Aos queridos(as) amigos, desejo uma semana pascal muito abençoada.
> A PÁSCOA DE JESUS
>
> A páscoa de Jesus, assim como a páscoa judaica, era fundamentalmente
> uma celebração associada a uma refeição familiar realizada na casa, não
> no templo, e o "sacerdote" dessa liturgia familiar era o pai de família
> que presidia a mesa. No mundo de Jesus, a comida era sobretudo um
> elemento de relação e de comunhão, e um ato religioso. A ceia pascal
> começava com a bênção do pão, pratica generalizada mediante a qula o
> pai de família partia o pão e pronunciava a prece "abençoado sejas,
> Senhor, Deus nosso, rei do mundo, que fazes nascer o pão da terra", a
> qual todos os comensais respondiam: "Amém". Deste modo, mediante a
> bênção da mesa, a comida adquiria uma profundid
ade completamente nova,
> uma refeição qualquer era levada do ambito do profano para o ambito do
> religoso, de ato social convertia-se em uma união aos olhos de Deus.
> Daqui nasce a exigencia judaica de olhar bem com quem se senta a mesa,
> e assim se explica o escândalo das refeições de Jesus sem distinguir
> pessoas. A refeição é uma experiencia religiosa de comunhão com Deus,
> doador de todo o pão>(2Cor.9,10 e Dt. 8,18).
> Resgatemos o fundamental; a refeição é um ato religioso e de
> solidariedade. Podemos afirmar então que o valor da comida não é apenas
> o alimentar mas o de comer juntos,e, curiosamente, os judeus vêm nisso
> uma experiência religiosa. Jesus continua na mesma linha, por isso o
> símbolo que quis deixar para a Sua igreja não é somente o da comida mas
> também o do banquete fraterno. "O símbolo fundamental eucarístico, tem
> de ser um símbolo de comunhão mais que de alimentação e nutrição, e por
> isso não poderá ser um símbolo individual mas comunitário".Por se
> esquecer esse símbolo do banquete e da mesa começou-se em seguida, na
> tradição cristã, a separar a comida da celebração cultual. Desse
> modo, "a mesa em torno da qual se congregava a comunidade e na qual
> corre a aliança nova e se realiza o corpo de Cristo-igreja veio a ser a
> mesma diante da qual se situa a comunidade e da qual essa se aproxima
> para comer o corpo de Cristo". A mesa converte em altar e se perde a
> dimensão solidária e comunitária.
> Desse sentido de solidariedade fraterna, associada a toda a refeição
> judaica, mas sobretudo a Páscoa, nasce a preocupação de incorporar os
> pobres a essa celebração e refeição. Convidava-se a praticar a
> beneficiência na noite da páscoa e, durante o ritual da refeição,
> recordando o pão da aflição(Dt.16:3), dizia-se: que venha e coma todo
> aquele que tenha fome, que venha e celebre conosco a Páscoa,todo aquele
> que tenha necessidade. A comunidade cristã continuou a mesma prática,
> como informa São João Crisóstomos: "os primeiros cristão depositavam
> seus bens em um acervo comum..e realizavam a sináxis(congregação),
> depois da comunhão nos mistérios, reuniam-se para comer juntos em um
> banquete comum, os ricos trazendo os manjares e sendo convidado os
> pobres que careciam de tudo, e todos comiam em comum. Mas depois também
> se perdeu esse costume.
> ISTO É O MEU CORPO
> Na ceia pascal era o pai de família que explicava o sentido da
> celebração respondendo a pergunta do menor da casa(Ex.12:25, Dt.6:20).
> Na última ceia é Jesus quem explica o sentido de Sua páscoa com as
> ações e palavras sobre o pão e sobre o vinho.
> O centro da Páscoa de Jesus não era o cordeiro, mas o pão. Na ceia
> judaica o pão lembrava a amargura do passado, e a exigência de sair do
> passado e cortar laços com ele. Na nova páscoa o pão é o símbolo de
> Cristo, do que Ele é e do que Ele faz, mas também do que nós somos e do
> que devemos fazer. O pão é vida e o próprio Jesus se anunciou como o
> pão da vida. Compartilhar o pão é compartilhar uma mesma fonte de vida
> que vem de Deus através desses alimentos naturais. Quando Jesus toma em
> suas mãos o pão e a taça, entra em relação com o alimento cotidiano e
> festivo ao mesmo tempo. Sob esse duplo aspecto,Jesus assume a criação
> como fonte de vida e de comunhão entre as pessoas. Assume o humano para
> divinizá-lo. Jesus dá a essa ação de assumir o pão um peso infinito ao
> uni-lo a Deus como fonte de vida, porque no alimento está a vida.
