terça-feira, 26 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Judas o Iscariote
Posted by Unknown on 21:37. - 1 comment
Judas Iscariotes e São Pedro Judas não se tornou Apóstolo por vontade própria, mas pela Vontade de Cristo: "Não fui Eu que vos escolhi a vós doze? No entanto, um de vós é um demônio" (Jo 6, 70).
Revista Catolicismo
A prisão de Cristo — Duccio di Buoninsegna (1308-11), Museu da Obra, Catedral de Siena (Itália)
Caiu-me recentemente nas mãos um opúsculo intitulado Judas Iscariotes1. O personagem é muito conhecido e dispensa apresentações. A Semana Santa é a ocasião ideal para meditar sobre sua infame traição.
Pode ser que o leitor já se tenha deparado com algum Judas pelo caminho, ainda que revestido de outro nome. O caráter do traidor, porém, é sempre o mesmo, e a descrição desse caráter é que torna atraente o opúsculo que li e que desejo pôr em comum com o leitor. O contraste com o Iscariotes põe em realce também o modo de agir infinitamente santo de Nosso Senhor Jesus Cristo, contendo mistérios insondáveis para nós, criaturas de inteligência limitada. Feitas essas rápidas considerações, passo diretamente às citações2.
***
A fé e o afeto de Judas por Cristo eram, no começo, nobres e dignos. Também Judas se sentiu, então, entusiasmado por Cristo. Muitos doentes e possessos foram curados por ele, e muitas aldeias da Galiléia e da Judéia receberam dele as primeiras noções sobre Jesus.
É possível até que o Mestre tenha colocado Judas acima de alguns dos Doze, pois, segundo o testemunho do Evangelho, confiou-lhe o importante cargo de administrador da bolsa comum (cfr. Jo 12, 6). É provável que, por essa razão, alguns dentre os Apóstolos se sentissem preteridos.
Se não era mau por ocasião da sua vocação, deve ter-se tornado mau — quem seria capaz de crê-lo! — na companhia de Jesus. E é isto o que mais nos assombra: que um homem tenha podido fazer-se um demônio junto do próprio Cristo! No momento em que decide trair Cristo e no momento em que leva a cabo a traição, em ambas as vezes os Evangelhos dizem que Satanás entrou nele (cfr. Lc 22, 3 e Jo 13, 27). Quem abandona as alturas, como o Iscariote, cai pelo seu próprio peso nos mais profundos abismos.
Santa Maria Madalena — Autor anônimo, séc. XVIII, Mosteiro de Santa Clara, Quito (Equador)
Judas, o egocêntrico
O poder das trevas aliou-se, portanto, a Judas e serviu-se desse infeliz para levar a cabo um objetivo que excede em vileza toda a miséria humana; porque há pecados que não podem ser cometidos a não ser sob o influxo do inferno.
Como explicar essa inaudita transformação? Ninguém se torna amigo fiel ou traidor de Cristo de uma hora para a outra. Judas perdeu-se por se ter encerrado obstinadamente no seu próprio eu. Nada estava acima dos seus próprios pensamentos egoístas, e semelhante atitude era já uma traição ao Senhor, muito antes de se concretizar naquela venda infame.
O Senhor [vendo que muitos se afastavam dEle, após ter anunciado a Eucaristia] quis também colocar os Doze perante o dilema: Quereis vós também retirar-vos? Pedro exclamou, respondendo com comovida confiança: Senhor, a quem iríamos? Só Tu tens palavras de vida eterna. Judas, pelo contrário, remoeu-se no seu íntimo, sem no entanto se atrever a recriminar Jesus por ter renunciado ao reino [temporal] e destruído com essas palavras todos os sonhos de poder e de glória que o Apóstolo havia forjado para si mesmo. Judas ficou desiludido.
Essa permanência mal-intencionada [junto a Jesus] foi o começo da sua traição. Durante todo um ano, equilibrou-se nessa atitude perigosa e cada vez mais instável, compreendendo com clareza crescente que o Senhor não corresponderia às suas ambições terrenas.
A Última Ceia — Frans Pourbus IIJudas, o ressentido
Com um ressentimento cada vez mais infeccionado contra o Senhor, foi dando voltas ao seu plano diabólico, até colocar-se a si mesmo numa posição de ilicitude, e ao Mestre num plano de ilegalidade e de culpa.
O Mestre era bom; mais ainda, mostrava-lhe um grande afeto. Era impossível que não tivesse notado a terrível perturbação de que o seu Apóstolo padecia havia cerca de um ano, mas continuava a tratá-lo da mesma maneira: o seu olhar procurava-o amorosamente, como sempre, e, quando lhe pronunciava o nome, a sua voz continuava cálida e amável. Não quisera trazer a público as fraudes perpetradas por ele contra a bolsa comum. Quando Tiago e João tinham querido falar disso com o Mestre, Cristo fizera-os calar e não quisera revogar a confiança que depositava no ladrão.
[Quando Judas criticou Madalena, por estar ungindo os pés de Jesus com um bálsamo precioso] o Senhor replicara: Por que vos escandalizais desta mulher? Ela fez uma boa obra comigo (Mc 14, 7). Judas não pôde resistir a essa repreensão em público e, diabolicamente ferido, aproveitou o pretexto desse "esbanjamento reprovável" para enfim levar a cabo o que por tanto tempo deixara amadurecer no seu íntimo.
A Traição de Judas — Duccio di Buoninsegna (1308-11), Museu da Obra, Catedral de Siena (Itália)
Judas, o insolente
Os príncipes dos sacerdotes, tomados de assombro, satisfação e júbilo, não regatearam quando um dos Doze — um dos Doze! — se apresentou diante deles com a proposta por que tanto tinham esperado. Trinta siclos de prata! Judas não tinha outra coisa a fazer senão indicar aos inimigos de Jesus o tempo e o lugar em que o Mestre se encontraria sozinho e isolado da multidão. Vendeu o Mestre muito abaixo do preço de um escravo!
[Na Santa Ceia, Nosso Senhor anuncia a traição. São João pergunta: Quem é? Jesus responde: É aquele a quem eu der o bocado que vou molhar. E, molhando o bocado, tomou-o e deu-o a Judas Iscariotes (cfr. Jo 13, 21-30)].
Como são admiráveis as disposições do Senhor! Aquele pedaço de pão oferecido a um comensal era tão comum nos banquetes, que não podia chamar a atenção; pelo contrário, era uma manifestação de afeto para com um amigo. Cristo não atraiçoa nem mesmo aquele que o atraiçoa. Não lança contra ele nenhuma imprecação, como as que tinha proferido dois dias antes no Templo contra os seus inimigos, nem o entrega ao furor dos outros Apóstolos, seus companheiros.
A insolência de Judas [vai ao ponto de perguntar] Porventura sou eu, Rabi? (Mt 26, 25). Cristo olhou-o como só Deus pode olhar, e respondeu-lhe serenamente: Tu o disseste. Todo esse diálogo entre Jesus, João e Judas passou despercebido dos convivas, ou pelo menos não foi compreendido por eles.
Judas, o apóstata traidor
Desiludido com Jesus, afagado pelos inimigos deste, ferido por uma repreensão e por fim desmascarado, Judas foi-se afundando cada vez mais no abismo, até tornar quase impossível o arrependimento.
O pecado do traidor chegou ao auge quando Judas atravessou a noite amena e alegre da Páscoa, docemente iluminada pela lua cheia, à frente de uma grande multidão, armada de espadas e varapaus (Mt 26, 47). Lucas observa que Judas os precedia (Lc 22, 47): a um apóstolo convertido em apóstata, tudo lhe parece pouco para demonstrar o seu novo ardor.
