A PASTORAL DO MEDO

Há um bom motivo pelo qual o alarmismo é contagioso e irresistível, e se espalha como a peste pelas veias da internet; há um motivo pelo qual os pregadores invariavelmente demonizam seus adversários, e afirmam haver gigantes insaciáveis onde ficará demonstrado haver moinhos de vento: semear o medo torna as pessoas vulneráveis, e gente vulnerável pode ser manipulada...

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VOCÊ SABIA?!

Você sabia que foi apenas no ano 190 d.C. que a palavra grega ekklesia, que traduzimos como igreja, foi pela primeira vez utilizada para se referir a um lugar de reuniões dos cristãos? Sabia também que esse lugar de reuniões era uma casa, e não um templo, já que os templos cristãos surgiram apenas no século IV, após a conversão de Constantino?...

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PROJETO VALEU PRA VIDA

O Projeto Valeu Pra Vida é um sonho se materializando fundamentado no AMOR 'a Deus e ao ser humano, que buscar atender o cidadão em sua totalidade, corpo-alma-espírito, trabalhando para a sua plena integração com ser e na inter-relação com o outro, seu ambiente social e familiar. É a busca do encontro com Deus, consigo mesmo e com o próximo, viabilizando assim oportunidades Sociais, psicológicas e espirituais...

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Midias sociais

Busca

domingo, 20 de maio de 2018

terceira dimensão

TERCEIRA DIMENSÃO
Energia Baixa
Negatividade
Mêdo
Incredulidade
Murmuração
Insatisfação
Desconfiança
Julgamentos
Nível alto de ansiedade
Nesse estado, o corpo espiritual, o corpo mental, o corpo emocional e o corpo físico, tem sua imunidade muito baixa, proporcionando assim todas as possibilidades para adquirir doenças.
Doenças essas que iniciam no corpo mental, onde o mêdo, a negatividade, que são características de energia baixa, predominam!
A solução é a Fé, a qual, é o instrumento do espírito,, de poder e transformação no mundo da 5° dimensão, que é o mundo espiritual, corpo espiritual.
Sendo assim, e crendo dessa forma, a fé, a energia saudável, divina, muda imediatamente, se eleva, muda os pensamentos para tudo pode, para cura, para alegria, para o mundo das todas possibilidades!
A fé é a estrada para Deus, a energia do amor e do poder, agir!
Qualquer pessoa, pode, e deve, se esforçar para transitar do estado de mêdo, energia baixa, 3° dimensão, para o estado de Fé, coragem, saúde, milagres, vida, alegria, ânimo, bons pensamentos, e tudo pode, 5° dimensão!
É preciso sair do estado de vítima para o estado de auto-responsabilidade!
Sair do estado de murmuração para o estado de GRATIDÃO!
É preciso entender, que todo poder, toda cura, todo milagre, toda a vida, toda mudança, todas as possibilidades, estão dentro de você!
Transforme_se!(mtfp)

domingo, 22 de outubro de 2017

Cidade interior

Construa tua CidadeInterior

Naquele ano, quando entrei no mosteiro para mais um período de estudos, eu estava desiludido com a humanidade. Logo que encontrei com o Velho, como carinhosamente chamávamos o monge mais antigo da Ordem, ele me perguntou o motivo de eu estar abatido e com os ombros curvados. “Parece que carrega o peso do mundo nas costas”, comentou. Falei que andava desanimado diante tanto egoísmo e agressividade. Comentei que cogitava a possibilidade de mudar de cidade, pois aquela onde eu morava se mostrava inabitável. Acrescentei que era mal administrada, as pessoas só pensavam nelas mesmas e não mediam os meios de atingir os seus objetivos. O bom monge disse: “A violência sob qualquer aspecto é muito ruim. De outro lado, pensar em si mesmo é muito bom, desde que tenha o carinho de compartilhar o melhor que encontrar. Cada pessoa deve ser administrada como a uma cidade. Os sentimentos são como indivíduos; devem circulam livremente. Como nem sempre estão bem orientados ou têm moradia segura, devemos cuidar deles para que encontrem o devido lugar e a merecida tranquilidade. As reformas estruturais precisam de atenção constante para não impedir o progresso. Os becos escuros devem ser iluminados para que dali não surjam surpresas desagradáveis. As ideias, tais como cidadãos livres, muitas vezes entrarão em conflito e devem ser colocadas para dialogar até encontrarem a perfeita comunhão. Por fim, e não menos importante, os portões da cidade devem estar sempre abertos para quem quiser ou precisar entrar, mesmo que de início causem algum desconforto. Não podemos esquecer que são as dificuldades, quando tratadas com amor e sabedoria, que acabam por trazer as indispensáveis melhorias”.  Fez uma pequena pausa antes de prosseguir: “Uma cidade abandonada se torna imprestável”. Olhou-me nos olhos e falou: “Assim acontece conosco quando damos mais valor ao que existe fora do que dentro da gente. Cada qual mora na cidade que constrói dentro de si”.

Interrompi para falar que o conceito era confuso. Ele enlaçou o seu braço no meu e nos encaminhou até a cantina do mosteiro sob a alegação de que aquela conversa precisava de uma caneca de café e um pedaço de bolo de aveia. Depois de acomodados, com uma xícara fumegante à frente, ele prosseguiu o raciocínio: “Quando estamos incomodados em um lugar temos o direito de buscar por outro que melhor se adeque ao estilo de vida que escolhemos. Metrópoles movimentadas ou pequenas vilas bucólicas? Todos os lugares são perfeitos centros de aprendizado e têm as suas funções e valores. No entanto, você não estará feliz em lugar nenhum se a cidade que construiu dentro de si estiver desarrumada e não funcionar corretamente”.

Falei que começava a compreender, mas precisava que ele explicasse melhor. O monge foi atencioso: “Não faz diferença se está na Quinta Avenida em Nova Iorque ou em um monastério em Katmandu. Quando por dentro tudo está bagunçado, você não encontrará a paz, a felicidade, o amor, a liberdade ou a dignidade que procura. O melhor lugar, seja onde for, só será agradável se a cidade que construímos dentro da gente for confortável”.

Comentei que não era bem assim, pois o planeta estava repleto de locais miseráveis, seja pelas guerras, seja pelas condições sub-humanas impostas por governantes irresponsáveis. Argumentei que era impossível ser feliz vivendo em um lugar assim. O Velho deu de ombros e disse: “Cada espírito tem a sua necessidade própria de aprendizado e evolução. A imperfeição, embora não seja desejável, tem a importância de nos fazer entender e construir a perfeição, sempre ao nível da capacidade e das ferramentas já conquistadas. Em cada imperfeição se esconde um mestre para ensinar a encontrar o perfeito”.

Bebeu um gole de café e prosseguiu: “Há os que precisam sair de um determinado local pela falta de sintonia com o seu momento evolutivo; outros fogem deste lugar por covardia. No entanto, há aqueles que procuram justamente as cidades miseráveis por entenderem a oportunidade maravilhosa de levar luz onde as sombras imperam. Estas pessoas fazem uma enorme diferença no mundo. Não tenha dúvida, esses indivíduos, ainda que morem em uma cidade física dominada pela pobreza moral, material ou mesmo sob ambas as condições, estarão plenos em felicidade, paz, liberdade, amor e dignidade, pois farão o melhor uso dos atributos que já conseguem encontrar em si mesmo. Ainda que haja muita turbulência e confusão em volta dos seus corpos, as suas almas habitam em cidades tranquilas e serenas”. Mordeu um pedaço de bolo e ponderou: “Vale salientar que a recíproca também se aplica. De nada vale ao corpo morar em cidades progressivas se o espírito habita em região ainda arraigada por conceitos ultrapassados. A liberdade física de ir e vir se torna imprestável diante das prisões existenciais”.

Tornei a interromper para comentar que o raciocínio estava equivocado, pois embora eu morasse em uma região detestável, dentro de mim havia uma cidade maravilhosa e espiritualizada. O Velho me olhou com bondade e perguntou: “Será”?

