de lhe encaminhar para um julgamento justo, apesar de muitas vezes você não dar esse direito às suas vítimas.
Todavia, não cabe a mim contrariar a lei, pois me ensinaram que o Direito Penal é a ciência que protege o criminoso, assim como o Direito do Trabalho protege o trabalhador, e assim por diante.
Questiono que hoje em dia você tem mais atenção do que muitos cidadãos e policiais. Antigamente você se escondia quando avistava um carro da polícia; hoje, você atira, porque sabe que numa troca de tiros o policial sempre será irresponsável em revidar. Não existe bala perdida, pois a mesma sempre é encontrada na arma de um policial ou pelo menos a arma dele é a primeira a ser suspeita.
Sei que você é um pobre coitado. Quando encarcerado, reclama que não possuímos dependências dignas para você se ressocializar. Porém, quero que saiba que construímos mais penitenciárias do que escolas ou espaço social, ou seja, gastamos mais dinheiro para você voltar ao seio da sociedade de forma digna do que com a segurança pública para que a sociedade possa viver com dignidade.
Quando você mantém um refém, são tantas suas exigências que deixam qualquer grevista envergonhado.
Presença de advogados, imprensa, colete à prova de balas, parentes, até juízes e promotores você consegue que saiam de seus gabinetes para protegê-los. Mas se isso é seu direito, vamos respeitá-lo.
Enfim, espero que seus direitos de marginal não se ampliem, pois nossa obrigação também aumentará.
Precisamos nos proteger. Ter nossos direitos, não de lhe matar, mas sim de viver sem medo de ser um policial.
Dois colegas de vocês morreram, assim como dois de nossos policiais sucumbiram devido ao excesso de proteção aos seus direitos. Rogo para que o inquérito policial instaurado, o qual certamente será acompanhado por um membro do Ministério Público e outro da Ordem dos Advogados do Brasil, não seja encerrado com a conclusão de que houve execução, ou melhor, violação aos Direitos Humanos, afinal, vocês morreram em pleno exercício de seus direitos.
Autor:
Wilson Ronaldo Monteiro-Delegado da Polícia Civil do Pará.

pelos vínculos da misericórdia

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

NÃO DÁ MAIS

Artigos

Maria Lucia Victor Barbosa 14/12/2009

Tempos perigosos

Maria Lucia Victor Barbosa

Em tempos de campanha adversários se transformam em inimigos e a política pode se tornar literalmente caso de vida ou de morte. Porém, as “armas” mais brandidas são as que funcionam para mudar o comportamento dos eleitores porque, se a política consiste em traçar de forma racional metas para alcançar o poder, o povo faz política a partir de emoções devidamente manejadas por hábeis prestidigitadores de ilusões. Estes se revezam, sobretudo, nos palanques eletrônicos das TVs, onde é fácil enganar mentes sequiosas de serem enganadas. Para tanto, são utilizados o cinismo, a mentira, a hipocrisia que, se são empregados por todos os grupos sociais, aparecem de forma mais nítida no palco iluminado da política.

Entre inimigos, que amanhã poderão trocar beijos e abraços, não cessam os combates visando à destruição mútua. Vale tudo para se alcançar o alvo mais cobiçado: o poder. Mesmo porque, o poder político e o econômico caminham juntos, e ambos agregam a sensação de pairar sobre as pessoas comuns, o inebriante sentimento de satisfazer o ego, a deliciosa impressão de imunidade, a encantadora vassalagem dos sabujos palacianos, a adoração das massas maravilhadas diante do salvador da pátria. E, assim sendo, funcionam especialmente quando campanhas esquentam: a traição, a vilania, a corrupção, a intriga, a difamação. É imprescindível abater o inimigo, tirá-lo do caminho custe o que custar.

Tempos de campanha são tempos perigosos onde os poucos escrúpulos que possam existir se esvaem completamente. Pululam mercenários que se oferecem a quem der mais. Traidores espreitam com a desenvoltura que caracteriza os chantagistas.

Ao mesmo tempo, máscaras são afiveladas para simular bondade, moralidade, integridade, religiosidade. O que é falso deve parecer verdadeiro. Erros, falcatruas, crimes cometidos devem ser atribuídos aos outros.

Na podridão moral em que o Brasil mergulhou, a próxima campanha deve ser uma das mais pesadas já existidas porque o partido que ora ocupa o poder não consentirá em perdê-lo. Tudo foi cuidadosamente preparado para a permanência da máquina petista, pois na degradação política em que nos encontramos vemos partidos ditos de oposição que não fazem oposição, instituições que desvirtuaram seus objetivos, entidades que, como a maioria, se venderam ao governo Lula da Silva. Para piorar, temos o Legislativo e o Judiciário submetidos ao Executivo, enquanto a propaganda asfixiante entorpece as mentes, tolda o entendimento da maioria, rende pobres e ricos a certas bondades governamentais.

Nesta época em que valores se perderam, a maioria concorda e mesmo louva condutas corruptas de seus governantes. Os escândalos que se sucedem vertiginosamente na esfera política são aceitos com naturalidade ou indiferença. Para a plebe basta futebol, enquanto torcidas movidas a puro barbarismo são amostra da violência que grassa impunemente por todo país.

Estranhamente, na era das comunicações campeia a desinformação. O paradoxo que pode ser explicado ao se entender que informações são selecionadas conforme motivações individuais. Se interesses se concentram em esporte, colunas sociais, novelas ou assuntos mais amenos, pessoas que, inclusive, possuem razoável nível cultural, podem surpreender por sua ignorância acerca do que se passa na esfera política.

Tanto faz se os dólares na cueca, os reais nas meias foram surrupiados por políticos do PT, do DEM, do PMDB, do PSDB ou de qualquer outro partido. Partidos políticos no Brasil são apenas clubes de interesse, sem a característica clássica de serem os elos entre povo e governo e, por isso, conta apenas o poder pessoal concentrado em figuras do Executivo, sendo a mais notada a do presidente da República.

Qualquer pessoa é fruto de sua época e de sua circunstância, e o atual presidente da República não foge à regra. Ele se enquadra nesses tempos de mediocridade, de vulgaridade, de superficialidade. Isso nada tem a ver com sua origem humilde, com o fato de continuar por vontade própria semi-analfabeto. Muitos o comparam - e ele também o faz -, a Getúlio Vargas. Mas a diferença é que o culto da personalidade de Vargas foi construído por ele a partir de suas obras e de seu populismo, o que o tornou popular. Lula da Silva teve um culto de personalidade construído para ele com base no populismo, o que o fez popular. Getúlio era sagaz. Lula é apenas esperto. Getúlio era carismático com base na sua personalidade. Lula tem personalidade atraente para o povo com base na boçalidade cuidadosamente cultivada. Getúlio falava aos sindicalistas. Lula é sindicalista e disso não passou ao se tornar presidente. Getúlio escreveu em sua carta-testamento que “saía da vida para entrar na história”. Gabeira disse com muito acerto que “Lula saiu da história para entrar no marketing”. Em termos de América Latina, Getúlio foi algo aproximado a Perón. Lula, que quer comandar a América Latina, é algo que se aproxima de Hugo Chávez. Getúlio foi explicitamente um ditador, portanto, não queria deixar o poder. Lula tem estofo de ditador, e o PT não permitirá que o poder adquirido com tanta dificuldade seja perdido. Isso significa que teremos as eleições mais truculentas de nossa história. Os adversários do PT que se cuidem, pois, sem dúvida, vivemos tempos perigosos.