Logo que chegou, aproximando-se dEle, saudou-o dizendo-lhe: "Mestre!" E beijou-o (Mc 14, 44 e ss.; Mt 26, 48 e ss.). Nele, Cristo experimentou toda a vileza de que é capaz a alma humana; no fundo daquelas trevas [da alma de Judas], vê rompido o selo que trazia o Nome do Senhor, porque nenhum apóstata é capaz de desarraigar completamente esse Nome que, desde o momento do seu Batismo, traz gravado na alma para sempre.
Aproximou o seu rosto do traidor, do infame, e trocou com ele o beijo da paz. Após uns instantes de silêncio, disse-lhe: Amigo, a que vieste? E depois, como se reprimisse um soluço: Judas, com um beijo entregas o Filho do homem? (Mt 26, 50; Lc 22, 48).
[Já profetizara o Salmista:] Se a ofensa viesse de um inimigo, Eu a teria suportado; se a agressão partisse de quem me odeia, dele me teria escondido. Mas tu, meu companheiro, meu amigo íntimo, que te sentavas à minha mesa e comias comigo doces manjares! (Sl 54, 13-15). Mas tu...!
Mas ai daquele por quem o Filho do Homem será entregue! Melhor lhe fora a esse homem não ter nascido (Mc 14, 21).
1.Otto Hophan, Die Apostel Judas Ischarioth, tradução de Roberto Vidal da Silva Martins, Editora Quadrante, São Paulo, 1996, 56 páginas. O opúsculo em português contém também uma interessante comparação entre Judas e São Pedro, que comentaremos num próximo artigo.
2.Dispensamos as aspas de praxe, pois todos os textos a seguir são do autor do opúsculo.
Judas e São Pedro
A Última Ceia — Perea Master
Em artigo anterior reproduzimos trechos de um atraente estudo1 sobre o caráter do traidor Judas Iscariotes. O mesmo opúsculo em português traz também, como apêndice, uma elucidativa comparação entre o pecado de Judas e o de São Pedro2, que nos pareceu interessante levar ao conhecimento do leitor, através dos trechos que abaixo reproduzimos.
***
A queda de Judas representa para nós uma advertência. Causa vertigem pensar que um homem bom, escolhido e preparado por Deus para realizar uma grande missão, um homem que conviveu intimamente com o próprio Jesus, e que tinha todas as condições para ser fiel até o fim e muito santo, tenha caído tão fundo.
Essa advertência torna-se ainda mais forte, se nos lembrarmos de que não foi só Judas que traiu. Os outros Apóstolos também traíram o Senhor, embora de outro modo, e até o próprio Pedro, o Príncipe dos Apóstolos, traiu Cristo. Ele que tinha a missão de ser a rocha incomovível sobre a qual se deveria edificar a Igreja ao longo dos séculos, negou covardemente o Senhor.
Judas e Pedro. Duas histórias que nos colocam diante do mistério do mal, dos abismos de maldade que existem no coração de todo ser humano.
A traição de Judas
No início, Judas seguia Jesus com retidão. Havia na sua alma, como na dos outros Apóstolos, ambições humanas alheias à missão de Cristo e interesses pessoais mesquinhos, mas estavam num segundo plano; o que importava acima de tudo era colaborar com o Senhor.
No entanto, com o passar do tempo, essa situação foi-se invertendo: as ambições pessoais de Judas, não devidamente subjugadas à medida que ‘erguiam a cabeça', foram pouco a pouco ganhando terreno até que, em dado momento, o Apóstolo percebeu com nitidez que a proposta de Jesus não se coadunava em absoluto com elas. Então, em lugar de retificá-las, preferiu mantê-las e colocá-las em primeiro lugar na sua vida.
A partir daí foi-se desenvolvendo em sua alma um processo de infecção generalizada pelo câncer de um tremendo egoísmo. Seu coração foi-se endurecendo e distanciando aceleradamente de Cristo. A sua consciência foi-se embotando. Perdida a confiança em Jesus, passou a olhá-lo com olhos cada vez mais críticos, até chegar, após sucessivas decepções, a odiar Aquele a quem tanto admirara. Finalmente veio a traição vil.
Durante todo o tempo em que a alma de Judas se ia enchendo de trevas, Jesus não deixou de estimá-lo muito e de tentar ajudá-lo. Deu-lhe muitas oportunidades de arrepender-se do seu egoísmo.
Comenta São Tomás Morus que o Senhor "não o arrojou da sua companhia. Não lhe tirou a dignidade que tinha como Apóstolo. Nem lhe tirou a bolsa, e isso apesar de ser ladrão. Admitiu-o na última Ceia com os demais Apóstolos. Não hesitou em ajoelhar-se e lavar com as suas inocentes e sacrossantas Mãos os pés sujos do traidor, símbolo da sujidade de sua mente [...] Finalmente, no instante supremo da traição, recebeu e retribuiu o beijo de Judas com serenidade e com mansidão"3.
A negação de São Pedro — Duccio de Buonisegna (1308-11), Museu da Obra, Catedral de Siena (Itália)
A negação de São Pedro
Pedro, pelo contrário, nunca perdeu essa retidão interior. Começou a seguir Jesus num arranque abnegado de generosidade. No entanto, a sua natureza generosa e ardente era frágil, e Pedro, apesar de tantas advertências carinhosas mas claras de Cristo, preferiu ignorá-las presunçosamente. E foi essa presunção que o perdeu. O seu itinerário até a queda correu pela linha das atitudes de autosuficiência, das ‘desafinações' em relação ao espírito do Mestre, que a longo prazo apontavam para a infidelidade em situações extremas. E assim chegou à sua tríplice negação.
Pedro, tal como Judas, tinha uma visão demasiado humana da sua missão e do próprio Cristo. Não atribuía a devida importância à oração. Sem deixar de ser reto, chegou, por presunção, a tornar-se extremamente vulnerável.
As negações de Pedro chamam mais a atenção que a traição de Judas, porque, no caso deste último, é evidente que houve um lento processo de deterioração que preparou a queda ruinosa, ao passo que, no caso do primeiro, aparentemente, o tropeço chegou de repente.
Mas a verdade é que também no caso de Pedro houve um tempo de maturação da queda, um período suficientemente longo em que ele teria podido notar a aproximação do perigo e tomar as providências necessárias para afastá-lo.
Pedro poderia ter notado que, à medida que se aproximava o momento da morte de Cristo na Cruz, a perspectiva dessa morte, que Jesus já afirmara repetidas vezes ser absolutamente necessária, o vinha deixando cada vez mais perplexo e tristonho. Poderia ter notado que ia crescendo no seu coração a relutância em aceitá-la. Poderia ter reparado que essa relutância estava tornando difícil a sintonia com o Mestre, o diálogo profundo com Ele. Que desse modo se iam entorpecendo no seu coração os desejos de um seguimento incondicional de Cristo, abalando-se assim as bases da sua lealdade.
Poderia ter dado ouvidos ao Senhor quando Jesus o advertiu do perigo de sua defecção. Poderia, em suma, ter percebido que se estava afastando de Cristo, que o estava seguindo `de longe', tornando-se portanto cada vez mais fraco. Não o fez por presunção — confiava demais em si mesmo — e, por isso, chegado o momento da prova, encontrou-se sozinho e desamparado, sem a ajuda de Cristo e da sua Santíssima Mãe, com a qual poderia contar se tivesse crescido em humildade.
Arrependimento de São Pedro — Andres Sanchez Gallque (séc. XVI), Museu de Arte Colonial, Quito (Equador)
São Pedro, Judas e nós
Estamos, portanto, diante de duas modalidades de queda, ambas inquietantes.
A história de Judas adverte-nos para o perigo da falta de pureza de intenção que nasce do egoísmo. É muito comum que os nossos ideais mais elevados estejam misturados com intenções egoístas de avareza, vaidade etc.
Aconteceu com a maioria dos Apóstolos, que, embora quisessem honestamente colaborar com a instauração do Reino de Deus, tinham também pretensões menores de vaidade: quantas vezes não teve Jesus que corrigi-los por estarem discutindo sobre qual deles seria o maior, sobre postos de honra, sobre quem se sentaria à sua direita ou à sua esquerda!