Respondi que eu não tinha dúvida. O bom monge expandiu o seu raciocínio: “Entender e arrumar a sua cidade interna permite que você se pacifique com a cidade em que mora, independente de qual seja. Enquanto não descobrirmos quem somos nenhuma cidade nos parecerá amigável. Não seremos cidadão de lugar nenhum. Sempre haverá agonia e desespero”.

“Costumamos reclamar da violência urbana, mas esquecemos da agressividade que movimentamos diariamente. Antes de lamentar temos que nos perguntar o quanto da aspereza urbana é fruto de recorrentes atos e palavras que proferimos todos os dias na tentativa de esconder as emoções geradas pelas frustrações que não conseguimos equilibrar nem entender e, então, desesperadamente, tentamos transferi-las para o mundo. Quando, por exemplo, apregoamos os defeitos do comportamento alheio em um singelo bate-papo ou através das poderosas redes sociais, no fundo, nos valemos de um surrado truque das sombras: desviar a atenção quanto às nossas próprias dificuldades para evitar o esforço do aperfeiçoamento pessoal. Vigiamos os outros e esquecemos de tomar conta de nós. Na busca pela felicidade desejamos que todos se adaptem aos nossos interesses na vã tentativa de fugir ao trabalho da lapidação íntima, sem perceber o quanto isso alimenta conflitos e desordens. Assim, adiamos as transformações indispensáveis em total contradição ao processo evolutivo. Reclamamos da escuridão a espera que tragam a luz que nos cabe buscar”.

“Lamentamos as ruas estreitas e as calçadas esburacadas que não permitem a melhor circulação de carros e pessoas. Porém, esquecemos de pavimentar, expandir e limpar as vias por onde transitam as nossas ideias, engarrafadas por preconceitos e condicionamentos socioculturais, atravancando o andamento dos bons propósitos.  Não percebemos a enorme quantidade de lixo mental e emocional que produzimos todos os dias. É necessário tornar mais agradável a cidade imaterial que habitamos”.

“Abominamos a corrupção governamental, mas ignoramos o quanto de egoísmo depositamos nas pequenas escolhas do cotidiano, muitas vezes mais por hábito e comodidade do que por sensatez. A corrupção nada mais é do que a mão longa do egoísmo individual que se junta a outras, ganha força e se espraia em pesadas nuvens coletivas. Assim, alimentamos a decomposição moral da sociedade, que por ironia e tragédia, tanto nos incomoda”.

“Queixamo-nos da injustiça em diversos níveis sociais, contudo, fechamos os olhos quando temos a oportunidade de usufruir de algum privilégio, mesmo aqueles garantidos por leis anacrônicas e descompensadas. Aliás, costumamos usar as leis do mundo como desculpa para garantir interesses pessoais em detrimento a um código moral escrito com as tintas das virtudes imortais”.

“Amaldiçoamos a arrogância dos poderosos; debochamos da vaidade pela mera aparência; ridicularizamos o orgulho de vidro dos que se imaginam fortes. Contudo, nem sempre lembramos de burilar as virtudes primordiais da humildade e da compaixão que verdadeiramente oferecem o poder que liberta ao invés de dominar; educa sem ofender; fortalece sem esmagar; ilumina a essência, templo de toda a beleza”.

“Reclamamos que as cidades são malgovernadas sem nos dar conta de como administramos com desleixo as nossas escolhas, instrumentos vitais de transformação. Não temos dificuldade em apontar uma série de descasos e descuidos em relação à diversos aspectos civilizatórios. No entanto, somos incapazes de perceber o quanto nos abandonamos no comodismo da existência, relegando, cada qual a si mesmo, à mera sobrevivência pelo automatismo que passou a mapear as decisões pessoais”.

“Enfim, nenhuma cidade do planeta trará acolhimento enquanto o indivíduo não organizar e pacificar a cidade interna que arde em conflitos”. Deu uma pausa e concluiu: “Embora repleto de imperfeições, o desconforto que o mundo lhe causa é reflexo das suas dores e incompreensões, que ao projetá-las de maneira difusa, impedem o diagnóstico e a cura. A cura do ser é a perfeita engenharia de reconstrução do mundo. Todo o resto são obras de mera maquiagem”.

“Seja a cidade que deseja”.

Abaixei os olhos. Não reconhecer os fundamentos nas palavras do monge era adiar a inevitável reforma da minha cidade interna. Com os olhos mareados, confessei que ela estava despedaçada, em cacos, como uma casa em demolição. O Velho tocou o meu queixo para eu levantar a cabeça e disse com doçura: “Não lamente o caos, pois são ferramentas indispensáveis à renovação. Como ensinou um alquimista persa, são pelas fendas da destruição que a luz atravessa, se instala e liberta o ser’”.

Em agradecimento, ofereci um sorriso sincero. Só então me dei conta que ainda não havia sorrido desde que tinha chegado no mosteiro.

Pelos vínculos do amor

Yokass

sábado, 10 de junho de 2017

A Porta Estreita

A PORTA ESTREITA

O Sermão da Montanha é o eixo central dos estudos da Ordem, todos os demais textos, oriundos das mais diversas tradições filosóficas e metafísicas, são variantes a aprofundar e colorir esse valioso pensamento. Eu estava sentado em uma confortável poltrona na biblioteca do mosteiro, com o olhar perdido na bela paisagem oferecida por suas janelas, refletindo sobre as palavras proferidas nas colinas de Kurun Hattin, quando fui surpreendido pelo Velho, como carinhosamente chamávamos o monge mais antigo da Ordem. Ele trouxe da cantina duas canecas com café, colocou uma delas na pequena mesa ao meu lado e foi escolher um livro nas prateleiras. Sorri em agradecimento à gentileza e o convidei para sentar na poltrona à minha frente. Aproveitaria que estávamos a sós para conversarmos um pouco. Ele aceitou, se acomodou, bebeu um gole de café e quis saber o que eu estava lendo. Respondi que lia esse precioso legado filosófico, mais precisamente a parte em que falava sobre a porta estreita. “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçosa é a estrada que conduz à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e difícil o caminho da vida e raro são os que o encontram”, li o pequeníssimo trecho. Comentei que o texto poderia ser um pouco mais extenso para fornecer mais detalhes e explicações quanto ao seu conteúdo. O Velho balançou a cabeça e disse: “O texto está perfeito em sua concisão. Lembre que ele foi elaborado não para alguns, mas para todos. É preciso que, ao seu modo, atinja os mais diversos níveis de consciência. Cada qual encontrará a profundidade a que estiver disposto a mergulhar. O Sermão da Montanha é o Código do Caminho, porém respeito quem o veja como uma grande bobagem”.

Perguntei por que a porta era estreita. O monge arqueou os lábios em leve sorriso e disse: “A porta é estreita porque o ego é enorme; muitas são as desnecessidades e inutilidades que ego insiste em carregar consigo, tornando a viagem lenta, dolorosa e pesada”. Pedi para explicar melhor e o Velho foi atencioso: “A raiz de todos os sofrimentos é a separação entre o ego e a alma. Quanto mais distante um do outro, maior é a divisão do ser, numerosos serão os conflitos e as agonias. A completa integração entre as partes é a plenitude traduzida na paz de espírito que o manterá inatingível aos golpes e venenos do mundo”.

“De um lado, temos a valorização das aparências que tanto encantam o ego; o empoderamento das sombras, a alimentar o egoísmo, a vaidade, a arrogância, o orgulho, o ciúme, a ganância, a inveja, os prazeres efêmeros e o desejo de dominação sobre os outros. Todas essas emoções são frutos do medo e da ignorância”.

“Do outro lado, temos a importância da essência do ser trabalhada pela alma, a verdadeira identidade de todos nós; o amor como estrela-guia, a evolução como objetivo, as virtudes como método de cura e libertação do espírito. São as flores da luz”.