Instituto Milleniun


pelos vínculos da justiça.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

MUDANDO O FOCO...

por Leonardo Boff -


artigo

O que está em jogo em Copenhague

http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2009/04/129_528-boff2.jpgEm Copenhague os 192 representantes dos povos vão se confrontar com uma irreversibilidade: a Terra já se aqueceu, em grande parte, por causa de nosso estilo de produzir, de consumir e de tratar a natureza.

Só nos cabe adaptamo-nos às mudanças e mitigar seus efeitos perversos.

O normal seria que a humanidade se perguntasse, como um médico faz ao seu paciente: por que chegamos a esta situação?

Importa considerar os sintomas e identificar a causa. Errôneo seria tratar dos sintomas deixando a causa intocada continuando a ameaçar a saúde do paciente.

É exatamente o que parece estar ocorrendo em Copenhague. Procuram-se meios para tratar os sintomas mas não se vai à causa fundamental.

A mudança climática com eventos extremos é um sintoma produzido por gases de efeito estufa que tem a digital humana. As soluções sugeridas são: diminuir as porcentagens dos gases, mais altas para os paises industrializados e mais baixas para os em desenvolvimento; criar fundos financeiros para socorrer os paises pobres e transferir tecnologias para os retardatários.

Tudo isso no quadro de infindáveis discussões que emperram os consensos mínimos.

Estas medidas atacam apenas os sintomas. Há que se ir mais fundo, às causas que produzem tais gases prejudiciais à saúde de todos os viventes e da própria Terra.

Copenhague dar-se-ia a ocasião de se fazer com coragem um balanço de nossas práticas em relação com a natureza, com humildade reconhecer nossa responsabilidade e com sabedoria receitar o remédio adequado.Mas não é isto que está previsto.

A estratégia dominante é receitar asperina para quem tem uma grave doença cardíaca ao invés de fazer um transplante.

Tem razão a Carta da Terra quando reza:”Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo...Isto requer uma mudança na mente e no coração”.

É isso mesmo: não bastam remendos; precisamos recomeçar, quer dizer, encontrar uma forma diferente de habitar a Terra, de produzir e de consumir com uma mente cooperativa e um coração compassivo.

De saída, urge reconhecer: o problema em si não é a Terra, mas nossa relação para com ela. Ela viveu mais de quatro bilhões de anos sem nós e pode continuar tranquilamente sem nós.

Nós não podemos viver sem a Terra, sem seus recursos e serviços. Temos que mudar. A alternativa à mudança é aceitar o risco de nossa própria destruição e de uma terrível devastação da biodiversidade.

Qual é a causa? É o sonho de buscar a felicidade que se alcança pela acumulação de riqueza material e pelo progresso sem fim, usando para isso a ciência e a técnica com as quais se pode explorar de forma ilimitada todos os recursos da Terra.

Essa felicidade é buscada individualmente, entrando em competição uns com os outros, favorecendo assim o egoísmo, a ambição e a falta de solidariedade.

Nesta competição os fracos são vitimas daquilo que Darwin chama de seleção natural. Só os que melhor se adaptam, merecem sobreviver, os demais são, naturalmente, selecionados e condenados a desaparecer.

Durante séculos predominou este sonho ilusório, fazendo poucos ricos de um lado e muitos pobres do outro à custa de uma espantosa devastação da natureza.

Raramente se colocou a questão: pode uma Terra finita suportar um projeto infinito? A resposta nos vem sendo dada pela própria Terra.

Ela não consegue, sozinha, repor o que se extraiu dela; perdeu seu equilíbrio interno por causa do caos que criamos em sua base físico-química e pela poluição atmosférica que a fez mudar de estado. A continuar por esse caminho comprometeremos nosso futuro.

Que se poderia esperar de Copenhague? Apenas essa singela confissão: assim como estamos não podemos continuar. E um simples propósito: Vamos mudar de rumo.

Ao invés da competição, a cooperação. Ao invés de progresso sem fim, a harmonia com os ritmos da Terra. No lugar do individualismo, a solidariedade generacional. Utopia? Sim, mas uma utopia necessária para garantir um porvir.


Leonardo Boff


pelos vínculos do calvário

domingo, 6 de dezembro de 2009

perdão

PERDÃO

Perdão é uma perda muito grande

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"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;" (Mateus 6.14)

“Perdão”. Palavrinha difícil esta... É incrível como muitas pessoas, não poucas, tem uma dificuldade gigantesca em lidar com este assunto. Não raro, vejo muita gente sendo devorada e corroída por dentro através das feridas inflamadas e purulentas que estão guardadas nas lembranças. Às vezes estas memórias estão escondias atrás de grandes muralhas de rejeição, impaciência, depressão, melancolia, autocomiseração, irritabilidade e algumas vezes transmitem uma falsa sensação de força, mas sempre acabam se revelando na brutalidade com que a dor retorna de vez em quando e a gente tenta esquecê-la sem sucesso.

Cresci ouvindo a sabedoria popular e ela dizia: “quem bate esquece, mas quem apanha não.” Esta é uma verdade que acompanha invariavelmente qualquer ser que tenha consciência de si memo.

A ofensa, o tapa, a humilhação, a traição, o roubo, o abuso, o abandono, a injustiça... Seja qual for o nome que você dê à sua ferida de estimação, por mais que se coloque sobre ela o peso do tempo ou da dureza de levar a vida amargamente, dificilmente ela vai cicatrizar, no máximo vai criar uma leve casca, mas ao menor toque vem à tona a dor novamente carregando consigo todo o potencial doloroso da lembrança de quando a ferida foi aberta.

Alguns vão vivendo como podem, ou melhor, vão morrendo aos poucos como podem. São leprosos de alma, vão levando a vida tomando sobre si armaduras e carapaças como pesadas vestiduras, erguendo seus castelos e fortalezas contra o menor sinal de um novo dano ou machucado. Nem dá para saber se é autodefesa ou autopunição. Muitos vão chorando pelos cantos, sozinhos na escuridão da noite, enxugando suas lágrimas internas e externas como dá, tentando não deixar ninguém perceber a sequidão que é viver assim. É preciso manter as aparências, dizem eles. Outros provocam o mundo com as mesmas dores com que foram afligidos, é quando o traído, por exemplo, tem uma neurótica e compulsiva vontade de trair também para mostrar, inconscientemente ou não, ao mundo que isto dói e muito. Ou quando o humilhado ameniza sua dor humilhando e pisando em qualquer outra criatura que venha ao seu encontro.

A mágoa e o rancor sempre procuram um culpado, disso não se escapa. O problema é que, às vezes, na falta de se encontrar um “bode expiatório”, muitos culpam a si próprios. Com ou sem razão muitos outros, pela falta de coragem para assumir seus erros, vão espalhando suas culpas obsessivas por seus familiares, amigos e inimigos próximos. Nem o próprio Deus, o Criador, escapa do alvo daqueles que querem achar, de qualquer jeito, um culpado para sua tristeza e dor. Estes vão sorteando nomes e culpados para suas feridas como quem distribui as cartas de um baralho numa mesa de Poker.

Faz tempo que muitos desistiram de viver, alguns literalmente, carcomidos por suas dores internas. Já dizia o sábio Shakespeare: “Guardar uma mágoa é como tomar um copo de veneno e torcer para que o seu agressor morra.” Parece irracional, mas o que o famoso escritor inglês descreveu nesta frase é a lógica inversa da cura para toda essa dor que tanta gente carrega e alimenta durante anos a fio. É provado cientificamente que o rancor arquivado pode ser somatizado pelo corpo através de doenças como câncer, gastrite, enxaqueca, cólicas agudas, doenças da pele, distúrbios hormonais, depressão e outras neuropatias sérias.