Aconteceu também com Judas. Só que, nos outros Apóstolos, essas pretensões e as suas inevitáveis conseqüências más não levaram à ruína final; em Judas, sim. Porque os outros souberam combatê-las à medida que se iam manifestando, e Judas não se preocupou comisso. Deixou-se dominar por elas e, como conseqüência, corrompeu-se.
O que é realmente perigoso é a cegueira de uma consciência deformada. Só ela pode fazer que alguém acorde um belo dia e descubra, com amarga surpresa, que perpetrou uma terrível traição, que agiu como um canalha, como Judas. Todos podemos trair.
***
Revista Catolicismo
A prisão de Cristo — Duccio di Buoninsegna (1308-11), Museu da Obra, Catedral de Siena (Itália)
Caiu-me recentemente nas mãos um opúsculo intitulado Judas Iscariotes1. O personagem é muito conhecido e dispensa apresentações. A Semana Santa é a ocasião ideal para meditar sobre sua infame traição.
Pode ser que o leitor já se tenha deparado com algum Judas pelo caminho, ainda que revestido de outro nome. O caráter do traidor, porém, é sempre o mesmo, e a descrição desse caráter é que torna atraente o opúsculo que li e que desejo pôr em comum com o leitor. O contraste com o Iscariotes põe em realce também o modo de agir infinitamente santo de Nosso Senhor Jesus Cristo, contendo mistérios insondáveis para nós, criaturas de inteligência limitada. Feitas essas rápidas considerações, passo diretamente às citações2.
***
A fé e o afeto de Judas por Cristo eram, no começo, nobres e dignos. Também Judas se sentiu, então, entusiasmado por Cristo. Muitos doentes e possessos foram curados por ele, e muitas aldeias da Galiléia e da Judéia receberam dele as primeiras noções sobre Jesus.
É possível até que o Mestre tenha colocado Judas acima de alguns dos Doze, pois, segundo o testemunho do Evangelho, confiou-lhe o importante cargo de administrador da bolsa comum (cfr. Jo 12, 6). É provável que, por essa razão, alguns dentre os Apóstolos se sentissem preteridos.
Se não era mau por ocasião da sua vocação, deve ter-se tornado mau — quem seria capaz de crê-lo! — na companhia de Jesus. E é isto o que mais nos assombra: que um homem tenha podido fazer-se um demônio junto do próprio Cristo! No momento em que decide trair Cristo e no momento em que leva a cabo a traição, em ambas as vezes os Evangelhos dizem que Satanás entrou nele (cfr. Lc 22, 3 e Jo 13, 27). Quem abandona as alturas, como o Iscariote, cai pelo seu próprio peso nos mais profundos abismos.
Santa Maria Madalena — Autor anônimo, séc. XVIII, Mosteiro de Santa Clara, Quito (Equador)
Judas, o egocêntrico
O poder das trevas aliou-se, portanto, a Judas e serviu-se desse infeliz para levar a cabo um objetivo que excede em vileza toda a miséria humana; porque há pecados que não podem ser cometidos a não ser sob o influxo do inferno.
Como explicar essa inaudita transformação? Ninguém se torna amigo fiel ou traidor de Cristo de uma hora para a outra. Judas perdeu-se por se ter encerrado obstinadamente no seu próprio eu. Nada estava acima dos seus próprios pensamentos egoístas, e semelhante atitude era já uma traição ao Senhor, muito antes de se concretizar naquela venda infame.
O Senhor [vendo que muitos se afastavam dEle, após ter anunciado a Eucaristia] quis também colocar os Doze perante o dilema: Quereis vós também retirar-vos? Pedro exclamou, respondendo com comovida confiança: Senhor, a quem iríamos? Só Tu tens palavras de vida eterna. Judas, pelo contrário, remoeu-se no seu íntimo, sem no entanto se atrever a recriminar Jesus por ter renunciado ao reino [temporal] e destruído com essas palavras todos os sonhos de poder e de glória que o Apóstolo havia forjado para si mesmo. Judas ficou desiludido.
Essa permanência mal-intencionada [junto a Jesus] foi o começo da sua traição. Durante todo um ano, equilibrou-se nessa atitude perigosa e cada vez mais instável, compreendendo com clareza crescente que o Senhor não corresponderia às suas ambições terrenas.
A Última Ceia — Frans Pourbus IIJudas, o ressentido
Com um ressentimento cada vez mais infeccionado contra o Senhor, foi dando voltas ao seu plano diabólico, até colocar-se a si mesmo numa posição de ilicitude, e ao Mestre num plano de ilegalidade e de culpa.
O Mestre era bom; mais ainda, mostrava-lhe um grande afeto. Era impossível que não tivesse notado a terrível perturbação de que o seu Apóstolo padecia havia cerca de um ano, mas continuava a tratá-lo da mesma maneira: o seu olhar procurava-o amorosamente, como sempre, e, quando lhe pronunciava o nome, a sua voz continuava cálida e amável. Não quisera trazer a público as fraudes perpetradas por ele contra a bolsa comum. Quando Tiago e João tinham querido falar disso com o Mestre, Cristo fizera-os calar e não quisera revogar a confiança que depositava no ladrão.
[Quando Judas criticou Madalena, por estar ungindo os pés de Jesus com um bálsamo precioso] o Senhor replicara: Por que vos escandalizais desta mulher? Ela fez uma boa obra comigo (Mc 14, 7). Judas não pôde resistir a essa repreensão em público e, diabolicamente ferido, aproveitou o pretexto desse "esbanjamento reprovável" para enfim levar a cabo o que por tanto tempo deixara amadurecer no seu íntimo.
A Traição de Judas — Duccio di Buoninsegna (1308-11), Museu da Obra, Catedral de Siena (Itália)
Judas, o insolente
Os príncipes dos sacerdotes, tomados de assombro, satisfação e júbilo, não regatearam quando um dos Doze — um dos Doze! — se apresentou diante deles com a proposta por que tanto tinham esperado. Trinta siclos de prata! Judas não tinha outra coisa a fazer senão indicar aos inimigos de Jesus o tempo e o lugar em que o Mestre se encontraria sozinho e isolado da multidão. Vendeu o Mestre muito abaixo do preço de um escravo!
[Na Santa Ceia, Nosso Senhor anuncia a traição. São João pergunta: Quem é? Jesus responde: É aquele a quem eu der o bocado que vou molhar. E, molhando o bocado, tomou-o e deu-o a Judas Iscariotes (cfr. Jo 13, 21-30)].
Como são admiráveis as disposições do Senhor! Aquele pedaço de pão oferecido a um comensal era tão comum nos banquetes, que não podia chamar a atenção; pelo contrário, era uma manifestação de afeto para com um amigo. Cristo não atraiçoa nem mesmo aquele que o atraiçoa. Não lança contra ele nenhuma imprecação, como as que tinha proferido dois dias antes no Templo contra os seus inimigos, nem o entrega ao furor dos outros Apóstolos, seus companheiros.
A insolência de Judas [vai ao ponto de perguntar] Porventura sou eu, Rabi? (Mt 26, 25). Cristo olhou-o como só Deus pode olhar, e respondeu-lhe serenamente: Tu o disseste. Todo esse diálogo entre Jesus, João e Judas passou despercebido dos convivas, ou pelo menos não foi compreendido por eles.
Judas, o apóstata traidor
Desiludido com Jesus, afagado pelos inimigos deste, ferido por uma repreensão e por fim desmascarado, Judas foi-se afundando cada vez mais no abismo, até tornar quase impossível o arrependimento.
O pecado do traidor chegou ao auge quando Judas atravessou a noite amena e alegre da Páscoa, docemente iluminada pela lua cheia, à frente de uma grande multidão, armada de espadas e varapaus (Mt 26, 47). Lucas observa que Judas os precedia (Lc 22, 47): a um apóstolo convertido em apóstata, tudo lhe parece pouco para demonstrar o seu novo ardor.