Eu quis saber como aplicar aquelas palavras ao cotidiano. O monge explicou: “Fazemos inúmeras escolhas todos os dias, desde as mais corriqueiras como, por exemplo, se vamos sorrir para o vizinho ou virar o rosto fingindo que não o vimos, até as mais complexas como mudar de emprego, de país ou de estilo de vida. A cada escolha ouviremos as orientações do ego ou os conselhos da alma. Assim, a todo momento estamos definindo a porta pela qual entraremos”.

Questionei sobre a dificuldade da estrada sobre a qual o texto se refere. A paciência do Velho parecia sem fim: “A dificuldade está em percorrê-la levando na bagagem o enorme volume produzido pelos valores a que fomos condicionados, nos quais as buscas espirituais, que devem ocorrer sem detrimento das conquistas materiais no âmbito da sensatez, da necessidade e da ética, restaram em segundo plano. Para viajar pela via da luz é preciso leveza. Não é fácil percorrer a estrada de uma existência terrena disposto abrir mão do supérfluo, do excesso, da fama vazia, do poder mundano de dominação, da ostentação que tantos aplausos e reverências proporcionam.  O brilho que aparenta ainda traz mais admiração do que a luz que sustenta. Inverter os valores culturais nos quais o perdão entre no lugar do ressentimento; a humildade dissolva o orgulho; a justiça se torne um instrumento de educação e não mais de vingança; os princípios seculares do Iluminismo, tais como igualdade e fraternidade, substituam os teimosos privilégios ancestrais, são apenas alguns exemplos que fazem o individuo bailar no ritmo do universo, mas na contramão dos costumes sociais. Não haverá mais tapinhas nas costas nem paparico; no entanto, existirá respeito e compaixão. Há uma enorme dificuldade em dizer para si mesmo que ‘o rei está nu’; ou seja, que os valores que o orientaram até aqui são ilusórios e que a verdade é diferente: a riqueza, o poder e a magia estão dentro, não fora de si. Devemos privilegiar a bagagem que cabe no coração, como a alegria, a dignidade, a liberdade e a paz”.

“A porta estreita é a passagem permitida apenas àqueles que escolhem caminhar com o cajado das virtudes. Por necessidade evolutiva, o refinamento das virtudes no ser é a jornada de aproximação e integração entre o ego e a alma, como exercício de superação. A absoluta unidade entre o ego e a alma, indispensável à plenitude, somente será possível para quem se dispõe à jornada do autoconhecimento. Esta é a verdadeira batalha, assim iniciamos e seguimos no Caminho”.

Comentei que eu era capaz de enumerar muitas virtudes: o amor, a justiça, a pacificação, a mansidão, a generosidade, a gratidão, a dignidade, a sinceridade, a honestidade, a compaixão, a misericórdia, a delicadeza, a doçura, a paciência, o respeito, a harmonia, a pureza, a coragem, a alegria, ânimo, a firmeza, o bom-humor, a humildade, a simplicidade, a esperança, a fé, entre outras que eu pudesse ter esquecido naquele momento. O Velho deu de ombros e perguntou: “Responda, não para mim, mas para você mesmo, quais delas você já traz sedimentadas em si?”.

Abaixei os olhos e confessei que muitas vezes encontro desculpas para abdicar das virtudes em minhas escolhas. O monge concordou: “O mundo sempre oferece uma linha de raciocínio tortuosa para justificar os desejos do ego em detrimento das necessidades da alma. Este é o trabalho incansável das nossas sombras: os inúmeros truques para nos iludir quanto à verdade e nos afastar da luz. Então, brigamos e sofremos. No entanto, temos o poder e a magia da vida”. Interrompi para dizer que não acreditava em magos e magias. O Velho deu uma gostosa gargalhada e disse: “Todos somos feiticeiros; magia é transformação. Alteramos a realidade na medida em que aceitamos as transformações internas orientadas pelos valores da luz que nos habita”.

Tornei a interromper para questionar sobre tais valores. O monge explicou: “Aperfeiçoar em si cada uma das virtudes que você acabou de elencar é iluminar e transmutar as sombras. Ao invés de brigar com as suas sombras, abrace-as com carinho, reconheça as suas dificuldades e, como um pai amoroso que se dedica à educação do filho, mostre que elas podem e devem evoluir, pois o ser precisa se tornar uno por imperativo de evolução. Assim, aos poucos, afinamos cada uma das virtudes, até que todas estejam alinhadas na consciência e no coração. Este é o processo para o encontro da verdadeira paz e da autêntica liberdade. Então, perceba como tudo se altera ao seu redor. Isto é pura magia”. Falei que eu era uma pessoa pragmática e empírica. Pedi para ele explicar como as virtudes, na prática, poderiam alavancar a minha evolução e fazer a diferença no mundo.

O Velho não se fez de rogado: “A vida é farta em oportunidades. As virtudes estão à espera do nosso comando, sempre dispostas a iniciar a jornada de cura e libertação. Os exemplos são inúmeros:

Todas as vezes que o mundo acusar alguém, podemos avolumar a condenação, afundando o infeliz em tristeza e culpa; ou resgatá-lo para a luz, mostrando a ele a possibilidade e a responsabilidade de fazer diferente e melhor da próxima vez;

Quando estiver diante de um dilema entre a lei e a justiça, no qual o direito te protege na medida que a justiça se afasta, renuncie aos privilégios concedidos como exemplo sagrado de equidade;

Ter firmeza para estancar o mal, sem esquecer da compaixão e da misericórdia em relação ao infrator. Precisamos nos afastar do terrível risco da vingança, estágio de equiparação nas trevas. A justiça é uma virtude que se completa com a educação e não com a mera punição;

Diante da ofensa, nunca esqueça que a humilhação é uma flecha de curto alcance e não atinge quem voa com as asas da humildade e da compaixão. Perdoe e siga em frente;

Diante das exigências das inevitáveis reformas sociais, traga sempre consigo a mansidão. É aliada inseparável dos argumentos cristalinos. Não esqueça que as transformações apenas se efetivam de dentro para fora do indivíduo, nunca ao contrário. E acima de tudo, se o argumento é forte, lembre que o exemplo é o definitivo de mudança;

O mundo precisa de mais diplomacia e menos julgamentos. Ao se deparar com um conflito entre terceiros dispa-se do tentador papel de juiz; aceite a difícil incumbência do diplomata a costurar a paz e o entendimento. Não raro, quando duas pessoas discutem ambas têm razão, cada qual dentro do seu nível de consciência, capacidade amorosa e esfera de interesses e dificuldades;

Nunca seja um muro na estrada alheia. Torne-se a ponte pela qual todos farão a travessia sobre os abismos da existência terrena. Embora o Caminho seja solitário, a viagem é solidária. Ninguém cumpre a jornada sem ajuda;

A alegria é a melhor maneira de agradecer por todas as flores que enfeitam a vida. Por mais que você se recuse a vê-las, acredite, a beleza está por toda parte. Possibilitar o sorriso de alguém é a mais poderosa das orações de gratidão e uma valiosa magia; o bom-humor é uma constante nos espíritos iluminados. Não há vaga para os ranzinzas no trem que leva às Terras Altas.

Jamais se lamente ou imponha aos outros a sua vontade. Apenas se transforme. As virtudes estão aí para isto”.

O monge deu uma pequena pausa e concluiu: “Os bons exemplos não cessam aqui, são infinitas as aplicações das virtudes como ferramentas da Luz a transmutar as sombras individuais e coletivas. O aprimoramento das virtudes é um eficiente método de evolução”. Comentei que era tudo muito difícil. O Velho rebateu de pronto: “Por isso a porta é estreita e o a estrada exige esforço”.