Etimologicamente perdão é o ato de não imputar a um transgressor a necessidade de pagar pelo erro cometido, ou seja, perdoar é o mesmo que liberar um condenado ou um réu de cumprir uma sentença, é como dizer a um presidiário amarrado na cadeira elétrica: “amigo, levanta daí, não vamos mais ligar a corrente elétrica em você. Você será liberado agora!” Aí está o grande problema encontrado na palavrinha “perdão”: quem perdoa perde muito. O perdão fere nosso senso comum de justiça, principalmente quando os ofendidos somos nós. Quem perdoa, na verdade, assume para si próprio o valor e a dor da punição. Perdoar é como ser ofendido duas vezes, a primeira pelo desafeto recebido, a segunda por abrir mão do justo direito de revidar ou se vingar.

Mas, acredite em mim! Por experiência própria e por ver muitos outros amigos vencendo seus dramas interiores e encontrando denovo o caminho da cura integral. Posso afirmar com a autoridade de quem já experimentou e tem aprendido a experimentar a dádiva de perdoar: existe muito mais benefício em não “cobrar a ofensa” do que alimentá-la dentro de você. Tenho consciência de que não é uma atitude fácil de se tomar, é verdade. Algumas vezes a sensação de náusea, confusão mental e de dor é muito mais forte do que qualquer argumento lógico e racional a favor de liberar ou não o seu perdão.

Não digo isso porque me considero bonzinho, realmente não sou! Tenho meus defeitos como qualquer outra pessoa. O que tenho aprendido até aqui é que, na maioria das vezes, esta capacidade para tomar tal atitude simplesmente não vem de nós. A única força capaz de superar a mágoa e remover toda raiz de amargura é o amor. Ele, o amor, vence todas as coisas, vence até a morte. Não é por acaso que João, o apóstolo, escreve em sua epístola afirmando categoricamente que Deus é amor. Sim, a essência de Deus é o amor.

A única fonte verdadeiramente confiável de amor é Deus, muitos são os textos revelados por toda a Bíblia que expressam este envolvente e imensurável amor de Deus pela sua criação e de forma especial pelo ser humano. Este amor sobrenatural nos ensina a viver e caminhar em direção à cura de nossas feridas emocionais e existenciais.

De forma contundente, o apóstolo Paulo afirma em sua carta aos Romanos, capítulo cinco, verso oito, dizendo: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." Não houve merecimento nosso, não foi o esforço humano que provocou uma reação de perdão de Deus para nós. Foi simplesmente por amor e espontaneamente. A teologia moderna chama isto de solidariedade de Deus em relação ao ser humano, mas a Palavra Revelada chama a isto de Graça. Sem preço, sem barganha, Ele, Deus, fez isto antes que qualquer um de nós pedíssemos ou merecêssemos.

A boa notícia é que em Jesus, Deus ofereceu perdão gratuito a toda humanidade, isto inclui a você e eu. É este mesmo amor que nos convida, igualmente, a perdoar quem nos tem ofendido. O perdão que liberamos hoje retorna como bálsamo, alívio e cura para nossas dores.

Em Jesus, o perdão não é condicional, é mandamento incondicional pois somos perdoados com a mesma medida em que perdoamos. Quando perdoamos nos enchemos mais um pouco de Deus, é como se Deus reconhecesse em nós algo em comum e viesse nos dar um “olá!”.

Então... Quer ser curado? Perdoe! Quer ser liberto? Perdoe! Quer ser realmente feliz? Perdoe!

Talvez você até encontre alguma dificuldade para dar este primeiro passo, mas tenha certeza que o Doce e Santo Espírito de Deus é quem nos auxilia em nossas fraquezas. Ninguém melhor que o Criador para sondar sua mente e espírito nesta hora e saber exatamente do que você precisa. Ele já lhe deu neste dia um coração batendo, isto já é o suficiente para você, como eu, reconhecer que sem Ele nada somos. Acredite! Mesmo no conturbado e obscuro mundo em que vivemos, mesmo diante da morte, da dor, de poderes sobrenaturais da maldade, com a perturbação do passado, do amedrontado presente ou da incerteza do futuro, nada é capaz de nos separar deste gigantesco amor de Deus por nós. Precisamos dele, esta é a mais pura realidade. A única coisa a fazer então é dizer: Deus, me ajude! O resto já é com ele.

O Deus que ensina a perdoar te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

....."perdoemos, portanto uns aos outros em amor"......

Amaury Pinto

pelos vínculos do calvário

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

DIVÓRCIO (FALANDO POR OUTRO)




DIVÓRCIO

Justificar
Nós lemos Mateus 5: 31 e 32 e pensamos nele com nossas categorias ocidentais, posteriores à predominância política do Cristianismo sobre este lado do planeta, impondo não uma nova consciência, mas apenas uma nova Moral.

Todavia, quase nunca levamos em consideração o contexto no qual Jesus disse esta palavra. Naqueles dias, embora a poligamia e a bigamia—tão constantes no Antigo Testamento— ainda existissem, desde o exílio em Babilônia que ela vinha diminuindo—por questões econômicas, como é obvio! Todavia, ainda que ambas não fossem a norma para a maioria, na prática, no entanto, era ainda uma consciência prevalecente.

Prova disso é que em João 8, no episódio da mulher adultera e Jesus, não se apresenta o “homem” com quem essa “adultera”, adulterara. “Ele”, o homem, estava isento das pedradas. Mas a mulher estava lá, seminua ou nua, exposta a todos.

Portanto, quando Jesus diz que a Lei dizia que um homem poderia des-cartar a sua mulher dando-lhe uma carta de divórcio, Ele falava isto a uma assembléia machista, que praticava isto com muita alegria e facilidade. Tudo era motivo para se divorciar. Literalmente, por qualquer motivo, como vemos em Joaquim Jeremias e outros especialistas ( Mt 19:3)

Isto para não falarmos na briga doutrinária que havia, nos dias de Jesus, entre as escolas de Shamai e Hillel em relação ao tema em questão. Era o reino da banalidade relacional.
Nesse caso, o que Jesus diz, levando-se em consideração o “contexto historio”, é basicamente o seguinte:

1) Se, para vocês, a mulher é adúltera quando trai o seu marido, dando-se fisicamente a um homem, todavia, vocês, os homens, cometem muito mais adultério pelo modo “natural” como olham e desejam mulheres (MT 5: 28);

2) Neste mundo onde o homem “descarta” a mulher—ela sem direitos a mesadas e a patrimônio, estigmatizada pela Moral vigente e, praticamente, entregue a sobreviver como pudesse—a única clausula, de permissão ao divorcio era se a esposa traí-se o marido; ou seja: “... em caso de adultério” (5: 32b). Nessa caso, o homem poderia dar a ela carta de repudio e divorcio. Naqueles dias, mulheres não se divorciavam dos homens. Era a Lei.

3) A razão, portanto, tinha a ver com o estigma que a “repudiada”, a divorciada, carregaria, naquela sociedade, daí para frente. Ao homem era permitido—por qualquer motivo—desamparar a esposa, repudiando-a, e, então, depois disto, era-lhe “lícito” escolher outra mulher e seguir adiante com sua vida. Não era sempre bigamia, mas era sempre uma monogamia sucessiva. Ela era extremamente praticada até que Shamai, um rabino, se levantou contra aquela injustiça, discutindo os “motivos justos para dar uma carta de divorcio”, que, à semelhança de Jesus, para ele, também era o adultério.