Logo que chegou, aproximando-se dEle, saudou-o dizendo-lhe: "Mestre!" E beijou-o (Mc 14, 44 e ss.; Mt 26, 48 e ss.). Nele, Cristo experimentou toda a vileza de que é capaz a alma humana; no fundo daquelas trevas [da alma de Judas], vê rompido o selo que trazia o Nome do Senhor, porque nenhum apóstata é capaz de desarraigar completamente esse Nome que, desde o momento do seu Batismo, traz gravado na alma para sempre.
Aproximou o seu rosto do traidor, do infame, e trocou com ele o beijo da paz. Após uns instantes de silêncio, disse-lhe: Amigo, a que vieste? E depois, como se reprimisse um soluço: Judas, com um beijo entregas o Filho do homem? (Mt 26, 50; Lc 22, 48).
[Já profetizara o Salmista:] Se a ofensa viesse de um inimigo, Eu a teria suportado; se a agressão partisse de quem me odeia, dele me teria escondido. Mas tu, meu companheiro, meu amigo íntimo, que te sentavas à minha mesa e comias comigo doces manjares! (Sl 54, 13-15). Mas tu...!
Mas ai daquele por quem o Filho do Homem será entregue! Melhor lhe fora a esse homem não ter nascido (Mc 14, 21).
1.Otto Hophan, Die Apostel Judas Ischarioth, tradução de Roberto Vidal da Silva Martins, Editora Quadrante, São Paulo, 1996, 56 páginas. O opúsculo em português contém também uma interessante comparação entre Judas e São Pedro, que comentaremos num próximo artigo.
2.Dispensamos as aspas de praxe, pois todos os textos a seguir são do autor do opúsculo.
Judas e São Pedro
A Última Ceia — Perea Master
Em artigo anterior reproduzimos trechos de um atraente estudo1 sobre o caráter do traidor Judas Iscariotes. O mesmo opúsculo em português traz também, como apêndice, uma elucidativa comparação entre o pecado de Judas e o de São Pedro2, que nos pareceu interessante levar ao conhecimento do leitor, através dos trechos que abaixo reproduzimos.
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A queda de Judas representa para nós uma advertência. Causa vertigem pensar que um homem bom, escolhido e preparado por Deus para realizar uma grande missão, um homem que conviveu intimamente com o próprio Jesus, e que tinha todas as condições para ser fiel até o fim e muito santo, tenha caído tão fundo.
Essa advertência torna-se ainda mais forte, se nos lembrarmos de que não foi só Judas que traiu. Os outros Apóstolos também traíram o Senhor, embora de outro modo, e até o próprio Pedro, o Príncipe dos Apóstolos, traiu Cristo. Ele que tinha a missão de ser a rocha incomovível sobre a qual se deveria edificar a Igreja ao longo dos séculos, negou covardemente o Senhor.
Judas e Pedro. Duas histórias que nos colocam diante do mistério do mal, dos abismos de maldade que existem no coração de todo ser humano.
A traição de Judas
No início, Judas seguia Jesus com retidão. Havia na sua alma, como na dos outros Apóstolos, ambições humanas alheias à missão de Cristo e interesses pessoais mesquinhos, mas estavam num segundo plano; o que importava acima de tudo era colaborar com o Senhor.
No entanto, com o passar do tempo, essa situação foi-se invertendo: as ambições pessoais de Judas, não devidamente subjugadas à medida que ‘erguiam a cabeça', foram pouco a pouco ganhando terreno até que, em dado momento, o Apóstolo percebeu com nitidez que a proposta de Jesus não se coadunava em absoluto com elas. Então, em lugar de retificá-las, preferiu mantê-las e colocá-las em primeiro lugar na sua vida.
A partir daí foi-se desenvolvendo em sua alma um processo de infecção generalizada pelo câncer de um tremendo egoísmo. Seu coração foi-se endurecendo e distanciando aceleradamente de Cristo. A sua consciência foi-se embotando. Perdida a confiança em Jesus, passou a olhá-lo com olhos cada vez mais críticos, até chegar, após sucessivas decepções, a odiar Aquele a quem tanto admirara. Finalmente veio a traição vil.
Durante todo o tempo em que a alma de Judas se ia enchendo de trevas, Jesus não deixou de estimá-lo muito e de tentar ajudá-lo. Deu-lhe muitas oportunidades de arrepender-se do seu egoísmo.
Comenta São Tomás Morus que o Senhor "não o arrojou da sua companhia. Não lhe tirou a dignidade que tinha como Apóstolo. Nem lhe tirou a bolsa, e isso apesar de ser ladrão. Admitiu-o na última Ceia com os demais Apóstolos. Não hesitou em ajoelhar-se e lavar com as suas inocentes e sacrossantas Mãos os pés sujos do traidor, símbolo da sujidade de sua mente [...] Finalmente, no instante supremo da traição, recebeu e retribuiu o beijo de Judas com serenidade e com mansidão"3.
A negação de São Pedro — Duccio de Buonisegna (1308-11), Museu da Obra, Catedral de Siena (Itália)
A negação de São Pedro
Pedro, pelo contrário, nunca perdeu essa retidão interior. Começou a seguir Jesus num arranque abnegado de generosidade. No entanto, a sua natureza generosa e ardente era frágil, e Pedro, apesar de tantas advertências carinhosas mas claras de Cristo, preferiu ignorá-las presunçosamente. E foi essa presunção que o perdeu. O seu itinerário até a queda correu pela linha das atitudes de autosuficiência, das ‘desafinações' em relação ao espírito do Mestre, que a longo prazo apontavam para a infidelidade em situações extremas. E assim chegou à sua tríplice negação.
Pedro, tal como Judas, tinha uma visão demasiado humana da sua missão e do próprio Cristo. Não atribuía a devida importância à oração. Sem deixar de ser reto, chegou, por presunção, a tornar-se extremamente vulnerável.
As negações de Pedro chamam mais a atenção que a traição de Judas, porque, no caso deste último, é evidente que houve um lento processo de deterioração que preparou a queda ruinosa, ao passo que, no caso do primeiro, aparentemente, o tropeço chegou de repente.
Mas a verdade é que também no caso de Pedro houve um tempo de maturação da queda, um período suficientemente longo em que ele teria podido notar a aproximação do perigo e tomar as providências necessárias para afastá-lo.
Pedro poderia ter notado que, à medida que se aproximava o momento da morte de Cristo na Cruz, a perspectiva dessa morte, que Jesus já afirmara repetidas vezes ser absolutamente necessária, o vinha deixando cada vez mais perplexo e tristonho. Poderia ter notado que ia crescendo no seu coração a relutância em aceitá-la. Poderia ter reparado que essa relutância estava tornando difícil a sintonia com o Mestre, o diálogo profundo com Ele. Que desse modo se iam entorpecendo no seu coração os desejos de um seguimento incondicional de Cristo, abalando-se assim as bases da sua lealdade.
Poderia ter dado ouvidos ao Senhor quando Jesus o advertiu do perigo de sua defecção. Poderia, em suma, ter percebido que se estava afastando de Cristo, que o estava seguindo `de longe', tornando-se portanto cada vez mais fraco. Não o fez por presunção — confiava demais em si mesmo — e, por isso, chegado o momento da prova, encontrou-se sozinho e desamparado, sem a ajuda de Cristo e da sua Santíssima Mãe, com a qual poderia contar se tivesse crescido em humildade.
Arrependimento de São Pedro — Andres Sanchez Gallque (séc. XVI), Museu de Arte Colonial, Quito (Equador)
São Pedro, Judas e nós
Estamos, portanto, diante de duas modalidades de queda, ambas inquietantes.