Ficamos um bom tempo sem dizer palavra. Rompi o silêncio para me confessar surpreso com a longa interpretação do monge em relação a um pequeno parágrafo de tão poucas linhas. Ele deu de ombros e comentou: “O mergulho não foi tão profundo. Podemos ir muito mais longe”. Acrescentei que toda essa teoria era nova. O Velho me ofereceu um belo sorriso e a devida correção: “Não, Yoskhaz! Toda a sabedoria é muito antiga e nasceu em tempos imemoriais. Ao lado do amor, a sabedoria tem cultivado as sementes da luz e da verdade nos campos da humanidade desde sempre. Nós é que teimamos em não aprender. Repare que Jesus proferiu o discurso há dois milênios com a autoridade de quem oferece a si mesmo como exemplo das suas palavras. Embora a porta seja estreita, ela é a única entrada para o Caminho.  A porta está à disposição de todos, a qualquer momento; basta apenas uma escolha”. Deu uma pequena pausa antes de fazer a observação final: “Repare a preocupação do universo para conosco. Um pouco mais de mil anos depois do Sermão da Montanha, o mestre pediu para que um dos seus mais valorosos apóstolos retornasse, para nos lembrar não apenas sobre o poder do amor, a virtude maior, mas também para mostrar a sabedoria transformadora das demais virtudes e sinalizar o Caminho”. Interrompi para dizer que não sabia do que e de quem ele se referia. O Velho fechou os olhos e cantarolou a oração ensinada por Francisco:

“...
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
...”.

Outros textos do autor em www.yoskhaz.com

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Mecânica Quântica

Mecânica Quântica

Significado

A mudança de paradigma, de sistema de crenças, da humanidade depende de entender o que vamos explicar a seguir.
O experimento da Dupla Fenda é o experimento mais fundamental da história da ciência porque ele muda toda a concepção de como o mundo é. Quando se emite um único fóton (luz) e temos uma única fenda aberta (um obstáculo de papelão por exemplo, com um único buraco aberto), encontramos depois do obstáculo pontos específicos onde o fóton chegou. Isto é, ele passou como uma partícula (massa). Quando temos duas fendas abertas, encontramos depois franjas claras e escuras, mostrando que houve uma interferência construtiva (o pico de uma onda colidiu com o pico de outra onda) de ondas com ondas. As ondas do fóton colidiram com as ondas dos fótons e formaram as franjas. Provando que são ondas. Isso acontece mesmo quando emitimos apenas um fóton por vez, mostrando que ele interferiu com ele mesmo. A onda dele interferiu com a onda dele mesmo, após passar pelas fendas. Desta forma ficou provado que o fóton é partícula e é onda ao mesmo tempo. Existem experimentos específicos mostrando que a luz é partícula e é onda. Podemos escolher usar o fóton como partícula (massa) ou como onda.
Mesmo quando se faz o experimento de escolha retardada, fechando ou abrindo uma das fendas, após o fóton já ter passado pelo obstáculo, ele se comporta como optamos. Mesmo ele já tendo passado pela(s) fenda(s). Se ele passou por uma fenda (partícula) e nós abrimos a outra fenda, ele mostrará que interferiu consigo mesmo (onda). Atentem que ele já tinha passado como partícula e nós abrimos a segunda fenda depois que ele passou; e mesmo assim ele apresenta as franjas da interferência de uma onda com outra. Ele sabe o que nós queremos e se comporta como tal. Se tivéssemos aberto duas fendas e depois fechássemos uma delas, ele se comportaria como partícula. Nós escolhemos tratar o universo como partícula (massa) ou como onda.
Esse experimento já foi feito até com 100 moléculas. O que é um tamanho gigantesco em termos quânticos.
De Broglie provou que existem ondas de matéria.
Tudo pode ser tratado como onda em última instância. E tudo que é energia é informação. Na verdade o universo é in-formado pelo Vácuo Quântico.
Quando nos aprofundamos na matéria com um microscópio eletrônico e o apontássemos para a mão de uma pessoa, veríamos moléculas, depois células, depois átomos, depois o núcleo o átomo, depois os prótons, depois os quarks, depois as cordas e depois o Vácuo Quântico. O oceano de energia primordial infinita de onde tudo emerge. Não importa para onde olhemos com nosso microscópio, seja para a mão de uma pessoa, seja para a pele de um cachorro, seja para uma pétala de flor, seja para uma pedra, seja para o ar que respiramos, seja para qualquer coisa que exista no universo, lá no fundo de tudo encontraremos esse Vácuo Quântico. Essa Energia Infinita que vibra de maneira infinita e que quando diminui um pouco sua vibração pode ser tratada como massa (matéria). É assim que a matéria passa a existir no universo. Essa matéria (o Vácuo Quântico), que diminuiu sua vibração (freqüência) para poder ser tratado como partícula, pode então ser tratada como quarks, prótons, átomos, moléculas, células, órgãos, pessoas, etc..
Quanto mais Ele sobe em organização menor é sua vibração (freqüência) até ter uma freqüência baixíssima como nosso cérebro que vibra poucas vezes por segundo, para que possamos agir como humanos e interagir com outros humanos.
Tudo que existe é apenas uma redução da freqüência do Vácuo Quântico. Ele se reduz para que possa interagir como matéria. Na verdade Ele muda de dimensão para poder atuar em inúmeras dimensões da única realidade que existe. Tudo é uma única coisa. O Vácuo Quântico. Em última instância só existe uma Única Onda.
O Vácuo Quântico é pura consciência. Inteligente e amoroso. Nossa consciência é uma parte Dele. Uma parte do Todo. De Tudo-O-Que-Existe. A consciência de qualquer pessoa é uma parte da consciência Dele. Uma parte individualizada, personalizada. Saiba disto ou não. Perceber isso é o que se chama evolução ou iluminação. Quando a consciência da pessoa uniu-se totalmente com a consciência do Todo, a pessoa está iluminada. Existem vários graus de iluminação é lógico, da mesma maneira que existem lâmpadas que iluminam mais ou menos. Quando mais unificado com o Todo mais iluminado está e mais manifesta o Todo na realidade. Seja ela em que dimensão for.
O Vácuo Quântico é conhecido normalmente pelo nome de Deus. Quando as pessoas falam de Deus é do Vácuo Quântico que estão falando. Ele é tudo o que existe. Sua consciência é tudo o que existe. De Sua consciência é que surge tudo no universo. Foi Sua consciência que emanou este universo. O que os humanos chamam de Big Bang. Foi uma expansão de uma parte Dele. Da mesma forma Ele emana outros universos, multiversos e consciências individualizadas de Si Mesmo. O que se chama de Centelhas Divinas. Todo ser que existe no universo é uma Centelha Divina do Todo. De Deus. Uma parte de Deus. Existe uma forma teológica de falar tudo isso, mas o significado é o mesmo.
O Todo é onipresente, onipotente e onisciente. Isto é, Ele está em todo lugar (é tudo o que existe), pode fazer tudo (porque é tudo o que existe) e sabe de tudo (porque tem consciência de tudo. E o mais importante é Puro Amor Incondicional. Sua essência é Amor. O Todo é Amor. Deus é Amor.
Agora vem a questão crucial para quem conhece a Mecânica Quântica pela primeira vez. A pessoa intui ou sabe o que está explicado acima. Este fato faz com que a pessoa tenha de tomar uma posição em relação ao Todo. Em relação a Deus. Ela não tem como negar que é parte Dele e que tem de evoluir para unificar-se com Ele. Isso é inevitável. Quer a pessoa queira ou não. Mais cedo ou mais tarde. O amor que a pessoa sente é uma ínfima parte do amor que o Todo sente, mas é uma parte mesmo assim. É por isso que quando a pessoa entendeu o que está explicado aqui seus olhos brilham. A pessoa se transformou. É por isso que dá para perceber na expressão da pessoa se ela entendeu o que a Mecânica Quântica explica.
A Centelha Divina fica esperando o quanto for até que a pessoa (ego) decida deixar que a Centelha atue cada vez mais na vida daquela pessoa. A grande questão é como a pessoa se relaciona com o Todo. Com Deus. O quanto amoroso é este relacionamento ou não. Se a pessoa deixa o Todo atuar na sua vida ou não. Se ignora o todo ou não. Se quer saber do Todo ou não. E isso só afeta a própria pessoa, pois a pessoa é o Todo. Saiba disto ou não. O Todo esperará até que a pessoa decida ter um relacionamento consciente com Ele. Quem está perdendo em não se relacionar com o Todo é a pessoa.
Como o Todo é puro amor, Sua capacidade de amar é infinita. Todos sabem que o amor é a coisa mais prazerosa e realizadora que um ser pode sentir. Imagine o quanto o Todo sente de prazer amando da forma que ama. Já que Ele é o próprio amor. O que os humanos sentem é uma gota d’água deste Oceano de Amor que é o Todo. É por isso que o amor que um místico sente é tão imenso que ele muda uma civilização. É por isso que os Avatares mudam um planeta. E estão tendo que conter o Amor do Todo dentro de um corpo humano, caso contrário explodiriam (vide explosão de Hiroshima, quando uma pequena parte da força forte foi expelida do núcleo de alguns átomos).
Portanto, toda a questão se resume neste relacionamento parte/Todo. Pessoa e Deus. É por isso que o paradigma tem de mudar. Para perceber que o Todo é puro amor. Quando a pessoa sente isso todos os problemas estão resolvidos. Não importa em que tempo, dimensão, vida, etc.. A pessoa está nas mãos de Deus. Isto é, uniu-se a Ele. Rendeu-se como falam os budistas. E esse sentimento é extremamente confortador. O Pai nos ama e nunca se deixa vencer em generosidade.
Quanto mais a pessoa amar outra criatura, mais o Pai a amará. Quando mais a pessoa der mais ela receberá. Façam essa experiência e todas as dúvidas desaparecerão. E tudo estará resolvido.
a pessoa estará preparada para ajudar aos outros irmãos a também encontrarem o Pai, a Deus, ao Todo. Nesse ponto a pessoa unificada permitirá que o amor do Todo passe por ela e se derrame pela criação. Seja onde estiver. Nesse ponto não existe mais o ego. Apenas Deus atuando sem cessar. Nesse ponto o ego foi consumido pelo amor de Deus. A Centelha está unificada com o Todo. A individualidade permanece, mas só existe a vontade do Todo. Os dois são uma coisa Só.
Hélio Couto

