Midias sociais

Busca

quinta-feira, 7 de julho de 2011

COMENDO COM O MESTRE

Aos queridos(as) amigos, desejo uma semana pascal muito abençoada.







> A PÁSCOA DE JESUS

>

> A páscoa de Jesus, assim como a páscoa judaica, era fundamentalmente

> uma celebração associada a uma refeição familiar realizada na casa, não

> no templo, e o "sacerdote" dessa liturgia familiar era o pai de família

> que presidia a mesa. No mundo de Jesus, a comida era sobretudo um

> elemento de relação e de comunhão, e um ato religioso. A ceia pascal

> começava com a bênção do pão, pratica generalizada mediante a qula o

> pai de família partia o pão e pronunciava a prece "abençoado sejas,

> Senhor, Deus nosso, rei do mundo, que fazes nascer o pão da terra", a

> qual todos os comensais respondiam: "Amém". Deste modo, mediante a

> bênção da mesa, a comida adquiria uma profundid
ade completamente nova,

> uma refeição qualquer era levada do ambito do profano para o ambito do

> religoso, de ato social convertia-se em uma união aos olhos de Deus.

> Daqui nasce a exigencia judaica de olhar bem com quem se senta a mesa,

> e assim se explica o escândalo das refeições de Jesus sem distinguir

> pessoas. A refeição é uma experiencia religiosa de comunhão com Deus,

> doador de todo o pão>(2Cor.9,10 e Dt. 8,18).



> Resgatemos o fundamental; a refeição é um ato religioso e de

> solidariedade. Podemos afirmar então que o valor da comida não é apenas

> o alimentar mas o de comer juntos,e, curiosamente, os judeus vêm nisso

> uma experiência religiosa. Jesus continua na mesma linha, por isso o

> símbolo que quis deixar para a Sua igreja não é somente o da comida mas

> também o do banquete fraterno. "O símbolo fundamental eucarístico, tem

> de ser um símbolo de comunhão mais que de alimentação e nutrição, e por

> isso não poderá ser um símbolo individual mas comunitário".Por se

> esquecer esse símbolo do banquete e da mesa começou-se em seguida, na

> tradição cristã, a separar a comida da celebração cultual. Desse

> modo, "a mesa em torno da qual se congregava a comunidade e na qual

> corre a aliança nova e se realiza o corpo de Cristo-igreja veio a ser a

> mesma diante da qual se situa a comunidade e da qual essa se aproxima

> para comer o corpo de Cristo". A mesa converte em altar e se perde a

> dimensão solidária e comunitária.

> Desse sentido de solidariedade fraterna, associada a toda a refeição

> judaica, mas sobretudo a Páscoa, nasce a preocupação de incorporar os

> pobres a essa celebração e refeição. Convidava-se a praticar a

> beneficiência na noite da páscoa e, durante o ritual da refeição,

> recordando o pão da aflição(Dt.16:3), dizia-se: que venha e coma todo

> aquele que tenha fome, que venha e celebre conosco a Páscoa,todo aquele

> que tenha necessidade. A comunidade cristã continuou a mesma prática,

> como informa São João Crisóstomos: "os primeiros cristão depositavam

> seus bens em um acervo comum..e realizavam a sináxis(congregação),

> depois da comunhão nos mistérios, reuniam-se para comer juntos em um

> banquete comum, os ricos trazendo os manjares e sendo convidado os

> pobres que careciam de tudo, e todos comiam em comum. Mas depois também

> se perdeu esse costume.



> ISTO É O MEU CORPO

> Na ceia pascal era o pai de família que explicava o sentido da

> celebração respondendo a pergunta do menor da casa(Ex.12:25, Dt.6:20).

> Na última ceia é Jesus quem explica o sentido de Sua páscoa com as

> ações e palavras sobre o pão e sobre o vinho.