Todavia, a preocupação era com o estado de desamparo no qual ficava a mulher repudiada-divorciada, pois, para todos, ela passava a ser fadada a nunca mais amar ninguém e nem ter ninguém, apenas porque alguém não a quis mais, por qualquer motivo.

Esta é a razão pela qual Jesus—após denunciar o adultério subjetivo de todos os homens—diz que a preocupação era com expor a mulher a tornar-se adultera (Mt 5: 32c), e, também com “aquele” que, porventura, à ela se ajuntasse, pois, ele também, passaria a ser visto como o marido da repudiada.

Numa sociedade onde o homem tinha todos os privilégios, incluindo o de ter uma segunda esposa caso a pudesse sustentar, descartar a esposa e entrega-la ao mundo com uma letra R, de Repudiada, escrita na testa, e, ainda, esperar que ela vivesse de vento, expunha-a a tornar-se adultera—fosse pela necessidade de ser sustentada por alguém, fosse pela realidade de ter encontrado alguém. Assim, em Mt 5: 27-28, Ele iguala a todos no nível do adultério subjetivo.

Já em Mt 5: 31-32, Ele nos mostra como uma vítima da dureza de coração de um homem—que descarta e não cuida da vida humana que ao seu lado esteve—pode, numa sociedade regida pela Teologia dos Fariseus, ser ainda mais des-graçada.

O “repudio” do homem tornava a mulher, no mínimo, uma “repudiada” e, no caso dela prosseguir com a vida—sem ter que se entregar à mendicância—,a exporia a ser vista, para sempre, como adultera. Dessa forma, Jesus afirma duas coisas: primeira, a seriedade do vinculo entre dois seres humanos numa relação de casamento; e, a segunda, a possibilidade de que a alma humana pudesse se endurecer tanto, que usasse a do outro, e depois, simplesmente a descarta-se, sem cuidado e sem proteção. Em outras palavras: Jesus não entrou na questão da Lei—até Moisés teve mais de uma esposa—, mas na questão da misericórdia, e, sobretudo, no tema da descriminarão Moral do infeliz; e, também no tema da Teologia dos Fariseus e a sua dureza predatória— suas Leis de causa e efeito da infelicidade—, que, naquele caso, era uma Lei animal, que tratava a companheira como lixo.

E por que digo isto?

Por duas razões:

1) Porque é o que vejo no trato de Jesus com as mulheres de todos os tipos de vida durante os Evangelhos. Quase todas elas vinham de vidas infelizes, mas todas foram absolutamente acolhidas, a Samaritana, inclusive, com seu “companheiro”, acerca de quem Jesus disse: “...chama teu marido e vem cá...”

2) Minha leitura da Bíblia, toda ela, está irremediavelmente ligada à única chave hermenêutica que eu creio que é absoluta: “O Verbo se fez carne”—essa é a chave hermenêutica! Logo é no Verbo Encarnado, Jesus, onde vemos o Verbo virar Vida, em todos os sentidos.

Ora, isto nos leva não a ler o que Jesus disse e , para melhor entender o texto, fazermos uma exegese da passagem. Ao contrário: isto nos leva a ler e ouvir o que Jesus disse, e, ver, nos evangelhos, como Ele encarnou aquele Verbo.

Ora, quando fazemos isto, não temos mais o Evangelho que Jesus falou e nós “interpretamos” como bem desejamos; e o Evangelho que Jesus viveu, que nós usamos para nos inspirar na fé na fé. E esquecemos que são naqueles encontros com a vida que cada um de Seus ensinos—literalmente, cada um deles—, teve sua verdadeira interpretação.

Jesus nunca ensinou aquilo que Ele não encarnou, como manifestação da Graça!

A tentativa de fazer exegese das falas de Jesus, e não levar em consideração como Ele tratou as pessoas pelo caminho, é audaciosa, pois, coloca-nos como “os interpretes da Lei”: com a Chave da ciência debaixo do braço, pondo-nos numa posição na qual Jesus pode ser esquizofrenizado pelas nossas doutrinas e Teologias; ou seja: ensinando uma coisa—geralmente legalista em seus conteúdos—, conforme nós “interpretamos” as falas de Jesus; enquanto, também evangelizamos, falando do modo misericordioso como Jesus tratou com amor os pecadores.

O problema é que, na maioria das vezes, o Jesus que encontra pessoas pelo caminho—gente de todo tipo—, não combina com as “interpretações” que fazemos de Suas Palavras.

Quem é que está com problemas? Seria Jesus um “esquizofrênico”?

Seria Ele como os fariseus, que diziam e não faziam?

Ou como os “interpretes da Lei”, que punham fardos pesados sobre os homens que eles nem com o dedo queriam tocar?

Ou nós é que continuamos sofrendo da doença deles?

Responda-me:

Crendo que Jesus é o Verbo encarnado, como você interpreta o que Ele disse?

À luz dos ensinos de nossos interpretes da Lei? Ou, quem sabe, para o seu próprio bem, conforme o Verbo Encarnado em Jesus!

Jesus é a Palavra sendo interpretada aos nossos olhos!

Afinal, o Verbo se fez carne e habitou entre nós...e vimos a Sua Gloria...!

Muito Bom!

Wagner

pelos vínculos do calvário


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Apenas Andar Como Ele Andou

Sendo como ELE é......