sábado, 22 de abril de 2017

SABENDO ISSO!

SABENDO ISSO!
"Tendo os olhos de vosso entendimento aberto, para que saibais".
O MAIOR TESOURO QUE VOCÊ DEVE BUSCAR NESSE TEMPO, É TER SUA MENTE SÃ!rsb
..Entretanto existem QUATRO, tipo de saberes: Um saber i

 Saber Intelectual!

É aquele que todo ser humano adquire por hereditariedade, pelos livros, academia e através do meio que convive..

Saber Teológico

É aquele saber, que se sabe através dos estudos da teologia, do conhecimento escriturístico e literatura paralela do sistema religioso..

Saber Posicional

É aquele saber que se sabe em que posição estamos em relação a bíblia, e a vida....

Esses tres saberes são muito importantes e interessante e agrega conhecimento, porém NÃO tem poder de transformar o SER HUMANO DE DENTRO PRA FORA...
É preciso, nessa hora, de transição da vibração do universo, que façamos uma estrada que nos leve para dentro de nós mesmos, na busca da iluminação e do auto_conhecimento.
Saber REVELADO, ou seja, aquele saber que vem do abrir nosso entendimento(revelação), de ter nossa mente aberta(expansão dá consciência) para compreender e ver o Cristo ressurreto..Revelação é luz, Jesus é a luz, quando O vemos logo sabemos...Estar nessa consciência Crística é estar em amor!
O deus desse século(EGO) cegou o entendimento para que não resplandeça a luz do evangelho que é essa consciência Crística, Cristo Jesus..tendo iluminado os olhos de vosso entendimento para que saibais, diz nosso irmão Paulo.
É uma decisão diária: Ou o ego continua no controle, com a mente e os pensamentos que não te deixa parar, ou você tem a revelação, luz, entendimento aberto, e agora, Cristo, Deus, o amor, tem o controle de sua mente e espírito.
Precisamos ver a Cristo para que possamos saber e sermos ttte transformados de dentro para fora!
É o único saber que transforma e nos faz semelhantes ao Mestre do Amor, nos ensina a andar como Ele andou, amando, perdoando, tolerando, servindo, nos transformando assim em AMOR AMBULANTE EM NOSSA SOCIEDADE, de outra forma NÃO SABEMOS.....Você sabia?
Se não sabe, busque saber atavés de uma revelação clara, verdadeira, genuína e extraordinária do AMOR, Cristo, em nós, assim poderá resplandecer como LUZEIROS em uma sociedade sem saber, em trevas e enzumbizada! De outra forma, sem esse saber a vida que se vive não é vida, é apenas existência!....Fique então sabendo...
Desejo que nessa hora enquanto a vida vai acelerando, você possa parar e refletir, como está seu saber, qual nível de luz há em ti, o que você sabe, e como tem estado seu dia a dia em relação ao ensino do nosso mestre do amor,....amai_vos uns aos outros como eu vos amei! Fique sabendo!(mtfp)
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domingo, 26 de março de 2017

Vestigios do Dia

Vestígios do dia
"Existem algumas cenas de filmes que são arquetípicas. Cenas que marcam uma geração. No filme “Matrix” temos a cena em que Morpheus oferece as duas pílulas para Neo.
No filme “Vestigios do dia” com Anthony Hopkins temos a cena em que o dono da casa está conversando com dois convidados e chama o mordomo. Os convidados estão conversando sobre política europeia antes da Segunda Guerra. Quando o mordomo vai se retirar um dos convidados faz três perguntas ao mordomo e este não sabe responder nenhuma delas. Então o convidado que fez as perguntas diz ao dono da casa: “e são milhões iguais a este que votam”.
Esta cena é muito importante. Ela diz muita coisa sobre a humanidade. Existem os “milhões que votam” e existem os que decidem o que acontece. Os “milhões que votam” não sabem sequer do que os convidados estão falando. E são estes convidados, seus colegas e amigos, que decidirão fazer a Segunda Guerra onde 60 milhões “que votam” morrerão.
E assim é com todas as guerras, todas as “crises econômicas”, todas as decisões que afetam as vidas dos “bilhões que votam”.
Existe um ditado que diz que “conhecimento é poder”. Esta é uma absoluta verdade. Sem conhecimento uma pessoa está numa posição de escravo de outrem. Perceba isso ou não. O controle sobre a própria vida será praticamente nulo. Será um servo ou um “lulu” como os sumérios falavam.
Nunca foi tão fácil obter conhecimento como hoje. Existem “sebos” de todos os tipos que vendem obras fundamentais por um preço mínimo. E existe um acervo gigantesco de informação na Internet virtualmente de graça. E o que isso mudou? Praticamente nada. Se nós fizermos aquelas três perguntas para a maioria absoluta das pessoas em qualquer rua de qualquer cidade do mundo, teremos a mesma resposta do mordomo. E estamos em 2013.
Será que as pessoas não percebem que sem conhecimento são escravos? Será que entendem que adquirindo conhecimento serão livres? Será que não acreditam que podem ser livres? Ou já se conformaram em ser escravos? Ou elas acham que já entenderam como funciona o planeta Terra? Será que as pessoas vivem em “silencioso desespero” como disse Thoreau? E acham que não tem saída para suas vidas? Ou acham que é assim mesmo que é a vida?
A questão é que existe uma atitude que poderia mudar tudo. “Não jogar para debaixo do tapete” quando percebe que não conhece um determinado assunto. Procurar estuda-lo até que esteja consciente de tê-lo entendido. Só que para entender algo é preciso raciocinar, usar a razão. Caso contrário ficaremos com as meia-verdades ou mentiras. E é fácil saber se algo é verdadeiro ou não. Basta verificar se funciona ou não. Vejam a situação do planeta Terra. Será que a humanidade desconfia de que tem algo errado na administração deste planeta?
O mordomo frequentou uma escola? É claro que sim. E não entende o que os convidados conversam! Portanto o que ele aprendeu na escola é suficiente para que ele seja mordomo. Nada mais. E isso é que ele tem de entender para poder sair da situação que está. Ou ele não quer sair da situação que está? Está bom do jeito que está?
A atual crise econômica foi criada durante 25 anos. Quem percebeu que ela estava sendo criada? A mesma situação do mordomo e os convidados. Os que criaram são a meia-dúzia que sabe fazer as perguntas. E criar a “realidade”. Os demais pagarão a conta. Leiam “O sequestro da América”.
Muitos dirão que não tem tempo para estudar ou que não tem dinheiro. É exatamente assim que querem que as pessoas pensem. Tempo é uma questão de prioridade. Todos podemos dispor de alguns minutos para ler um livro que realmente faça a diferença. E quanto se gasta de tempo com “divertimentos” que não acrescentam nada?
Existem duas classes de pessoas neste planeta. Temos a “classe média” que teria condições de ler e aprender como funciona o mundo. E temos a classe que mora nas periferias que não tem tempo, nem dinheiro, nem condições, nem estudo para entender sequer que é possível mudar isso. Essas duas classes de pessoas já introjetaram a crença de que não é possível resolver os problemas deste planeta. E quando acontece isso é praticamente impossível expandir a consciência de uma pessoa que acha que já sabe tudo. Mesmo quando se explica detalhadamente e maciçamente que é possível a mudança e como faze-la, a pessoa resiste à qualquer mudança que leve à solução dos seus problemas.
Como disse Dostoievsky no conto “O Grande Inquisidor”, o livre-arbítrio é considerado a pior maldição da humanidade. Ter de decidir a própria vida é algo que a humanidade detesta. É muito mais fácil receber ordens. Todas as crianças na mais tenra idade deveriam ler este conto. Daí elas entenderiam o que aconteceu com Jesus e porque aconteceu. E o que aconteceria de novo. E de novo. E de novo...
Até quando?"
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O SER INTEIRO