> Assim, a criação presente no pão e no vinho, aparece em relação como
> criador e é capaz de significar sua presença. Diante da tentação de
> isolar as palavras "isto é o meu corpo" de todo contexto pensando que
> são palavras mágicas da consagração, devemos esclarecer o seguinte:
> Primeiro que o neutro, isto, não se refere apenas ao elemento material
> (o pão), que jesus toma em suas mãos, mas ao conjunto de palavras e
> ações: o pão bendito,partido e compartilhado. Tudo isso é Jesus("meu
> corpo), em segundo lugar o pão não é só alimento, mas um instrumento de
> relação: relação de Jesus com seu pai pela bênção, relação de Jesus com
> seus discípulos pela doação e pela entrega, e relação dos discípulos
> entre si,pois ao participar do mesmo pão, da mesma vida,se relacionam e
> se implicam no mesmo projeto. O demonstrativo "isto" designa não apenas
> o pão, mas o pão enquanto partido, entregue. Desse pão Jesus pode
> dizer: é meu corpo"
> Jesus move-se dentro de uma antropologia bíblica na qual o corpo não é
> apenas um componente do ser humano contraposto á alma. Nessa
> antropologia unitária o corpo é a pessoa inteira enquanto se expressa
> ou enquanto se relaciona com outros e com a criação.Pelo
> contexto(partir, compartilhar,entregar), trata-se de uma pessoa que se
> entrega e vai morrer ou talvez, mais exatamente, pessoa que se entrega
> até a morte(ICo.11:23; Jo.13:1). A melhor forma que Jesus tem de
> expressar sua vida de amor e de entrega, como homem para os demais, é
> sua morte. Dessa entrega de Jesus brotam a comunhão e a vida. "A vida
> dada pelo pão, isto é, pelo corpo,passa pela morte deste". O símbolo do
> pão partido, repartido , entregue é eloquente porque expressa o que
> Cristo faz com sua vida.. Mas o símbolo do pão também implica o
> resultado dessa entrega...o pão como corpo-comunidade. Se esse corpo é
> pão não é para ser conservado mas para ser comido; é pão que dá "a vida
> ao mundo"(Jo.6:32). É aqui que se descobre com mais clareza o aspecto
> relacional do pão. É pão para algo e para alguém. A morte de Jesus, nos
> diz João, é "para reunir na unidade os filhos de Deus que estão
> dispersos"(jo.11:52), em torno da mesma mesa participando da mesma
> vida. Essas afirmações abrem caminho para outro sentido de corpo..o
> corpo como comunidade.. como igreja, corpo de Cristo. No miste´rio do
> pão está também o mistério da igreja. A presença das pessoas reunidas é
> tão importante quanto a presença do pão de trigo---visto haver um só
> pão, TODOS NÓS SOMOS UM SÓ CORPO(1Co.10:17). Esse caráter relacional do
> pão não encerra a comunidade sobre si mesma e sim a abre para a vida
> do mundo com suas divisões,seus problemas, sua fome e sua morte. A
> comunidade que come esse pão deve deixar-se transformar pelo pãopara
> converter-se ela também em"pão que dá vida ao mundo". Uma mesa, um pão,
> uma vida, um corpo isso é igreja. Tudo isso já presente e realizado,
> e, ao mesmo tempo ainda por fazer. Por isso o Senhor, ao convidar seus
> discípulos dizendo "tomem e comam", não se refere apenas a
> materialidade do pão, mas a tudo o que o pão significa: entrar no
> projeto de DEUS TORNANDO-SE pão para a vida.
>
> pelos vínculos do calvário
(21)7842-1821 / 33914857
http://esquinadoamor.blogspot.com
"O Amor Jamais Acaba"
Pelos Vínculos do Calvário
ricardo brunet
quinta-feira, 7 de julho de 2011
COMENDO COM O MESTRE
Posted by Unknown on 15:03. - No comments
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