Queridos, gostaria de compartilhar um pouco daquilo que vai em meu coração nesses dias, quem sabe você poderá ter paciência comigo!!!!!
IJo.1:1-7....Nosso irmão João está nos ensinando pelo Espírito Santo,que a sua mensagem, o seu clamor, é para que tenhamos comunhão com êle, pois sua comunhão é com o Pai e com seu filho Jesus Cristo, que legal isso, muito lindo!!!
Veja, João não inicia na comunhão, ele inicia assim.....o que meus olhos viram, meus ouvidos ouviram e minhas mãos apalparam,isso eu proclamo e sou TESTEMUNHA.....e por causa disso ele conclama a seus irmãos a terem essa comunhão com ele pois sua comunhão é com o Espírito Santo.
O vocábulo comunhão(koinonia), estar juntos em comum, não nos leva apenas para ao redor de uma mesa, um púlpito, uma sala, ou cozinha e falarmos de nós, da vida e de Deus, compartilharmos, dons, talentos e bens........Comunhão inicia quando todos somos batizados em um único espírito, bebemos de uma só fonte, comemos de um só pão, temos um só pensamento, um só amor, uma só forma de pensar(quando temos a mente de Cristo)..Filp.2, quando O vemos, o contemplamos, e temos uma revelação plena de sua vida e amor. COmunhão não parte de nossa vontade, de nossos bons motivos, de nossas boas intenções, boa comida, boa conversa, boa reunião, boa pregação( aliás, caramba!!! Como gostamos de pregar para os outros neh?).
Sendo dessa forma, se a comunhão começa em conhecê-lo, vê-lo, recebê-lo por uma revelação e entendimento aberto, e se por acaso O recebemos, agora então não são mais os meus pensamentos, minha vontade, meu querer, meus ensinamentos, minha visão, minhas convicções, e verdades, minhas pregações, meus sermões. Agora apenas ELE(Cristo), somente ELe, e só Ele, como Senhor, cabeça, guia, pastor, tudo em todos, sua plenitude, sua vontade, seu Espírito, seu governo. Bem, dessa forma, não sou eu mais, não tenho mais visão, mais ensino, mais pregação, mais conhecimento para transmitir, mais minha visão pra introduzir na vida de outros, agora estou morto, não vivo mais eu!!!! Será? Oh Deus!!!!
Então se é Ele em nós, sua vontade, seu governo, sua vida, sua direção, devemos obedecê-lo apenas, e em que obediência precisamos estar inseridos?
Como ELE é nesse mundo, assim devemos ser.....
Se dissermos que O amamos e O obedecemos devemos andar como ELE andou....
Aquele que tem os meus mandamentos e os obedece, esse é o que me ama, e aquele que me ama será amado de meu pai e viremos para ele e faremos morada nele...
O cumprimento da lei e profetas se resume em : amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo...
Um novo mandamento vos dou que vos amais uns aos outros, como EU vos amei....Assim TODOS saberão que sois meus discípulos...
Sabemos que O conhecemos se guardamos seus mandamentos...
Aquele que diz eu O conheço e não obedece seus mandamentos é mentiroso, e a verdade(Cristo) não está nêle..
Mas se ALGUÉM, obedece sua palavra, nele verdadeiramente o AMOR de DEUS ESTÁ APERFEIÇOADO...
DESTA FORMA SABEMOS QUE ESTAMOS NÊLE...DESTA FORMA SABEMOS QUE ESTAMOS NÊLE...DESTA FORMA SABEMOS QUE ESTAMOS NÊLE...
Amados esse não é um mandamento nõvo mas um mandamento antigo(amarás a Deus de todo o teu coração e ao próximo com a ti mesmo)..
A obra de Deus é crer nAquele que Ele enviou..
Se vocês permanecerem na minha palavra(mandamento, Ele mesmo), verdadeiramente sereis meus discípulos.
EU SOU O CAMINHO, disse o mestre Jesus.
Como o Pai me amou, assim Eu os amei, PERMANEÇAM no Meu AMOR. Se..se ....se ....se.....se......se....vocês OBEDECEREM aos Meus mandamentos, permanecerão no Meu AMOR.....
O meu mandamento é este: AMEM-SE UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI....AMEM-SE UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI---AMEM-SE UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI.....AMEM-SE UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI....Olha só, isso é um mandamento..
Vocês serão meus amigos, se.....se....se....se....se fizerem o que eu LHES ORDENO.......
Este é o Meu mandamento...AMEM-SE UNS AOS OUTROS....
Quando vier o COnselheiro, que EU enviarei a vocês da parte de meu Pai( QUE SOU EU MESMO EM ESPÍRITO), o Espírito da verdade que provém do Pai, ele....ELE....ELE.....ELE.....ELE, testemunhará a meu respeito...E VOCÊS TAMBÉM TESTEMUNHARÃO, pois estão comigo......
Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que TODOS sejam UM, Pai, como tu estás em mim e Eu em ti, que Eles TAMBÉM estejam em NÓS, para que o mundo creia que tu me enviastes. Dei-lhes a Glória(comunhão, mesmo espírito, mesma possibilidade de estarmos juntos em um só espírito), para que eles sejam UM, assim como nós somos UM, EU NÊLES E TU EM MIM, que eles sejam levados a plena unidade..para que o mundo saiba...
Mas vocês tem a unção(Christós) que procede do Santo...e todos vocês tem conhecimento..
Quanto a vocês a unção(messhiah)que receberam dEle, PERMANECE em vocês e não precisa de que NINGUÉM VOS ENSINE, mas como a unção(Cristo) dEle recebida que é verdadeira e não falsa, os ensina acerca de TODAS as coisas, permaneçam NELE como ELE os ENSINOU..
Esta é a mensagem que ouvimos desde o princípio...QUE NOS AMEMOS UNS AOS OUTROS...
SABEMOS QUE JÁ PASSAMOS DA MORTE PARA A VIDA, QUANDO AMAMOS NOSSOS IRMÃOS.......SABEMOS QUE PASSAMOS DA MORTE PARA VIDA QUANDO AMAMOS NOSSOS IRMÃOS....
Nisto conhecemos o que é o AMOR, Jesus Cristo deu sua vida por nós, e devemos dar nossa vida por nossos irmãos...Dar nossa vida por nosso irmão, não significa morrer no lugar dele, E SIM MORRER PARA NÓS MESMOS EM FUNÇÃO DE ALEGRAR E SER SUPORTE DE NOSSOS IRMÃOS, NÃO OLHAR SÓ OS NOSSOS INTERESSES, .....
E este é o seu mandamento, que creiamos no nome de Seu filho Jesus Cristo e que NOS AMEMOS UNS AOS OUTROS...
Os que obedecem seus mandamentos nEle permanecem e ELE neles....
Amados amemos uns aos ouros, pois o amor procede de Deus.
Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus...Quem não AMA, não conhece a Deus, porque DEUS É AMOR...
Amados visto que DEUS ASSIM NOS AMOU, nós também devemos AMAR uns aos outros...
Ninguém jamais viu a Deus, se.....se.....se.....se.....se amarmos uns aos outros, Deus PERMANECE EM NÓS e o eu amor está aperfeiçoado em Nós. QUE COISA TREMENDA!!!!!!!!!!!!!!!!
Deus é amor, TODO aquele que PERMANECE NO AMOR PERMANECE EM DEUS, e DEUS NELE.
Bem, queridos, creio que você já percebeu qual é a mensagem de Deus, qual o Seu chamado para nós, Sua vontade para nós, seu ministério para nós, seu serviço para nós, sua revelação para nós, sua igreja, seu corpo......ELE NÃO PODE ESTÁ FALANDO ALGO, DANDO UM COMANDO PARA O CORPO E O CORPO FALANDO ALGO TOTALMENTE DIFERENTE, NÃO O OBEDECENDO....
Qual Sua mensagem? AMEM UNS AOS OUTROS.......SABEMOS QUE PASSAMOS DA MORTE PARA VIDA QUANDO AMAMOS UNS AOS OUTROS.....
Gostaria de dizer por aqui aos meus amados irmãos, que não tenho ministério, não tenho título, não tenho nenhuma visão, nenhuma convicção pessoal, não tenho nenhum objetivo na vida, estou descendo.....Só tenho algo em meu coração.....Andar nessa minha sociedade parecido com ELE, e Ele andou amando e amando uns aos outros.....
Não tenho nenhuma mensagem para passar, nenhuma pregação, nenhum ensino, menhuma visão ou revelação, o que penso que tenho é que veio dEle, que é meu coração ardente por ter comunhão, com Ele e uns com os outros....em amor... Há dez anos deixei de trabalhar como igreja nos templos, e sou grato pelo tempo que lá vivi, que muitas coisas me foram úteis, muitos queridos irmãos, amizades, e edificadores, foram importantes para mim....retenho até hoje o que foi bom e deixei pra trás aquilo que não edifica.....Tenho bastante relacionamento com queridos irmãos e irmãs, que lá vivem e servem ao Senhor, que diferentemente de mim, tem seus títulos, e suas visões, e ainda a despeito dessas coisas, nos relacionamos e somos amigos, que bom neh!!!!! Não tenho um espírito amargurado, ressentido, nenhum dedo apontado para nada e ninguém. Após essa data, não estou edificando nada, não estou construindo nada, não sou de igrejas nos lares, igreja nas casas, igreja nos templos, acho que sou igreja ambulante..rsrsrsr....Procuro com muita dificuldade ser nessa minha geração AMOR AMBULANTE.....tentando amar uns aos outros, perdoar uns aos outros, suportar uns aos outros, servir uns aos outros, considerar os outros superiores a mim mesmo, buscando não apenas os meus interesses, mas sim os dos outros também...e sabendo que o AMOR jamais acaba...
Tenho desejado muito e verdadeiramente, não andar distante daquilo que proclamo com aquilo que vivo.
Vejo que há um frenesi nessa hora, de pessoas desejarem veementemente trabalhar arduamente para passar SUA visão, de reino, de igreja, de como se reunir, como ser igreja, como ser líder, quais os ministérios,como funciona os ministérios, como organizar, como desconstruir, como arrecadar, como...como...como....Oh Deus, ajuda-nos nessa hora!!!!
Tenho conhecido nesses anos queridas pessoas, que tem tido bastante revelação, sobre como ser igreja, como viver o reino, como se reunir, como ter comunhão uns com os outros, e ainda assim não conseguem amar uns aos outros, perdoar uns aos outros, e tem confessado que não é mais para esse tempo esse estilo de vida de amor...
Tenho conhecido pessoas nesses anos, que falam as terminologias do reino de uma forma corretíssima, que sabem muito sobre as escrituras, que não vivem mais dentro dos templos, que proclamam que são guiados pelo Espírito e tudo depende do espírito, entretanto não perdem uma oportunidade para ser alguém sobre alguém ser o "profeta", o "apóstolo", o líder, muitas vezes escondidinho em seu mais intimo, um desejo enorme de sermonizar as pessoas, de violentá-las com suas pregações e desejos de sobrepor-se a elas.......e assim vai se formando nesse país um exército segmentado de pessoas, amarguradas, ressentidas, adoecidas, muitas vezes de fala mansa, porém com muito ardor para manipular, determinar, dirigir, e controlar pessoas.....com dedos sempre apontados contra algo ou alguém.
Oh, quanto desejo existe na tentativa de enfiar pela guela abaixo das pessoas, aquilo que cremos, a visão que temos, a convicção que temos, a revelação que possuimos, o desejo de sermos a voz de Deus para esse tempo!!!!!! Ó Jesus livra-nos disso, e livra-nos já......
Como se tem sido rápido no desejo de pregar para os outros, de fazer com que os outros, recebam a nossa visão e o nosso entendimento, ainda que muitas vezes corretos....Ó como ainda não aprendemos ser livres e deixar o povo ser livre!!!!!
Creio que todo desejo aberto, declarado, sutil, mascarado, de controlar, manipular, sobrepor-se 'a, vem da carne, dos homens, de lúcifer...
Será que não podemos apenas ter Cristo em nós, e sermos luz para aqueles que estão em trevas, e um canal de comunhão, companheirismo, amizade amor com a igreja de Cristo que está espalhada por todo canto de nosso país, nas casas, nas tendas, nas cavernas, nas prisões, nos morros, nos templos, nos lares, nos guetos, será....será?
Penso que poderíamos pedir a Jesus que nos livre de nós mesmos, do desejo desenfreado que querer ensinar a outros, e apenas, ter nossos corações abertos uns para com os outros, ouvindo o que o Senhor está falando com cada membro desse lindo corpo. Não vamos deixar que sutilmente novos líderes, profetas, apóstolos, guias, surjam sobre o corpo, determinando, dirigindo, considerando que......e desviando o corpo de ouvir somente o cabeça, mais uma vez!!!!VAMOS OUVIR SÓMENTE O CABEÇA....Queridos, Jesus fala ainda hoje, ELE está vivo........quer comunhão, quer falar, quer dirigir, que conduzir, quer ensinar, quer discipular...quer encorajar......A unção que está em vós vos ensinará TODAS as coisas!!! É Cristo, é Sua voz, Sua vontade.....
Assim , creio que andando dessa forma, deixando o cabeça ser cabeça de fato e de verdade, ELE SE ENCARREGARÁ, como ELe mesmo nos assegurou...Edificarei minha igreja!!
Quem sabe, amando uns a aos outros, tendo comunhão uns com os outros, despretenciosamente, construindo relacionamento de companheirismos, respeito mútuo, sinceridade, transparência, o CABEÇA, queira ensinar algo, profetizar algo, aconselhar algo, pastorar alguém, edificar alguém, ensinar alguém, então Ele poderá encontrar entre nós, seu corpo, aqueles que já morreram para si mesmos, para sua visão, para sua própria vida, e assim sem títulos, sem forçação de barra, sem lutas para se tentar mostrar que é isso ou aquilo, pelo próprio Espírito de AMOR, alguns terão ensino, edificação, dons, admoestação, sabedoria, misericórdia, compaixão, apostolado, e o espírito da profecia terá liberdade de continua a edificar a SUA CASA, cuja casa somos nós...
Estou descendo...........