O SER INTEIRO
Tinha feito calor o dia inteiro. A brisa que descia das montanhas tornava o final da tarde bastante agradável no mosteiro. Encontrei o Velho, como carinhosamente chamávamos o monge mais antigo da Ordem, sentado em uma confortável poltrona situada em uma das varandas que permite uma belíssima vista dos vales que se avizinham abaixo de nossa sede. Pedi para sentar ao seu lado e ele concordou com um movimento de cabeça. Por me conhecer há algum tempo, foi direto ao ponto: “O que lhe aflige”? Expliquei que muitas vezes, mesmo na certeza de tomar a decisão correta, algum desconforto se instalava em mim, o que era uma contradição. Ele pediu para que eu fosse mais específico e acrescentou: “Vamos ao caso concreto”.
Expliquei que um grande amigo tinha me pedido dinheiro emprestado. Era um valor considerável. Embora eu tivesse a quantia, que estava guardada para outros fins, neguei o empréstimo. Isto furtara a minha paz nos últimos dias. Ponderei que estranhava os meus próprios sentimentos, uma vez que a convicção da minha escolha deveria pacificar o meu coração. Com os olhos vagando no horizonte, o Velho falou: “O espírito, a verdadeira identidade eterna de todos nós, em sua infância, nosso atual estágio, tem o ego distante da alma como se estivéssemos divididos em dois. Por um lado, o ego se empenha pelas conquistas materiais e os prazeres sensoriais, os aplausos e o brilho social. Pelo outro, a alma se alegra com as vitórias dos sentimentos sobre os instintos, com a superação das dificuldades, com a transmutação das próprias sombras em luz. O ego quer o reconhecimento do mundo; a alma quer que o melhor de si brote para o mundo. O ego está ligado às paixões; a alma ao amor. O ego está no âmbito do eu; a alma pensa em nós. Na viagem do aperfeiçoamento o Caminho nos impõe escolhas. Com o ser dividido em dois as decisões criam conflitos internos. Estes conflitos geram desequilíbrio em todos os níveis”. Deu uma pausa antes de acrescentar: “Temos que alinhar o ego à alma, no sentido de que os desejos daquele estejam em harmonia com as buscas desta. Da mesma maneira temos que trabalhar o ‘eu’ sem esquecer o ‘nós’, sendo que a recíproca também se aplica. Ou seja, cuidar do mundo sem esquecer de si. São partes da mesma arte. Assim o ser se torna uno, se liberta das angústias mundanas, conhece a plenitude e a paz”.
Pelos vínculos do amor

domingo, 23 de outubro de 2016

AS DIMENSÕES

Texto

3ª, 4ª e 5ª – AS DIMENSÕES E SUAS DIFERENÇAS

Ao passar pelo processo de despertar, mais cedo ou mais tarde somos confrontados com o fato de que parece haver mais dimensões do que a única realidade que estamos vivendo e que conhecemos tão bem. Começamos a questionar a nossa vida e o que costumava ser verdade parece de repente começar a se desintegrar. Nós não temos mais tanta certeza se estamos realmente vivendo em uma realidade ou se ela não é tão real depois de tudo. As energias dimensionais mais elevadas estão nos chamando. Começamos a entrar em ressonância com elas e seguimos em nossa busca para saber mais sobre quem realmente somos. Nós aprendemos sobre as energias universais, as diferentes frequências e o que a ascensão realmente significa. Uma mudança energética da 3ª para a 5ª dimensão, aumentando nossas frequências a um nível muito mais elevado, transmutando as baixas frequências do medo para o amor incondicional até um ponto onde não resta nenhum medo. Nos deparamos com muitas informações e estamos aprendendo bastante sobre nós mesmos, o Universo e a humanidade. Uma pergunta que muitas vezes nos mantém ocupados é como saber diferenciar entre as dimensões.

Para entender as diferentes dimensões e como sentir elas melhor, vamos descrever suas características individualmente.

A 3ª DIMENSÃO – O MUNDO MATERIAL DO MEDO

“Porque nós estamos vivendo em um mundo material eu sou uma mulher materialista.” Madonna

A imagem da 3ª dimensão está perfeitamente descrita em sua música. Ela fala que só vai sair com homens que têm dinheiro para comprar as coisas do seu interesse e como ela teme perder seu dinheiro já que entrou no estado de acumular posses. A 3ª dimensão é tudo sobre o material, acumular bens materiais e viver com medo de perdê-los. Temos medo de perder o controle. Temos medo de não estar seguros, de não ser bom o suficiente. Nós não confiamos nas pessoas porque elas podem levar a nossa riqueza para longe de nós. Por isto, tentamos obter o poder sobre os outros para estar em uma posição de força.

Nós nos definimos neste plano por aquilo que possuímos e o que fazemos para ganhar a vida. Acreditamos que estamos separados do tudo e de todos. Enquanto nós não formos UM com a Fonte, não podemos experimentar a unidade com O Tudo O Que É. Acreditamos que a morte é algo doloroso, escuro e finito. Acreditamos que vivemos uma vida e que quando morremos termina tudo. Acreditamos que este mundo é um lugar de escassez. Por isto acreditamos que temos que lutar muito para o nosso bem-estar, porque não existe o suficiente para todos. Nós pensamos que a vida é uma competição com ganhadores e perdedores. Nós pensamos que é bom mentir porque todo mundo faz isto nesta realidade/ilusão. Estamos convencidos de que temos que estar sempre certos sobre as coisas. Nós acreditamos que existem papéis para homens e mulheres. Homem sendo forte e lutador, mulher sendo sensível e fraca.

Isto vem mudando com a elevação do feminino nas últimas décadas, mas a verdadeira natureza do masculino e feminino ainda não foi compreendida com relação ao relacionamento, acreditamos que não podemos estar completos sem outra pessoa. Nós acreditamos que precisamos de alguém para nos fazer feliz e inteiro. Nós experimentamos a alegria em ocasiões muito raras. Em belas situações de tirar o fôlego, seja no contato com a natureza ou durante um estado de meditação profunda. Estes são os raros momentos que nos levam para o AGORA. O único lugar onde o ego não existe. Estamos tão acostumados com o ego que não questionamos se a forma como vivemos é normal, nós gastarmos todo o nosso tempo no passado ou no futuro. O ego interpreta o “deve ter, poderia ter, no jogo da posse” jogando o jogo de saltar para o passado e para o futuro “criando cenários”, nos preparando para todas as possibilidades. Nós não percebemos que o único lugar real que devemos estar é no AGORA.