> O centro da Páscoa de Jesus não era o cordeiro, mas o pão. Na ceia

> judaica o pão lembrava a amargura do passado, e a exigência de sair do

> passado e cortar laços com ele. Na nova páscoa o pão é o símbolo de

> Cristo, do que Ele é e do que Ele faz, mas também do que nós somos e do

> que devemos fazer. O pão é vida e o próprio Jesus se anunciou como o

> pão da vida. Compartilhar o pão é compartilhar uma mesma fonte de vida

> que vem de Deus através desses alimentos naturais. Quando Jesus toma em

> suas mãos o pão e a taça, entra em relação com o alimento cotidiano e

> festivo ao mesmo tempo. Sob esse duplo aspecto,Jesus assume a criação

> como fonte de vida e de comunhão entre as pessoas. Assume o humano para

> divinizá-lo. Jesus dá a essa ação de assumir o pão um peso infinito ao

> uni-lo a Deus como fonte de vida, porque no alimento está a vida.

> Assim, a criação presente no pão e no vinho, aparece em relação como

> criador e é capaz de significar sua presença. Diante da tentação de

> isolar as palavras "isto é o meu corpo" de todo contexto pensando que

> são palavras mágicas da consagração, devemos esclarecer o seguinte:

> Primeiro que o neutro, isto, não se refere apenas ao elemento material

> (o pão), que jesus toma em suas mãos, mas ao conjunto de palavras e

> ações: o pão bendito,partido e compartilhado. Tudo isso é Jesus("meu

> corpo), em segundo lugar o pão não é só alimento, mas um instrumento de

> relação: relação de Jesus com seu pai pela bênção, relação de Jesus com

> seus discípulos pela doação e pela entrega, e relação dos discípulos

> entre si,pois ao participar do mesmo pão, da mesma vida,se relacionam e

> se implicam no mesmo projeto. O demonstrativo "isto" designa não apenas

> o pão, mas o pão enquanto partido, entregue. Desse pão Jesus pode

> dizer: é meu corpo"



> Jesus move-se dentro de uma antropologia bíblica na qual o corpo não é

> apenas um componente do ser humano contraposto á alma. Nessa

> antropologia unitária o corpo é a pessoa inteira enquanto se expressa

> ou enquanto se relaciona com outros e com a criação.Pelo

> contexto(partir, compartilhar,entregar), trata-se de uma pessoa que se

> entrega e vai morrer ou talvez, mais exatamente, pessoa que se entrega

> até a morte(ICo.11:23; Jo.13:1). A melhor forma que Jesus tem de

> expressar sua vida de amor e de entrega, como homem para os demais, é

> sua morte. Dessa entrega de Jesus brotam a comunhão e a vida. "A vida

> dada pelo pão, isto é, pelo corpo,passa pela morte deste". O símbolo do

> pão partido, repartido , entregue é eloquente porque expressa o que

> Cristo faz com sua vida.. Mas o símbolo do pão também implica o

> resultado dessa entrega...o pão como corpo-comunidade. Se esse corpo é

> pão não é para ser conservado mas para ser comido; é pão que dá "a vida

> ao mundo"(Jo.6:32). É aqui que se descobre com mais clareza o aspecto

> relacional do pão. É pão para algo e para alguém. A morte de Jesus, nos

> diz João, é "para reunir na unidade os filhos de Deus que estão

> dispersos"(jo.11:52), em torno da mesma mesa participando da mesma

> vida. Essas afirmações abrem caminho para outro sentido de corpo..o

> corpo como comunidade.. como igreja, corpo de Cristo. No miste´rio do

> pão está também o mistério da igreja. A presença das pessoas reunidas é

> tão importante quanto a presença do pão de trigo---visto haver um só

> pão, TODOS NÓS SOMOS UM SÓ CORPO(1Co.10:17). Esse caráter relacional do

> pão não encerra a comunidade sobre si mesma e sim a abre para a vida

> do mundo com suas divisões,seus problemas, sua fome e sua morte. A

> comunidade que come esse pão deve deixar-se transformar pelo pãopara

> converter-se ela também em"pão que dá vida ao mundo". Uma mesa, um pão,

> uma vida, um corpo isso é igreja. Tudo isso já presente e realizado,

> e, ao mesmo tempo ainda por fazer. Por isso o Senhor, ao convidar seus

> discípulos dizendo "tomem e comam", não se refere apenas a

> materialidade do pão, mas a tudo o que o pão significa: entrar no

> projeto de DEUS TORNANDO-SE pão para a vida.

>

> pelos vínculos do calvário







(21)7842-1821 / 33914857

http://esquinadoamor.blogspot.com



"O Amor Jamais Acaba"

Pelos Vínculos do Calvário

ricardo brunet

0 comentários:

Postar um comentário