pelos vínculos do calvário

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O QUE FAREMOS??????

Tragédia do crack exposta nas ruas

Praça no Flamengo reúne viciados, que impõem medo para sustentar a dependência

Rio - O Monumento a José de Alencar vela, quase todos os dias, o sono irrequieto e perturbador de jovens já destruídos pelo crack. A praça em homenagem ao escritor e jornalista, no Flamengo, amanheceu ontem tomada de adolescentes deitados na base da estátua, uns em cima dos outros. É lá onde muitos passam a noite depois de uma aterrorizante e triste rotina. Nas ruas do bairro, depois de atacar pedestres, a gangue corre para a Avenida Paulo VI, no Morro Azul, onde consegue pedras da droga devastadora por R$ 1.

Na Praça José de Alencar, menores passam a noite depois de consumir a droga. Á direita, jovem fuma crack no Jacarezinho. Foto Fábio Gonçalves/Agência O Dia

A polícia tem intensificado o combate ao entorpecente, disseminado pela cidade e estopim da tragédia que destruiu as famílias dos jovens Bruno Melo e Bárbara Calazans, morta pelo namorado num ataque de fúria causada pela droga. Ontem, O DIA conversou com a mãe da jovem, Carmem, e com Bruno, preso na Polinter de Neves, em São Gonçalo. Enquanto o rapaz se diz arrependido, a mãe o chamou de “assassino bestial”. À tarde, em Manguinhos, agentes da Delegacia de Combate às Drogas fizeram uma das maiores apreensões de crack no ano: dez tabletes, que pesavam, no total, 10 quilos.

A proliferação de viciados nos arredores da Praça José de Alencar já impõe mudanças a moradores. “Parece que todos os mendigos e pivetes do Rio estão aqui. Minha filha estuda no CCAA e tem de fazer um caminho mais longo para não ser assaltada”, reclama a psicóloga Maria Alice Miranda, que todo dia sai de casa, na Rua Marquês de Abrantes, ao trabalho, no Largo do Machado. No caminho, ontem, deparou-se com os nove menores jogados na praça. “E tem dia que está pior”, frisa.

Comerciantes também se adaptam. Supervisor da lanchonete Subway da Rua do Catete, José Luís da Silva contratou um segurança para recuperar a clientela. “Toda noite, eles pediam dinheiro na loja. Se ninguém dava, eles se transformavam. Ficavam à espreita, prontos para roubar”. Pouco depois, uma menor acordou e, agressiva, incitou os demais a ameaçar a equipe de O DIA. Um garoto de 8 anos presumíveis era o mais alterado. “Se arranca logo daqui!!!”, gritava, esmurrando o carro.