Os seres humanos na 3ª dimensão buscam o sexo físico porque esta é a única oportunidade para experimentar a fusão das energias masculinas e femininas em perfeito equilíbrio. Essa é a causa raiz para este desejo. Na 3ª dimensão, não entendemos que este é o sentido da carência de um(a) parceiro/parceira. Nós não entendemos que podemos criar esta totalidade para nós mesmos. Nós não só podemos como devemos para podermos acessar as dimensões superiores. Não conseguimos pensar que os desejos sexuais podem mudar de uma necessidade para um compartilhamento. Na 3ª dimensão nunca aprendemos a amar a nós mesmos. Pelo contrário, somos ensinados a acreditar que isto é egoísmo. Mas o oposto é que é verdade. Não amar a si mesmo é um pensamento “ego-ai-está” e é o que o impede de sermos inteiros e mantermos o nosso interior vivo.

Energeticamente a 3ª dimensão é um lugar de baixa vibração que aumenta a ilusão de separação, dualidade e livre arbítrio. O nosso EU superior não está integrado no corpo físico porque não consegue lidar com a baixa densidade e frequência. Ele está conectado conosco através do nosso corpo espiritual, mas quando nossos chacras estão bloqueados, dificilmente ele consegue chegar até nós. Isto cria a ilusão de que estamos separados da Fonte. Na 3ª dimensão nós realmente achamos que a nossa vida é baseada em coincidências e que não existe destino, nem que planejamos as experiências que vamos viver nesta dimensão, pois não temos conhecimento da nossa verdadeira identidade, somos um ser espiritual em um corpo físico sofrendo de amnésia.

À medida que encarnamos na 3ª dimensão, esquecemos quem realmente somos e recebemos uma mente/ego que só tem conhecimento desta encarnação. Não nos lembramos de nenhuma de nossas vidas anteriores porque a memória não nos acompanhou. Apenas a nossa estrutura celular e DNA carregam as memórias da nossa linhagem da família, nosso EU superior também sabe sobre as nossas experiências de vidas passadas. Enquanto a mente/ego está na liderança e nosso coração está fechado, a conexão com o nosso EU superior na maioria das vezes está bloqueada. A comunicação com o nosso EU superior e os reinos mais elevados só pode ser sentida, não compreendida com a mente racional.

A mente/ego não é capaz de processar esta quantidade de energia. Enquanto nós estamos bloqueados não podemos sentir a verdade, acreditamos que nossa mente/ego deve estar na liderança, pois é “oh tão inteligente”. E sim, é, mas para nos manter longe do nosso verdadeiro EU e nos manter presos nas ilusões e crenças. Toda vez que a nossa intuição vem e expressa a verdade, a mente/ego grita: “Prove !” Então, nós ignoramos a intuição novamente porque somos incapazes de provar o que nós sentimos. Continuamos a correr em círculos de olhos vendados, tentando descobrir como a vida funciona e o que devemos realmente fazer. Acreditamos que vamos encontrar as respostas para a nossa busca pela felicidade no exterior, fora de nós. Nos adaptamos ao jogo e aceitamos as ilusões da 3ª dimensão como nossa realidade, porque é o que todo mundo faz. Nós suprimimos as dúvidas sobre o nosso propósito, a nossa verdadeira origem, nossos talentos e dons. Acreditamos que devemos esquecer estas perguntas, porque todo mundo está vivendo de acordo com as mesmas regras.

Se falarmos em voz alta nossas dúvidas e nossos verdadeiros desejos, nos consideram louco e sonhador irrealista. Então, nós apenas obedecemos o sistema, não percebemos que fomos escravizados pela nossa mente/ego que foi programado com todos os tipos de crenças falsas. Não percebemos que todo o sistema é uma matrix falsa baseada no medo. Enquanto as pessoas estão com medo, podem ser mantidas sob controle e os que detêm o poder ganham dinheiro com elas. Muito dinheiro. Seguros, produtos farmacêuticos, veículos, produtos eletrônicos e moda são apenas alguns exemplos de como uma quantidade enorme de dinheiro é gerada através dos nossos medos.

Ficamos obcecados em adquirir mais e mais dinheiro para sermos capazes de compensar estes medos e justificar a nossa falta de conexão com a Fontes adquirindo bens materiais inúteis. Achamos que temos de melhorar o nosso status para sermos bons e ganhar respeito. Nós nem sequer percebemos o quanto as nossas posses do mundo material estão nos controlando e nos mantêm dependentes em um círculo vicioso que só perpetua a insatisfação. Nós precisamos proteger o que conquistamos e estar preparados para tempos difíceis (medo). Na terceira dimensão, estamos sempre gerando pensamentos negativos e desconfiando de tudo e de todos.

A ilusão da dualidade na terceira dimensão nos permite experimentar a luz e a escuridão, o bem e o mal, a alegria e o desespero, o melhor e o pior. Temos a opção de agir como santos ou demônios. Mas realmente a única escolha que temos neste plano é: Amor ou medo. Luz ou escuridão. Isso é o que o livre-arbítrio nos permite. Enquanto seguirmos escolhendo o medo, estamos repetindo as nossas experiências e padrões até entendermos que devemos escolher o amor. Este é o segredo da terceira dimensão.

Quando aprendemos a escolher o amor de forma permanente, alcançamos à iluminação, o que aumenta a nossa frequência significativamente. Desta forma, podemos superar os limites do nosso ego/mente. Aprendemos a deixar o coração e a alma assumirem a liderança, transformando o ego em um auxiliar. Aprendemos como as energias universais funcionam e como podemos criar a nossa realidade. Entendemos que tivemos o controle a nossa disposição o tempo todo, apenas não o enxergamos. Aprendemos que não existem vítimas ou carrascos, existem apenas professores cujas lições nos ajudam a crescer. Não precisamos esperar morrer para ir para a luz. Podemos fazer isto estando em um corpo humano.

A 4ª DIMENSÃO – O MÁGICO MUNDO DOS SONHOS

A 4ª dimensão é o mundo dos sonhos. É também chamado de plano astral. É uma dimensão que é menos densa e muito mais fluida do que a 3ª dimensão, mas ainda abriga a ilusão da dualidade e o ego é capaz de existir aqui também. É a dimensão do tempo. Imagine que ela seja um fluxo de energia que hospeda todos os eventos de um cronograma específico. Nós geralmente visitamos este plano naturalmente durante a noite. Nela em nossos estados de sonhos, tudo é possível. Um rato pode se transformar em um leão, que pode voar ou respirar debaixo de água, que pode estar em muitos lugares ao mesmo tempo e temos conversas com criaturas estranhas.

Os viajantes astrais experientes são capazes de acessar este plano também durante o dia. Isso pode se tornar tão real que eles estão realmente tendo aventuras fora do corpo ou intensas experiências. Este é o plano para o qual os xamãs de civilizações antigas viajavam para saber mais e se conectar aos reinos espirituais. Estas viagens davam-lhes o acesso ao submundo e partes do mundo superior. Muitos deles usaram drogas e cerimônias de transes especiais para conseguir seu intento. Dependendo da vibração energética da pessoa, viajar no plano astral pode ser muito amoroso e agradável ou pode ser uma experiência muito assustadora e terrível. Drogas nunca vão nos levar acima da quarta dimensão inferior.

No entanto, viajar no plano astral pode ser muito instigante para aprendermos mais sobre nós mesmos, sobre o nosso propósito e sobre os nossos medos, também podemos manter um estreito intercâmbio com o nosso EU superior. Não importa o quão longe viajamos nesta dimensão, nós sempre ficamos na mesma linha de tempo. Neste plano também é possível aproveitar a consciência coletiva e aprender mais através dela. O reino astral é um lugar onde a luz e a escuridão entram em conflito com facilidade. A magia negra está disseminada no seu plano inferior, os viajantes astrais, por exemplo, podem nos influenciar neste plano facilmente quando estamos cheios de medo e ainda não aprendemos a definir limites energéticos saudáveis, ou seja, sermos capazes de criar a nossa própria luz e sustentá-la de modo que ela simplesmente absorva a escuridão. A maioria das pessoas não se lembra de suas experiências astrais conscientemente neste plano, o que torna ainda mais difícil detectar manipulações energéticas ocasionadas.