A história de Judas adverte-nos para o perigo da falta de pureza de intenção que nasce do egoísmo. É muito comum que os nossos ideais mais elevados estejam misturados com intenções egoístas de avareza, vaidade etc.
Aconteceu com a maioria dos Apóstolos, que, embora quisessem honestamente colaborar com a instauração do Reino de Deus, tinham também pretensões menores de vaidade: quantas vezes não teve Jesus que corrigi-los por estarem discutindo sobre qual deles seria o maior, sobre postos de honra, sobre quem se sentaria à sua direita ou à sua esquerda!
Aconteceu também com Judas. Só que, nos outros Apóstolos, essas pretensões e as suas inevitáveis conseqüências más não levaram à ruína final; em Judas, sim. Porque os outros souberam combatê-las à medida que se iam manifestando, e Judas não se preocupou comisso. Deixou-se dominar por elas e, como conseqüência, corrompeu-se.
O que é realmente perigoso é a cegueira de uma consciência deformada. Só ela pode fazer que alguém acorde um belo dia e descubra, com amarga surpresa, que perpetrou uma terrível traição, que agiu como um canalha, como Judas. Todos podemos trair.
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quinta-feira, 14 de maio de 2009
A ELE OUVI
Posted by Unknown on 19:49. - No comments
A TRANSFIGURAÇÃO
Aproximadamente oito dias depois de dizer essas coisas, Jesus tomou consigo a Pedro, João e Tiago e saiu a um monte para orar. Enquanto orava, a aparência de seu rosto se transformou, e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes como o brilho de um relâmpago. Apareceram dois homens que começaram a a conversar com Jesus. Eram Moisés e Elias. Apareceram em glorioso esplendor, e conversavam com Jesus sobre sua partida, que estava para cumprir-se em Jerusalém....Pedro disse a Jesus: Mestre, é bom estarmos aqui...façamos tres tendas..uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias...Uma nuvem apareceu e os envolveu...Dela saiu uma voz que dizia: ESTE É O MEU FILHO AMADO, EM QUE ME ALEGRO.....A ELE OUVI...
Bem, esse relato bíblico nos ensina uma lição muito simples e interessante, que pode ser de muita edificação e reflexão para todos nós...
Lá no monte se encontrava Moisés, Elias, Pedro, João, Tiago e Jesus..O Mestre se transfigurou, se revelou como Ele é verdadeiramente no espírito, em todo o Seu esplendor...apareceram então vivos, Moisés e Elias falando da eminente morte e ressurreição de Jesus.
Pedro, rapidamente, como sempre, tem uma ideia, talvez, muito de nós teríamos a mesma ou muitas outras também...Façamos uma tenda...façamos um movimento....façamos uma igreja.....façamos um método...façamos um modelo.....façamos um memorial...façamos uma reunião...façamos um culto...sei lá...quero fazer alguma coisa Jesus!!!!!
Pedro por ser judeu, logo desejou fazer algo para fortalecer a lei e os profetas do velho testamento..
Moisés simbolizava a Lei.....Elias simbolizava os profetas......O velho testamento.....e pedro, joão e tiago...o que simbolizavam? O novo testamento....A Graça.
Semelhantemente a Pedro, meio sonolento..debaixo de uma nuvem espessa, hoje muito de nós,..chamados de "igreja", estamos construindo muitas tendas...tendas da lei...outros tendas profética....outros ainda tendas da graça...outros tendas judaizantes.....tendas do velho testamento e tendas do novo testamento.....façamos tendas....façamos tendas....
Então uma voz diante de tanto falatório e e tentativas de construir tendas faz soar e um silêncio ecoa naquele monte!!! O que se ouve então??? Este(apontando para Jesus) é meu filho em quem eu tenho prazer...A ELE OUVI.....Gente, parem de bagunça...parem de falatório...parem de querer construir tendas...parem de se alegrar com aparições espirituais.....parem de misticismos....parem e ouçam essa voz...A ELE OUVI..
Disse Jesus: Eu sou o bom pastor e o bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas e as suas ovelhas OUVEM a voz do bom pastor e A SEGUEM....
Penso que precisamos entender que Jesus é VIVO ainda hoje, que FALA conosco ainda hoje, e fala mesmo, e fala de verdade, e faz soar Sua voz mesmo....Penso que não precisamos ficar ouvindo mais a lei, os profetas nem mesmo a graça, nem mesmo os judeus..nem o velho testamento, nem o novo testamento...precisamos parar para OUVÍ-LO...e quando pararamos para ouvi-lo o que vamos ouvir de sua boca?
"Um novo mandamento vos dou..que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.."
Não mais tendas para a lei...não mais tenda para os profetas...não mais tendas para a graça...não mais tendas para os protestantes...não mais tendas para os católicos...não mais tendas para os evangélicos...não mais tendas para os judeus...não mais tendas para os puritanos...não mais tendas para o reformistas....não mais tendas para os avivalistas....não mais tendas para os Calvinistas....não mais tendas para os Luteranos.....não mais tendas para os pastores...não mais tendas para os apóstolos.....não mais tendas para os de templos....não mais tendas para os de casas...não mais tendas para os reformadores...não mais tendas para os jejuadores.....não mais tendas para os oradores....não mais tenda........
VAMOS CONSTRUIR TENDAS para os que estão em trevas e em amor trazê-los para a Luz...tendas feitas de cordas de amor...singeleza de coração.....simplididade.....verdade.....perdão.....misericórida e compaixao...
Vamos construir tenda e ali em silêncio OUVIR NOSSO AMADO MESTRE O QUE ELE TEM A DIZER......o amor jamais acaba...
Amai-vos uns aos outros......
pelos vínculos do calvário
Aproximadamente oito dias depois de dizer essas coisas, Jesus tomou consigo a Pedro, João e Tiago e saiu a um monte para orar. Enquanto orava, a aparência de seu rosto se transformou, e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes como o brilho de um relâmpago. Apareceram dois homens que começaram a a conversar com Jesus. Eram Moisés e Elias. Apareceram em glorioso esplendor, e conversavam com Jesus sobre sua partida, que estava para cumprir-se em Jerusalém....Pedro disse a Jesus: Mestre, é bom estarmos aqui...façamos tres tendas..uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias...Uma nuvem apareceu e os envolveu...Dela saiu uma voz que dizia: ESTE É O MEU FILHO AMADO, EM QUE ME ALEGRO.....A ELE OUVI...
Bem, esse relato bíblico nos ensina uma lição muito simples e interessante, que pode ser de muita edificação e reflexão para todos nós...
Lá no monte se encontrava Moisés, Elias, Pedro, João, Tiago e Jesus..O Mestre se transfigurou, se revelou como Ele é verdadeiramente no espírito, em todo o Seu esplendor...apareceram então vivos, Moisés e Elias falando da eminente morte e ressurreição de Jesus.
Pedro, rapidamente, como sempre, tem uma ideia, talvez, muito de nós teríamos a mesma ou muitas outras também...Façamos uma tenda...façamos um movimento....façamos uma igreja.....façamos um método...façamos um modelo.....façamos um memorial...façamos uma reunião...façamos um culto...sei lá...quero fazer alguma coisa Jesus!!!!!
Pedro por ser judeu, logo desejou fazer algo para fortalecer a lei e os profetas do velho testamento..
Moisés simbolizava a Lei.....Elias simbolizava os profetas......O velho testamento.....e pedro, joão e tiago...o que simbolizavam? O novo testamento....A Graça.
Semelhantemente a Pedro, meio sonolento..debaixo de uma nuvem espessa, hoje muito de nós,..chamados de "igreja", estamos construindo muitas tendas...tendas da lei...outros tendas profética....outros ainda tendas da graça...outros tendas judaizantes.....tendas do velho testamento e tendas do novo testamento.....façamos tendas....façamos tendas....