Os 10 kg apreendidos ontem estavam num fogão de uma casa abandonada. Segundo o delegado Marcus Vinícius Braga, o material, avaliado em R$ 80 mil, seria transformado em 50 mil pedras, cada uma vendida a R$ 5. O lucro seria de R$ 250 mil. “A favela do Rio que mais sobrevive do crack é Manguinhos. É ali que está a principal cracolândia”, diz. Os cálculos da especializada indicam que 60% do consumido nas bocas de fumo dali é de crack; outros 35% são de maconha e só 5%, de cocaína.

Estado anuncia dois centros para viciados

Depois de a Prefeitura do Rio anunciar a abertura de três centros de recuperação para dependentes químicos, onde serão tratados também menores internados compulsoriamente, o governo do estado confirmou que fará o mesmo. A secretária estadual de Ação Social e Direitos Humanos, Benedita da Silva, disse ontem que dois novos centros com a mesma finalidade serão inaugurados até junho de 2010. Um deles será no Noroeste Fluminense e o outro, em Jacarepaguá, onde a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) já atende menores usuários de drogas.

A falta de uma unidade prisional apta a receber usuários de crack também preocupa o estado. O músico Bruno Melo, segundo o coordenador das carceragens da Polinter, delegado Orlando Zaconne, terá de ficar, por enquanto, em Neves, apesar do interesse em transferi-lo para o presídio de Água Santa. “Não temos uma estrutura de saúde na Polinter caso ele tenha algum problema relacionado à abstinência”, disse Zaconne.

‘CULPAR A DROGA É EXIMIR O ASSASSINO’
5 MINUTOS COM: CARMEM CALAZANS, mãe de Bárbara

A assistente social Carmem Calazans, mãe da estudante Bárbara Calazans, 18 anos, morta pelo músico Bruno Kligierman Melo, 26, no Flamengo, fez um desabafo contundente a O DIA. Em e-mail enviado ontem, ela o chama de “assassino bestial” e diz que o crack não pode ser apontado como único responsável pela tragédia.

1. A senhora sabia do vício de Bruno? Bárbara falava sobre isso?
Ela comentou que ele tinha passado por internações, mas que lutou e teve resultados concretos para se afastar do vício. Por isso, o incentivava a crescer, a realizar coisas na vida. Inclusive foi para isso que naquela manhã ela se dirigiu a seu prédio: para irem juntos a uma entrevista no Projac.

2. O crack ajudou a matar sua filha?
Trabalho com reabilitação social e aprendi a acreditar na capacidade de transformação do ser humano. Existem os que querem ser ajudados, que podem ser reabilitados, e outros que cometem atrocidades contra quem lhes estende a mão. Não se trata de questão exclusiva do vício, mas, principalmente, de personalidade e caráter. Culpabilizar a droga é eximir a responsabilização desse assassino bestial, capaz de repetir esse ato com quantos forem.

3. A senhora aceita o perdão do pai?
O que Bruno fez foi inominável, um profundo desprezo pelo ser humano. Não queremos desculpas, queremos justiça e que ele seja impedido de fazer isso com outros.

4.Como era a Bárbara no dia a dia e quais eram os seus sonhos?
Prestativa, carinhosa e solidária. Ela queria trabalhar como designer de moda, pois tinha muito senso estético e habilidades com pintura e desenho, além de gostar da área de moda.

‘SONHEI COM ELA E PEDI PERDÃO’
5 MINUTOS COM: BRUNO MELO, músico

Dividindo cela com outros 70 presos, o músico Bruno Kligierman Melo, que confessou ter matado a namorada Bárbara Calazans enforcada, recebeu ontem, pela primeira vez, a visita do pai, o produtor cultural Luiz Fernando Prôa. Emocionados, eles se abraçaram e choraram juntos. O encontro foi acompanhado por O DIA, que conversou com Bruno sobre a tragédia.

1. Por que você matou Bárbara?
Não me lembro como isso aconteceu. Não tinha motivos para fazer isso. Ela era um anjo. Foi a única mulher que lutou para me tirar das drogas, por isso que estou sofrendo tanto.

2. Ela brigava com você para que largasse as drogas?
Ela era incapaz de brigar com alguém. Nunca a vi sequer levantar a voz. Ela só me pedia que parasse e me olhava com reprovação. O que às vezes me irritava muito mais.

3. O que aconteceu naquele sábado?
Me lembro que Bárbara chegou à minha casa às 8h para irmos fazer um teste de figuração. Tinha acabado de chegar da noitada. Tinha bebido cerveja, caipirinha e vinho desde as 20h de sexta-feira. Estava fumando crack. Ela mandou eu parar e eu disse que não. Depois só me lembro de ter acordado e vê-la deitada no chão. Quando a chamei, vi que estava morta. O susto foi tão grande que queria me matar. Não sei como vou conviver com o peso de tê-la matado. Esta noite mesmo sonhei com ela e pedi perdão.

4. Se você encontrasse com a mãe dela hoje, o que diria?
Não teria coragem de encará-la. Ela sempre me tratou como um filho. Às vezes passava a noite toda conversando com ela. Isso não teria acontecido se não fosse a droga. Mas sei que é difícil para quem não é viciado acreditar no que estou falando.

Reportagem de Mahomed Saigg, Celso Brito e Bartolomeu Brito
Colaboraram Amanda Pinheiro, Celso Oliveira, Leslie Leitão e Maria Luisa Barros

sábado, 24 de outubro de 2009

MINHA ALMA ANSEIA POR ISSO Ó SENHOR!!!!


Sangue e Fogo: A História do Avivamento Morávio-I
John Walker

PREFÁCIO


Este artigo sobre o avivamento morávio foi preparado e traduzido a partir de vários artigos de uma revista americana denominada "Herald of His Coming" (O Arauto da Sua Vinda). Deus tem prometido na Sua Palavra um derramamento do Seu Espírito nos últimos dias, e a preparação de uma igreja gloriosa para a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo. Ultimamente, Deus tem prometido através dos Seus profetas um avivamento para a terra do Brasil, e está convocando o Seu povo à oração intensiva para esse fim. Que esses relatos de avivamentos passados em outros países possam transmitir aos intercessores nas igrejas brasileiras uma visão mais clara e um peso mais profundo daquilo que Deus tem prometido realizar na nossa terra hoje, em resposta à oração perseverante.

John Walker

ORAÇÃO TRAZ AVIVAMENTO


Se você ler a história de qualquer grande, obra do Espírito Santo encontrará ai uma história de oração. Oração, no Espírito, foi o segredo de todos os grandes avivamentos no passado -- e será o segredo de todo o poder de avivamento que vier sobre nós nestes dias.

Aproximadamente há 250 anos um grupo de discípulos rixentos, contenciosos, discutidores e opiniosos, seguidores de Huss, Lutero, Calvino e outros reformadores, fugindo das perseguições mortíferas daquela época, achou asilo em Herrnhut, no patrimônio de um fidalgo abastado, o Conde Zinzendorf, situado na Alemanha Oriental. Este grupo tornar-se-ia conhecido como os "morávios" em consequência do fato de uma parte deles ter saído da província de Morávia, na Checoslováquia.

Embora fossem protegidos ali do mundo exterior, quem haveria de protegê-los das suas próprias paixões religiosas que ameaçavam destruí-los? Como poderiam se unir em fé e amor esses cristãos contenciosos que acabavam de achar um esconderijo no patrimônio do Conde Zinzendorf? Aparentemente era uma tarefa completamente impossível.

Contudo, oraram: No dia 5 de agosto de 1727, alguns desses irmãos passaram a noite toda em oração. A oração os levou a elaborar uma Aliança Fraternal a fim de "procurar e enfatizar os pontos em que concordassem" e não salientar as suas diferenças.