A 4ª dimensão conecta a escuridão e a luz. Neste plano, podemos nos proteger apenas aplicando as leis universais energéticas, pois não existem leis ou regulamentos humanos de controle.

As pessoas de frequência superior não estão experimentando o plano astral conscientemente. É por isto que muitas vezes se sentem sozinhas ou pensam que está demorando o seu despertar e ascensão, porque elas não têm todas essas experiências loucas que as outras pessoas tem e ficam tão animadas. A frequência do corpo destas pessoas já é maior do que a frequência da 4ª dimensão desde o seu nascimento. Elas muitas vezes experimentam um cansaço inexplicável durante toda a sua existência na 3ª dimensão, porque a diferença entre as frequências densas da 3ª dimensão e as frequências mais leves da 5ª dimensão provocam um atrito permanente e o corpo tem dificuldades em lidar com isto. Elas passam pela programação da 3ª dimensão assim como todo mundo, embora muitas vezes elas tenham um sentimento muito forte de “não está certo o que está acontecendo aqui” e estão frequentemente questionando e sabotando o sistema. Algumas pessoas de frequências superiores se envolvem com álcool e/ou drogas porque elas não são capazes de lidar bem com a baixa densidade, pois pelas sentem que estão negando seus dons e talentos espirituais. Elas só querem ser normais e se encaixar na vida. O problema é que drogas e álcool são de frequência muito menor do que os seus corpos, o que pode causar ansiedade permanente e depressão.

As pessoas de frequências superior não experimentam pesadelos. Elas podem ter ataques de pânico e espirais de pensamentos antes de dormir ou quando elas estão meio cochilando meio acordada, mas seus sonhos quando elas se lembram, estão ocorrendo na 5ª dimensão e acima. Estes sonhos não contêm medo ou escuridão, pois eles acontecem nos planos do amor incondicional.

Elas estão experimentando sua ascensão de forma diferente, muito mais sutil, sincera. Uma vez que o seu despertar é iniciado e elas se abrem para a sua espiritualidade, o processo geralmente acontece mais rápido do que a média e elas limpam a programação da 3ª dimensão rapidamente já que o seu sistema quer voltar para a sua frequência natural o mais cedo possível. Elas são claramente conscientes, o que significa que de repente, elas sabem coisas sem saber por que. Isto acontece porque elas têm acesso a outras linhas de tempo e dimensões. Normalmente é de forma inconsciente. Elas simplesmente se desligam alguns minutos, sentem frio e ficam confusas depois de tal experiência. Não é melhor ou pior ser de frequência superior ou não, as experiências são simplesmente diferentes.

A 5ª DIMENSÃO – O PLANO DE LUZ

De todas as dimensões superiores, a 5ª dimensão é a última de pura luz e amor incondicional, ou seja, a energia da Fonte no caminho para baixo antes de entrar nos reinos de limitações e dualidade. Esta é a dimensão além do tempo linear, o que significa que muitas linhas de tempo diferentes estão disponíveis para acessar simultaneamente. A existência física ainda é possível neste plano, embora o corpo seja mais leve e de uma estrutura celular diferente. Quando o corpo físico está totalmente transformado para esta estrutura não existe nenhuma dor, não existe medo. É o plano da abundância e do amor incondicional manifestado no físico. O nosso EU superior está integrado no nosso corpo físico e assumiu a nossa orientação.

A sensação é muito diferente até por apenas canalizar seu EU superior. A primeira vez que seu EU superior se move totalmente para o seu corpo físico é uma sensação indescritível. É um fluxo energético intenso de amor incondicional e você sente tudo leve e fácil. Antes do seu EU superior estar totalmente ancorado no corpo físico, a cura do (mental, emocional e físico) deve estar concluída. Portanto, o seu EU superior vai entrar e sair por algum tempo até que ele possa ficar de forma permanente. Você saberá quando o seu EU superior está integrado, pois você não vai mais questionar o fluxo universal e simplesmente confiará em sua jornada. Você não sentirá mais necessidade de interferir ou controlar este fluxo.

Na 5ª dimensão, todas as nossas ações são baseadas no amor. É o plano da unidade, onde nos sentimos em conexão com tudo e todos ao nosso redor, incluindo a energia da Fonte. Na 5ª dimensão vivemos em unidade de consciência, mas ainda nos reconhecemos como um ser individual que faz parte do todo. Neste plano lembramos quem realmente somos e estamos conscientes da nossa alma eterna. A manifestação é fácil e a vida que imaginamos é a nossa realidade. Na 5ª dimensão tudo vem sem esforço porque redescobrimos o fluxo energético Universal que sempre nos orienta perfeitamente. Não existem limites. Vivemos em completa liberdade e autenticidade. Como não existe medo, não existe envelhecimento nem doenças. Nós vivemos no corpo enquanto nós queremos, até que decidimos deixar o corpo, o que acontece de forma suave e sem qualquer dor.

Quando alguém elevou a própria frequência para o nível da 5ª dimensão, o retorno às dimensões inferiores não é mais possível, a menos que a alma escolha conscientemente. Esta foi a escolha de muitas sementes estelares e seres angélicos que decidiram ajudar a humanidade e Gaia a ascender. Pessoas na 5ª dimensão são imunes as baixas frequências, já que não existe ressonância. Elas não atraem a escuridão e vivem exclusivamente na luz. Elas não podem ser vistas por pessoas da 3ª dimensão, caso estas pessoas não tenham começado o seu processo de ascensão e estiverem abertas para as frequências superiores.

Ou seja, quando a dualidade e o tempo linear se dissolverem, tudo o que existirá é uma vida no AGORA. Todas as experiências são abraçadas com gratidão, pois a alma sabe que tudo tem um propósito para o crescimento e expansão da consciência. O contato com os extraterrestres e os seres angélicos torna-se fácil e está integrado na experiência diária. Nós recebemos informações diretamente dos planos elevados, telepatia, teletransporte e telecinese se tornam possíveis. A 5ª dimensão é a dimensão da confiança profunda e um conhecimento interior de que tudo está acontecendo perfeitamente como deve. Neste plano, aprendemos a seguir com o fluxo e deixar a Fonte trabalhar através de nós criando milagres.

Não existe necessidade de estar certo na 5ª dimensão, já que o ego não existe. Nosso ego transcendeu para um espírito livre e está trabalhando lado a lado com o corpo e a alma. Na 5ª dimensão não levamos nada mais para o lado pessoal daqueles que não tenham atingido esse plano ainda. Nós sabemos sobre a sua própria bagagem e viagem e não julgamos ou culpamos, mas amamos incondicionalmente porque sabemos que todos são parte do todo. Sabemos que não existe perigo, por isto sabemos que não existe necessidade de proteção. Sabemos que a nossa luz brilha tão forte que absorve automaticamente a escuridão ao nosso redor.

Na 5ª dimensão vivemos de acordo com as leis energéticas universais, sabendo que criamos o que nós pensamos. Não existem regras ou leis feitas pelo homem, porque as pessoas confiam plenamente no fluxo energético e somos orientados onde é preciso. Não existe necessidade de posses ou status, já que não existe competição e nada para comparar. Tudo se torna uma partilha. Nós apenas somos. Amamos a nós mesmos e apreciamos a nossa individualidade como parte do todo. Sabemos que nossas necessidades são sempre satisfeitas e somos sempre cuidados. A gratidão está sempre presente. Quando vivemos na 5ª dimensão permanentemente nos mantemos em um estado de iluminação. Não é à toa que ela é conhecida como o céu na Terra.

Vera Ingeborg