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terça-feira, 31 de maio de 2011

SER DISCIPULO - PARTE II

COMO DEVEMOS ANDAR COM ELE...
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Se eu pretendo ser aprendiz de alguém, há uma condição absolutamente essencial. Procuro estar constantemente com essa pessoa. Isso vale para toda e qualquer relação aluno-professor. E é precisamente o que significava seguir Jesus quando Ele vivia na terra. Segui-lo significava em primeiro lugar estar com Ele.
Se sou DISCÍPULO DE JESUS, significa que estou com Ele para aprender com Ele a ser como Ele. Tomando exemplo da vida comum, a criança que aprende a multiplicar e a dividir números é um aprendiz de seu professor. As crianças ficam juntos de seus
professores, aprendendo com eles a ser como eles em todos os aspectos - e isso vale também para um aluno de piano ou canto, de espanhol, de tênis, etc...Esse "estar com Ele", observando e  o ouvindo, é DEFINITIVAMENTE IMPRESCINDÍVEL
E nos é dada a oportunidade de estar com Jesus, como duas pessoas, no nosso dia a dia .Porém é necessário também que tenhamos um entendimento prático - não metafísico nem mesmo teológico - dessa disposição afim de levamos a bom termo a nossa parte da relação de aprendizado..Jesus coerentemente demonstrou grande zêlo por instruir seus alunos direto - tanto antes da sua morte como  no intervalo  entre a ressurreição e a ascensão - acerca do modo de sua presença com Ele(e conosco) durante o longo período a frente. Antes de deixá-los Ele fez questão que os discípulos compreendessem muito exata e claramente como se daria essa presença.
Em joão 14 Jesus deixa bem claro que logo seria tirado do meio deles naquela forma humana que os discípulos o conheceram , depois explica, Jesus, outro fortalecedor(consolador) - se revela ativo e intensivo na vida deles. A leitura de joão14:6, exprime de modo  excelente o significado pretendido: paracleto é alguém chamado a ficar do lado e ajudar. Esse outro fortalecedor(outro, isto é, além de Jesus visível, é o mesmo) estaria com Eles até o fim.
A ordem humana ou o mundo(kosmos) por outro lado não entende este espírito da verdade, como Jesus o define, pois não pode vê-lo, e portando não o conhece. A mente humana na sua forma hoje normal, geralmente,  não aceita como realidade aquilo que não pode ver. A natureza espiritual de Deus, reafirmada aqui por Jesus com referência a sua própria personalidade, esteve presente para o povo judeu desde os primórdios de sua história, mas era algo que nem mesmo eles chegaram a compreender perfeitamente .
A personalidade de Deus  é uma realidade física que todos precisam ver, quer queiram ou quer não. Ele, logicamente, pode se fazer presente para a mente humana da melhor maneira que lhe convier. Mas, por boas razões arraigadas fundamentalmente na natureza da pessoa e das relações pessoais - a sua maneira preferida é falar, comunicar-se, daí a absoluta centralidade da bíblia pra o nosso discipulado. E, essa dentre outra, é a razão pela qual se fazem tão dispensáveis longo período de solidão  e silêncio para o crescimento do espírito humano, pois esses dois elementos perfazem uma condição ideal para ouvir e falar com Deus.
Em  atos1 temos um relato fascinante dos quarentas dias que Jesus passou com seus discípulos entre a ressurreição e a ascenssão. Esse relato é absolutamente essencial para compreender  de que modo se da hoje a presença  dele real ao lado de seu povo. Indica claramente que durante esse período ele ora se comunicava com os diciípulos sem estar visivelmente presente, ora se comunicava com eles estando visivelmente presente.
Lemos: Ele foi levado as alturas, depois de haver dado mandamentos por intermédio do espirito santo aos apóstolos que escolhera.. A este também, depois de ter padecido,se apresentou vivo,  com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus(At.1:2-3).
O mestre toma toda providência necessária para garantir que os alunos  assimilem o modo como estará com eles a partir de então. Jesus diz o que lhes vai acontecer, e de fato acontece. Depois conversa com eles sobre o que aconteceu. Por fim as lições são repetidas. E assim por diante. Assim age Jesus na condição de mestre - professor. é absolutamente essencial que seus amigo  entendam, da melhor maneira possível, como Ele estará com eles e como eles devem agir para continuarem seus aprendizes e colaboradores no reino a partir do momento que não mais o virem de modo habitual. Pois trata-se de uma situação que vai perdurar durante todo o período  da existência da igreja, como uma família, ou seja , pelo menos até hoje.
Porém, a realidade concreta das inserções invisíveis de Jesus com os discípulos durante o período pré-ascensional não eliminou imediatamente  todas a dúvidas e mal-entendidos dos seus colaboradores. Indicando o próximo passo no desenvolvimento dos discípulos, Jesus lembra a eles a antiga promessa na imersão no espírito de Deus. Essa promessa foi renovada na mensagem de João Batista, e foi seguidamente enfatizada pelo próprio Jesus. Então, Ele manda que os discípulos  permaneçam em Jerusalém, pois daí a poucos dias serão imersos no Espírito Santo(At.14-5).
É realmente inimaginável que os discípulos tenham esperado, como Jesus lhes ordenara, sem a vivencia da realidade do espírito que Ele lhes havia apresentado com tanto cuidado  após a ressurreição. E mesmo assim eles ainda perguntavam a Jesus se não estavam prestes a restaurar o reino a Israel, ou seja, a realidade visível de uma entidade política. Essa era ainda a unica forma que conseguiam conceber a prometida imersão, ou batismo, que Jesus afirmava estar próxima. Ma a promessa era de um poder independente de um reino visível. Era um poder sem  posição visível. Imersos nesse poder, seu povo existiria e testemunharia, começando por Jerusalém e alcançando os confins da terra, desde aquela época até hoje.
Assim, fortalecidos  pelo ensinamento e pela experiência, eles de fato espereraram- embora não compreendessem totalmente. E foram imersos. E compreenderam bem o bastante para conseguir exprimir o que aconteceu naquele momento. Compreenderam e explicaram as manifestações de pentecostes em termos das promessas de Deus a Israel, da sua experiência com Jesus e daquilo que deveriam fazer então e sempre(At.2:14-40).
A imersão chegou para eles como um forte estrondo do mesmo céu do qual apenas dez dias antes eles tinha visto Jesus desaparecer. Pedro então se ergueu no centro do mundo judaico e reinterpretou a vocação que Deus conferira nos primórdios do povo judeu, de ser luz e bênção para todas as nações. Para vós outros, disse Ele é a promessa, para vossos filhos , e para todos os que ainda estão longe, isto é, para todos quanto o Senhor nosso Deus ainda chamar no dia de hoje.


pelos vínculos do calvário
ricardo brunet

1 comentários:

Excelente texto!
Parabéns pelo blog e o conteúdo de qualidade!

P.S. Coloque os ícones de compartilhamento,ok?!

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