O amor fraternal e a unidade em Cristo seriam as correntes douradas que os ligariam uns aos outros. Todos os membros da comunidade apertaram as mãos uns dos outros e se comprometeram a obedecer os estatutos da Aliança. Aquele dia foi o princípio de uma nova vida para eles.

No diário deles está escrito:

Neste dia o Conde fez uma aliança com o Senhor. Os irmãos prometeram, um por um, que seriam verdadeiros seguidores do Salvador. Vontade própria, amor próprio, desobediência -- eles se despediram de tudo isso. Procurariam ser pobres de espírito; ninguém deveria buscar seu próprio interesse; cada um se entregaria para ser ensinado pelo Espírito Santo. Pela operação poderosa da graça de Deus, todos foram não somente convencidos, mas arrastados e dominados.

Depois de adotarem os estatutos e todos terem se comprometido à uma vida de obediência e amor, o Espírito de comunhão e oração foi grandemente fortalecido. Desentendimentos, preconceitos, alienações secretas, eram confessados e postos de lado. A oração muitas vezes tinha tanto poder que aqueles que haviam apenas confessado sua disposição ou aderido da boca para fora eram convencidos do pecado e compelidos interiormente a mudar de vida ou a irem embora.

No domingo, 13 de agosto de 1727, mais ou menos ao meio-dia, numa reunião onde se celebrava a ceia do Senhor, o poder e a bênção de Deus vieram de forma tão poderosa sobre o grupo inteiro que tanto o pastor como o povo caíram juntos no pó diante de Deus e "nesse estado de mente continuaram até a meia-noite, tomados em oração e cântico, choro e súplicas".

O Senhor Jesus lhes apareceu como Cordeiro... levado ao matadouro; traspassado pelas suas transgressões e moído pelas suas iniqüidades (Is 53:7,5). Na presença divina do seu ensangüentado e expirante Senhor, eles se sentiam inundados na consciência do seu pecado e da graça do Senhor ainda mais abundante. Suas controvérsias e rixas foram silenciadas; suas paixões e orgulho foram crucificados -- enquanto fitavam atentamente as agonias do seu "Deus expirante".

A oração os uniu. A oração trouxe-lhes um novo derramamento do Espírito Santo; agora veremos como estas bênçãos, por sua vez, levavam-nos a uma vida mais profunda de oração:

Depois daquele dia destacado de bênção, o dia 13 de agosto de 1727, em que o Espírito de graça e súplicas havia sido derramado sobre a congregaçao em Herrnhut, surgiu o pensamento em alguns irmãos e irmãs de que seria bom separar horas determinadas para o propósito de oração, tempos em que todos pudessem ser relembrados do seu grande valor e incitados pelas promessas que acompanham a oração fervorosa a derramar os seus corações diante do Senhor.

Além disso, consideraram importante que, assim como nos dias da Velha Aliança nunca se permitiu que o fogo sagrado se apagasse no altar (Lv 6:12, 13), da mesma forma numa congregação que é o templo do Deus vivo, na qual Ele tem Seu altar e Seu fogo, a intercessão dos Seus santos deverá subir incessantemente a Ele como um incenso santo (1 Co 3:16; 1 Ts 5:17; Sl 141:2; Lc 18:7; Ap 8:3,4).

No dia 26 de agosto, vinte e quatro irmãos e o mesmo número de irmãs se reuniram e fizeram entre si uma aliança de continuar em oração a partir da meia-noite até na outra meia-noite, para isto repartindo as vinte e quatro horas do dia por sorte entre eles.

No dia 27 de agosto, este novo regulamento entrou em vigor. Outros foram acrescentados a esse número de intercessores, passando a contar com 77 pessoas, e até mesmo as crianças iniciaram um plano semelhante a esse entre elas. Os intercessores tinham uma reunião semanal na qual se lhes fazia uma lista daquelas coisas que deveriam considerar como assuntos especiais para a oração e para levar constantemente diante do Senhor.

As crianças todas sentiam um impulso sobremodo forte para a oração, e era impossível ouvir suas súplicas infantis sem ser profundamente comovido e tocado: Uma testemunha ocular diz:

Não posso explicar a causa do grande despertamento das crianças em Herrnhut de outra maneira que não seja um maravilhoso derramamento do Espírito de Deus sobre a congregação reunida naquela ocasião. O sopro do Espírito atingia naquele tempo jovens e velhos igualmente.

INCENTIVO PARA EVANGELIZAÇÃO


Os quatro anos seguintes foram tempos de avivamento constante: A vigilância cuidadosa mantida pelos presbíteros e superintendentes, o tratamento fiel de almas individuais de acordo com suas necessidades pessoais, a manutenção zelosa do Espírito de amor fraternal, a contínua vigilância em oração, fizeram das reuniões dos irmãos tempos de grande alegria e benção. Eram tempos de preparação para a obra de evangelização mundial que estava para iniciar.

O bispo Hasse escreveu o seguinte:

Houve já em toda a história da igreja alguma reunião de oração tão extraordinária como esta que, começando em 1727, continuou vinte e quatro horas por dia, durante cem anos?

Oração deste calibre leva à ação. Neste caso, acendeu um desejo ardente de tornar a salvação de Cristo conhecida aos pagãos. Produziu o início do movimento missionário atual. Daquela pequena comunidade rural mais de cem missionários foram enviados num período de vinte e cinco anos.

Este era o fruto de oração e união de coração sem precedentes. Não era de se admirar os resultados espirituais sem precedentes também que sucederam. Daquela pequena aldeia de cristãos morávios saíram missionários a todo canto do mundo, levando consigo o fogo do Espírito.

Qual era seu incentivo para o trabalho missionário no exterior? Embora sempre reconhecessem a autoridade suprema da Grande Comissão (Mt 28:19), os irmãos morávios sempre enfatizaram como seu maior incentivo a verdade inspiradora encontrada em Isaías 53:3-12; fazendo assim do sofrimento do Senhor o impulso e fonte de toda a sua atividade. Desta profecia tiraram seu "brado da guerra'' missionário: “Conquistar para o Cordeiro que foi morto a recompensa dos Seus sofrimentos."

Eles sentiam que deviam compensar o Senhor de alguma maneira pelos terríveis sofrimentos que suportou quando efetuou a salvação deles. A única maneira de retribuí-Lo é trazer-lhe almas. Qurando trazemos-Lhe as almas perdidas, é a recompensa ou fruto do penoso trabalho da sua alma (Is 3:11). (...)



pelos vínculos do calvário

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

SENSACIONAL!!!!!!!

DO MUNDO VIRTUAL AO ESPIRITUAL

Frei Betto

Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: “Qual dos dois modelos produz felicidade?” Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: “Não foi à aula?” Ela respondeu: “Não, tenho aula à tarde”. Comemorei: “Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde”. “Não”, retrucou ela, “tenho tanta coisa de manhã...” “Que tanta coisa?”, perguntei. “Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina”, e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: “Que pena, a Daniela não disse”: “Tenho aula de meditação!”

Estamos construindo super-homens e super-mulheres totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a Inteligência Emocional. Não adianta ser um super-executivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação! Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: “Como estava o defunto?”. “Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!” Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa? Antes, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade.

Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais. A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções -, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é “entretenimento”; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela.

Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: “Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!” O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose. Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas... Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista.

Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald's. Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: “Estou apenas fazendo um passeio socrático.” Diante de seus olhares espantados, explico: “Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia”:
“Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.”

Autor: Frei Betto - escritor


Pelos Vínculos do Calvário