Então uma voz diante de tanto falatório e e tentativas de construir tendas faz soar e um silêncio ecoa naquele monte!!! O que se ouve então??? Este(apontando para Jesus) é meu filho em quem eu tenho prazer...A ELE OUVI.....Gente, parem de bagunça...parem de falatório...parem de querer construir tendas...parem de se alegrar com aparições espirituais.....parem de misticismos....parem e ouçam essa voz...A ELE OUVI..
Disse Jesus: Eu sou o bom pastor e o bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas e as suas ovelhas OUVEM a voz do bom pastor e A SEGUEM....
Penso que precisamos entender que Jesus é VIVO ainda hoje, que FALA conosco ainda hoje, e fala mesmo, e fala de verdade, e faz soar Sua voz mesmo....Penso que não precisamos ficar ouvindo mais a lei, os profetas nem mesmo a graça, nem mesmo os judeus..nem o velho testamento, nem o novo testamento...precisamos parar para OUVÍ-LO...e quando pararamos para ouvi-lo o que vamos ouvir de sua boca?
"Um novo mandamento vos dou..que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.."
Não mais tendas para a lei...não mais tenda para os profetas...não mais tendas para a graça...não mais tendas para os protestantes...não mais tendas para os católicos...não mais tendas para os evangélicos...não mais tendas para os judeus...não mais tendas para os puritanos...não mais tendas para o reformistas....não mais tendas para os avivalistas....não mais tendas para os Calvinistas....não mais tendas para os Luteranos.....não mais tendas para os pastores...não mais tendas para os apóstolos.....não mais tendas para os de templos....não mais tendas para os de casas...não mais tendas para os reformadores...não mais tendas para os jejuadores.....não mais tendas para os oradores....não mais tenda........
VAMOS CONSTRUIR TENDAS para os que estão em trevas e em amor trazê-los para a Luz...tendas feitas de cordas de amor...singeleza de coração.....simplididade.....verdade.....perdão.....misericórida e compaixao...
Vamos construir tenda e ali em silêncio OUVIR NOSSO AMADO MESTRE O QUE ELE TEM A DIZER......o amor jamais acaba...
Amai-vos uns aos outros......
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domingo, 10 de maio de 2009
VISÃO ESPIRITUAL V
Posted by Unknown on 18:11. - No comments
VENDO AO SENHOR E VENDO A NÓS MESMOS
IICron.26:1-5; IICron.26:16-21; IICron.26:23; Isaías.6:1-10
Esta é uma história impresssionante e gira ao redor do assunto que temos trazido diante de nós desta vez que é: Visão Espiritual. "E u vi o Senhor, Meus olhos viram..."...e tudo gira ao redor disso.
O que resulta de todo incidente é que o rei Uzias era espiritual e moralmente uma representação de Israel e dos profetas de Israel, numa grande medida. Esse é o significado da dupla declaração de Isaías, o profeta:" Sou um homem de lábios impuros, e sou o vosso profeta, e habito no meio de um povo de impuros lábios". E isso,. como podemos ver claramente, relaciona-se com Uzias, pois você sabe que o leproso tinha que colocar o véu sobre o lábio superior e clamar por onde fosse: "Impuro". O significado das palavras "sou um homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios", é exatamente que todos somos leprosos.
De fato Isaías está dizendo:"O que era verdade acerca de Uzias, é verdade com relação a todos nós, profeta e povo. Vocês não reconhecem isso e eu também não reconhecia até que eu vi o Senhor. Todos ficamos terríveis e profundamente impressionados com o que aconteceu com Uzias.
Temos vivido uma atmosfera carregado com o horror daquela coisa, temos cochichado dizendo que coisa horrível foi aquela, que coisa má Uzias fez e que terrível que o nosso rei tenha tido tal resultado e um fim como aquele, que coisa horrível é a LEPRA!!! Temos dito coisas duras sobre Uzias e concebido muitos pensamentos, quão sério foi seu caso, mas eu cheguei a ver que estamos todos na mesma situação. Eu mesmo que tenho pregado a vocês( e não se esqueça de que cinco capítulos de profecia precederam este sexto capítulo de Isaías). Tenho chegado a ver que não sou melhor que Uzias. Vocês, com todos seus ritos e cerimônias, frequência ao templo, oferecimento dos sacrifícios, usando seus lábios na adoração, estão na mesma situação de Uzias; todos somos leprosos. Vocês podem não reconhecer isso , mas eu cheguei a ver. E como cheguei a ver?
Eu vi o Senhor! "Meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos." Eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono......É impressionante quando pensamos nisso.
O que vamos fazer com isso? Quem sabe faríamos bem em sair as escondidas e ficar quietos com isso por algum tempo; pense nisso.
Vamos esclarecer algo imediatamente: existe um pensamento popular que alguém concebeu e que muitos de nós aprendemos, que foi essa visão que fez de Isaías um profeta ou um pregador. Ouvimos isso e talvez tenhamos dito isso. Oh, não! Se o livro de Isaías é inspirado e governado por Deus, porque isso deveria acontecer muito depois de ele já ter profetizado tanto? Contemple os primeiros capítulos de profecia. Que coisas tremendas encontramos neles.
Não, não foi isso que fez dele um profeta, um pregador. Deus estava tratando com o homem não com o profeta. Deus estava tratando com um povo não com um ofício. Ele estava tratando com o que somos em seu próprio ponto de vista. De modo que não podemos simplesmente transferir isso para uma classe de pessoas chamada de profetas ou pregadores, como se alguns de nós não estivéssemos envolvidos por não sermos profetas ou pregadores. O Senhor está tratando com pessoas aqui e procurando deixar claro para elas como Ele as vê em si mesmas, mesmo que tenham estado pregando muito; ou o que elas são aos olhos dEle, em si mesmas. Mais cedo ou mais tarde essa realidade terá que vir sobre nós para proteger tudo e assegurar seu propósito.
O QUE DEUS ESTÁ BUSCANDO
O que Deus está buscando? Se você puder vê, se você tiver seus olhos abertos para ver o que Deus está buscando, então compreenderá seu método e porque Ele emprega esse método.
O capítulo 5 do livro de Isaias deixa claro o que Deus está buscando. Ele está em busca de pessoas que satisfaçam seu próprio coração. Elas são chamadas de remanescentes. Elas são assim por serem simplesmente um remanescente.
Esse remanescente é mencionado no capítulo 6 nestas palavras: " Mas se ainda ficar a décima parte dela, tornará a ser destruida. Como terebinto e como orvalho, dos quais, depois de derribados, ainda fica o toco, assim a santa semente é o seu toco(Is.6:13).
No tronco que foi cortado, Israel seria cortado pelas nações que Deus iria chamar para cortar Israel, usando-as como instrumento de juízo para cortar Israel, e isso eles iriam fazer. Mas o tronco permanecerá, e nele haverá uma décima parte, um remanescente, uma semente santa quando a árvore inteira tiver sido tratada.
Deus está buscando uma companhia dentre a companhia geral do seu povo que há de satisfazer Seu coração, e para assegurar esse remanescente Ele apodera-se de Isaías e trata com Ele nesse sentido e concede-lhe a visão.
Amado, para Deus alcançar Seu alvo, nós temos que ser completamente desiludi dos e ter nosso olhos abertos para ver claramente o que somos em nós mesmos aos olhos dEle. Que terrível revelação!!! Qualquer coisa em que haja suspeita ou indicação de auto-satisfação, ou auto-complascência, de termos alcançados ou de estarmos satisfeitos com nossa atual condição nos desqualificará para participarmos do remanescente ou de sermos de alguma forma instrumentos na realização do alvo e do propósito de Deus.
Continua na próxima postagem...
pelos vínculos do calvário
IICron.26:1-5; IICron.26:16-21; IICron.26:23; Isaías.6:1-10
Esta é uma história impresssionante e gira ao redor do assunto que temos trazido diante de nós desta vez que é: Visão Espiritual. "E u vi o Senhor, Meus olhos viram..."...e tudo gira ao redor disso.
O que resulta de todo incidente é que o rei Uzias era espiritual e moralmente uma representação de Israel e dos profetas de Israel, numa grande medida. Esse é o significado da dupla declaração de Isaías, o profeta:" Sou um homem de lábios impuros, e sou o vosso profeta, e habito no meio de um povo de impuros lábios". E isso,. como podemos ver claramente, relaciona-se com Uzias, pois você sabe que o leproso tinha que colocar o véu sobre o lábio superior e clamar por onde fosse: "Impuro". O significado das palavras "sou um homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios", é exatamente que todos somos leprosos.
De fato Isaías está dizendo:"O que era verdade acerca de Uzias, é verdade com relação a todos nós, profeta e povo. Vocês não reconhecem isso e eu também não reconhecia até que eu vi o Senhor. Todos ficamos terríveis e profundamente impressionados com o que aconteceu com Uzias.
Temos vivido uma atmosfera carregado com o horror daquela coisa, temos cochichado dizendo que coisa horrível foi aquela, que coisa má Uzias fez e que terrível que o nosso rei tenha tido tal resultado e um fim como aquele, que coisa horrível é a LEPRA!!! Temos dito coisas duras sobre Uzias e concebido muitos pensamentos, quão sério foi seu caso, mas eu cheguei a ver que estamos todos na mesma situação. Eu mesmo que tenho pregado a vocês( e não se esqueça de que cinco capítulos de profecia precederam este sexto capítulo de Isaías). Tenho chegado a ver que não sou melhor que Uzias. Vocês, com todos seus ritos e cerimônias, frequência ao templo, oferecimento dos sacrifícios, usando seus lábios na adoração, estão na mesma situação de Uzias; todos somos leprosos. Vocês podem não reconhecer isso , mas eu cheguei a ver. E como cheguei a ver?
Eu vi o Senhor! "Meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos." Eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono......É impressionante quando pensamos nisso.
O que vamos fazer com isso? Quem sabe faríamos bem em sair as escondidas e ficar quietos com isso por algum tempo; pense nisso.
Vamos esclarecer algo imediatamente: existe um pensamento popular que alguém concebeu e que muitos de nós aprendemos, que foi essa visão que fez de Isaías um profeta ou um pregador. Ouvimos isso e talvez tenhamos dito isso. Oh, não! Se o livro de Isaías é inspirado e governado por Deus, porque isso deveria acontecer muito depois de ele já ter profetizado tanto? Contemple os primeiros capítulos de profecia. Que coisas tremendas encontramos neles.
Não, não foi isso que fez dele um profeta, um pregador. Deus estava tratando com o homem não com o profeta. Deus estava tratando com um povo não com um ofício. Ele estava tratando com o que somos em seu próprio ponto de vista. De modo que não podemos simplesmente transferir isso para uma classe de pessoas chamada de profetas ou pregadores, como se alguns de nós não estivéssemos envolvidos por não sermos profetas ou pregadores. O Senhor está tratando com pessoas aqui e procurando deixar claro para elas como Ele as vê em si mesmas, mesmo que tenham estado pregando muito; ou o que elas são aos olhos dEle, em si mesmas. Mais cedo ou mais tarde essa realidade terá que vir sobre nós para proteger tudo e assegurar seu propósito.
O QUE DEUS ESTÁ BUSCANDO
O que Deus está buscando? Se você puder vê, se você tiver seus olhos abertos para ver o que Deus está buscando, então compreenderá seu método e porque Ele emprega esse método.
O capítulo 5 do livro de Isaias deixa claro o que Deus está buscando. Ele está em busca de pessoas que satisfaçam seu próprio coração. Elas são chamadas de remanescentes. Elas são assim por serem simplesmente um remanescente.
Esse remanescente é mencionado no capítulo 6 nestas palavras: " Mas se ainda ficar a décima parte dela, tornará a ser destruida. Como terebinto e como orvalho, dos quais, depois de derribados, ainda fica o toco, assim a santa semente é o seu toco(Is.6:13).
No tronco que foi cortado, Israel seria cortado pelas nações que Deus iria chamar para cortar Israel, usando-as como instrumento de juízo para cortar Israel, e isso eles iriam fazer. Mas o tronco permanecerá, e nele haverá uma décima parte, um remanescente, uma semente santa quando a árvore inteira tiver sido tratada.
Deus está buscando uma companhia dentre a companhia geral do seu povo que há de satisfazer Seu coração, e para assegurar esse remanescente Ele apodera-se de Isaías e trata com Ele nesse sentido e concede-lhe a visão.
Amado, para Deus alcançar Seu alvo, nós temos que ser completamente desiludi dos e ter nosso olhos abertos para ver claramente o que somos em nós mesmos aos olhos dEle. Que terrível revelação!!! Qualquer coisa em que haja suspeita ou indicação de auto-satisfação, ou auto-complascência, de termos alcançados ou de estarmos satisfeitos com nossa atual condição nos desqualificará para participarmos do remanescente ou de sermos de alguma forma instrumentos na realização do alvo e do propósito de Deus.
Continua na próxima postagem...
pelos vínculos do calvário
terça-feira, 5 de maio de 2009
PROTESTO
Posted by Unknown on 01:06. - No comments
NÃO A PRESENÇA DE AHMADINEJAD(presidente iraniano)
(ARTIGO PUBLICADO EM O GLOBO DE HOJE, 1/5/09, NA PÁGINA DE OPINIÃO)
INIMIGO DA PAZOSIAS WURMAN
Ouçam a voz da Santa Sé, na pessoa de seu porta-voz, padre Federico Lombardi, que na Radio Vaticano assim qualificou o discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na ONU: “Extremista e inaceitável”.Acrescentem-se as declarações do iraniano, Mahdi Karroubi, ex-presidente do Parlamento, um clérigo moderado que irá disputar a eleição presidencial iraniana de 12 de junho, em chapa de oposição à reeleição de Ahmadinejad. Disse Karroubi em relação ao presidente iraniano: “O Holocausto é um fato. É óbvio que ele ocorreu, não importando o número de pessoas que morreram, se foram 6 milhões ou 6 mil. Negar o Holocausto não traz qualquer benefício ao Irã. Foi uma de suas muitas declarações impensadas. Ele chama as resoluções da ONU de “papeis sem valor”, causando problemas para o Irã, mas são todos os iranianos que tem de pagar o preço. As declarações do presidente prejudicaram os interesses do Irã. Durante reuniões privadas, o Aiatolah Khamenei (líder religioso supremo do Irã) rejeitou especulações de que ele está apoiando a reeleição de Ahmadinejad”.Somem-se a estas declarações, as denúncias de perseguições religiosas promovidas pelo atual governo iraniano, com destaque para as vítimas cristãs, bahais e muçulmanos sunitas. Também a homofobia assumida de forma escandalosa, a prática da lapidação feminina, a execução por apedrejamento em público de supostas adúlteras, compõem um quadro sombrio da triste realidade iraniana.A maior vítima de Ahmadinejad é o próprio povo iraniano, afogado numa inflação anual de cerca de 30%, dependente da quase monocultura petrolífera e cerceado das liberdades fundamentais de opinião e expressão, comprovada pela prisão da jornalista americana Roxana Saberi, condenada, a portas fechadas, a oito anos por suposta espionagem. Na mesma semana em que ocorreu a reunião de Durban II, os herdeiros de Hitler espalhados pelos quatro continentes, comemoraram os 120 anos de seu nascimento. As declarações de Ahmadinejad na ONU,com cobertura midiática global, foi a maneira mais dramática e cruel de demonstrar que Hitler não morreu, pois só morre quem é esquecido, e seu ódio aos judeus foi revivido na injuriosa e repugnante fala antisemita, camuflada de antissionismo.Esta semana em Brasília, durante homenagem aos 61 anos de independência do Estado judeu, emocionei-me ao ouvir o hino nacional brasileiro, interpretado em espaço territorial de soberania israelense, na presença de brasileiros amigos do Estado de Israel.Emocionei-me por lembrar que meus antepassados poloneses tiveram que fugir de sua terra natal, na década de 30, pois o racismo e o nazismo infiltravam-se no coração da Europa, contaminando uma sociedade dita como “intelectual e altamente civilizada”.Escolheram o Brasil para sua nova pátria, uma opção acertada de país acolhedor e povo hospitaleiro.Passados quase 80 anos, vivo o pesadelo de ver o solo brasileiro, onde estão sepultos meus quatro avós e minha mãe, imigrantes poloneses, naturalizados brasileiros, na iminencia de ser pisado pelo maior negacionista, em nossa geração,da História e do Holocausto. Um inimigo mortal do Estado de Israel, com quem o governo, e o povo brasileiro, mantem relações de amizade e cooperação, há 61 anos. Um inimigo da paz, que insiste em desenvolver a energia nuclear, à revelia da comunidade internacional, esquivando-se das inúmeras sanções aplicadas pela ONU aos seus planos.
O povo brasileiro é pacífico e refratário ao racismo, comprovado pela tradicional convivencia árabe-judaica em nosso país. Somos um exemplo de democracia a ser seguido pelos verdadeiros amantes da paz e da justiça.O presidente Lula, fiel amigo da comunidade judaico-brasileira, declarou publicamente, no evento do Dia em Memória das Vítimas do Holocausto, instituído pela ONU, que mesmo que não houvesse judeus no Brasil, ainda assim ele seria um convicto combatente do antissemitismo e de todas as formas de racismo. Também lembrou a memória dos irmãos da Força Expedicionária Brasileira que tombaram na Itália, na luta contra o nazismo.No próximo dia 6 de maio, Ahmadinejad chega ao Brasil. Uma indesejável visita !
ASSISTAM O PROGRAMA MANHATTAN CONNECTION DO PRÓXIMO DOMINGO QUE TERÁ UM MÓDULO ESPECIAL DEDICADO À VISTA DE AHMADINEJAD AO BRASIL.
A FOTO DO FATO
O casal Giora e Rachel Becher reuniram amigos para celebrar o Seder de Pessach em sua residência na Embaixada de Israel em Brasília. Na foto, Clara Ant, Assessora Especial do Presidente da República, ao lado do Embaixador Becher, lendo a Hagadah de Pessach que narra a saída dos judeus do Egito.
COMUNIDADE VAI ÀS RUAS
NO RIO DE JANEIRO
EM SÃO PAULO
EDITORIAL NA FOLHA DE SP DE HOJE
FOI CANCELADO A SUA VINDA AO BRASIL!!!!!!!!!
(ARTIGO PUBLICADO EM O GLOBO DE HOJE, 1/5/09, NA PÁGINA DE OPINIÃO)
INIMIGO DA PAZOSIAS WURMAN
Ouçam a voz da Santa Sé, na pessoa de seu porta-voz, padre Federico Lombardi, que na Radio Vaticano assim qualificou o discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na ONU: “Extremista e inaceitável”.Acrescentem-se as declarações do iraniano, Mahdi Karroubi, ex-presidente do Parlamento, um clérigo moderado que irá disputar a eleição presidencial iraniana de 12 de junho, em chapa de oposição à reeleição de Ahmadinejad. Disse Karroubi em relação ao presidente iraniano: “O Holocausto é um fato. É óbvio que ele ocorreu, não importando o número de pessoas que morreram, se foram 6 milhões ou 6 mil. Negar o Holocausto não traz qualquer benefício ao Irã. Foi uma de suas muitas declarações impensadas. Ele chama as resoluções da ONU de “papeis sem valor”, causando problemas para o Irã, mas são todos os iranianos que tem de pagar o preço. As declarações do presidente prejudicaram os interesses do Irã. Durante reuniões privadas, o Aiatolah Khamenei (líder religioso supremo do Irã) rejeitou especulações de que ele está apoiando a reeleição de Ahmadinejad”.Somem-se a estas declarações, as denúncias de perseguições religiosas promovidas pelo atual governo iraniano, com destaque para as vítimas cristãs, bahais e muçulmanos sunitas. Também a homofobia assumida de forma escandalosa, a prática da lapidação feminina, a execução por apedrejamento em público de supostas adúlteras, compõem um quadro sombrio da triste realidade iraniana.A maior vítima de Ahmadinejad é o próprio povo iraniano, afogado numa inflação anual de cerca de 30%, dependente da quase monocultura petrolífera e cerceado das liberdades fundamentais de opinião e expressão, comprovada pela prisão da jornalista americana Roxana Saberi, condenada, a portas fechadas, a oito anos por suposta espionagem. Na mesma semana em que ocorreu a reunião de Durban II, os herdeiros de Hitler espalhados pelos quatro continentes, comemoraram os 120 anos de seu nascimento. As declarações de Ahmadinejad na ONU,com cobertura midiática global, foi a maneira mais dramática e cruel de demonstrar que Hitler não morreu, pois só morre quem é esquecido, e seu ódio aos judeus foi revivido na injuriosa e repugnante fala antisemita, camuflada de antissionismo.Esta semana em Brasília, durante homenagem aos 61 anos de independência do Estado judeu, emocionei-me ao ouvir o hino nacional brasileiro, interpretado em espaço territorial de soberania israelense, na presença de brasileiros amigos do Estado de Israel.Emocionei-me por lembrar que meus antepassados poloneses tiveram que fugir de sua terra natal, na década de 30, pois o racismo e o nazismo infiltravam-se no coração da Europa, contaminando uma sociedade dita como “intelectual e altamente civilizada”.Escolheram o Brasil para sua nova pátria, uma opção acertada de país acolhedor e povo hospitaleiro.Passados quase 80 anos, vivo o pesadelo de ver o solo brasileiro, onde estão sepultos meus quatro avós e minha mãe, imigrantes poloneses, naturalizados brasileiros, na iminencia de ser pisado pelo maior negacionista, em nossa geração,da História e do Holocausto. Um inimigo mortal do Estado de Israel, com quem o governo, e o povo brasileiro, mantem relações de amizade e cooperação, há 61 anos. Um inimigo da paz, que insiste em desenvolver a energia nuclear, à revelia da comunidade internacional, esquivando-se das inúmeras sanções aplicadas pela ONU aos seus planos.
O povo brasileiro é pacífico e refratário ao racismo, comprovado pela tradicional convivencia árabe-judaica em nosso país. Somos um exemplo de democracia a ser seguido pelos verdadeiros amantes da paz e da justiça.O presidente Lula, fiel amigo da comunidade judaico-brasileira, declarou publicamente, no evento do Dia em Memória das Vítimas do Holocausto, instituído pela ONU, que mesmo que não houvesse judeus no Brasil, ainda assim ele seria um convicto combatente do antissemitismo e de todas as formas de racismo. Também lembrou a memória dos irmãos da Força Expedicionária Brasileira que tombaram na Itália, na luta contra o nazismo.No próximo dia 6 de maio, Ahmadinejad chega ao Brasil. Uma indesejável visita !
ASSISTAM O PROGRAMA MANHATTAN CONNECTION DO PRÓXIMO DOMINGO QUE TERÁ UM MÓDULO ESPECIAL DEDICADO À VISTA DE AHMADINEJAD AO BRASIL.
A FOTO DO FATO
O casal Giora e Rachel Becher reuniram amigos para celebrar o Seder de Pessach em sua residência na Embaixada de Israel em Brasília. Na foto, Clara Ant, Assessora Especial do Presidente da República, ao lado do Embaixador Becher, lendo a Hagadah de Pessach que narra a saída dos judeus do Egito.
COMUNIDADE VAI ÀS RUAS
NO RIO DE JANEIRO
EM SÃO PAULO
EDITORIAL NA FOLHA DE SP DE HOJE
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